Para Refletir

O Natal chegou!…
Mais uma vez o Natal chegou…
Papai Noel partindo do Polo Norte, rumo a sua casa, a nossa casa…
Mais uma vez…
Presentes, confraternizações, comidas nada tropicais, quarenta graus à sombra, “pinheiros” enfeitados…
Tudo novamente… Ufa! Cansei!
Cansei de “mais do mesmo”… De novo
Quero “mais do novo”! Dá pra ser?
Bem-Vindo Papai Noel!
E eu desejo, novamente e mais uma vez,
Um Natal Feliz…
Mas inove, tá? 2015 está logo ali…
Bem-Vindo Papai Noel!!!

Maria Teresa e Maurício

Onze anos aqui. Eu, Mauricio, a “Officina da Mente”.
Fábio e Andréa, funcionários, que seguiram as suas vidas em prosperidade. E que muito contribuíram para o nosso sucesso.
Somos gratos a este espaço, a esta casa que nos acolheu, proporcionando alegria, crescimento, bem estar e abundância.
Somos gratos a todas as pessoas que por aqui passaram, aprenderam, cresceram e também nos ofereceram doses de sabedoria.
Somos gratos a vocês pacientes, alunos, que, no convívio, tornam-se nossos amigos. Somos gratos a vocês pela troca, pela confiança, e pelo aprendizado constante do não julgamento e do respeito diante da singularidade do ser humano.
Agradecemos a vocês, Cirlene, Lucio, Diego, Maria, Viviane, Vania, Geovana e Sr. Valdemir, pela disponibilidade, disposição e carinho com que cuidaram da nossa casa, contribuindo para um ambiente, organizadamente, habitável.
Agradecemos a você Pedro Henrique, nosso filho, que, mesmo seguindo, profissionalmente, outro caminho, nos deu força para ousar e arriscar. Com seus “pitacos” tão bem pontuados, com humor, sensibilidade e atenção, nos fez pensar e sentir com um olhar para além do visível..
Somos gratos aos Céus pela oportunidade, nesta vida, de realizarmos este nosso trabalho com alma e coração.
Maria Teresa e Mauricio

E, neste final de ano, faremos uma pausa para descanso, do dia 22 de dezembro de 2014 até dia 4 de janeiro de 2015. Iniciando e continuando nossas atividades no dia 5, já no novo espaço, aqui mesmo na Tijuca, Rua João Alfredo, próximo à estação do metrô da Rua Uruguai.
Bem-Vindos!
Feliz Natal!
Recebam 2015 com alegria e gratidão.

Maria Teresa e Maurício

Um eremita caminhava por um lugar deserto quando chegou a uma gruta enorme cuja entrada não era facilmente visível. Decidiu descansar e entrou. Logo notou o brilhante reflexo da luz sobre um monte de ouro.

Assim que se deu conta do que tinha visto, o eremita começou a correr, fugindo o mais depressa que pôde.

Acontece que havia três ladrões que passavam muito tempo naquele ponto do deserto com a intenção de roubar viajantes. Logo o homem piedoso passou por eles. Os ladrões se surpreenderam, alarmaram-se até, vendo o homem correndo sem que ninguém o perseguisse. Saíram do seu esconderijo e detiveram-no, perguntando-lhe o que estava acontecendo.

– Estou fugindo do diabo, irmãos – disse. – Ele está me perseguindo.
Os bandidos não conseguiam ver ninguém perseguindo o devoto.

– Mostra-nos quem está atrás de ti – disseram.
– Eu o farei – falou o eremita, com medo deles.

Levou-os em direção à gruta, rogando-lhes que não se aproximassem dela. A essa altura, naturalmente, os ladrões estavam muito curiosos com a advertência e insistiram em ver o motivo de tanto alarme.

– Aqui está a morte que me perseguia – disse o ermitão.

Os malfeitores, é claro, ficaram encantados. Evidentemente consideraram o eremita meio louco e o deixaram ir, enquanto se felicitavam por sua boa sorte.

Em seguida começaram a discutir sobre o que deveriam fazer com sua presa, pois tinham receio de deixar o tesouro novamente só. Decidiram por fim que um deles apanharia um pouco de ouro, iria à cidade, onde o trocaria por comida e outras coisas necessárias, e depois procederiam à divisão.

Um dos ladrões se apresentou voluntariamente para realizar a missão. Pensou consigo mesmo:

“Quando chegar à cidade poderei comer tudo o que quiser. Depois envenenarei o resto da comida. Assim os outros dois morrerão, e o tesouro será só meu.”

Na sua ausência, porém, os outros dois também tinham estado pensando.

Tinham decidido que, mal o espertalhão regressasse, o matariam. Depois comeriam sua comida e dividiriam o tesouro em duas partes, em vez de três.

No momento em que o pilantra chegou à gruta com com provisões, os outros dois caíram sobre ele e, a punhaladas o mataram. A seguir comeram toda a comida, e morreram por causa do veneno que seu companheiro havia posto nela.

Dessa maneira, como o eremita predissera, o ouro realmente tinha significado a morte para os que tinham deixado se influenciar por ele, e o tesouro permaneceu onde estava, na gruta, por muito tempo.

Histórias da Tradição Sufi, Instituto Tarika, Edições Dervish, 1993

Há uma união entre o que vejo e o que sinto,
E o bem de cada coisa verte de uma em outra:
Quando meus olhos anseiam por um olhar,
Ou coração apaixonado, brando, a suspirar,

Meus olhos celebram a imagem do meu amor,
E, diante do banquete, se rende a minha emoção;
Em outro tempo, meus olhos se aninham ao sentimento,
E aos seus pensamentos de amor se unem:

Então, seja por tua imagem ou pelo meu amor,
Estás mesmo longe, sempre comigo;
Pois não corres mais do que os meus pensamentos vão,

E eu estou sempre com eles e, eles contigo;
Ou, se adormecem, a tua imagem à minha frente
Desperta o meu amor para a alegria dos olhos e do coração.

William Shakespeare

É por isso que ela é a casa dos seus sonhos.
Portanto, encontre um jeito de consegui-la (você vai achar os recursos) ou fique satisfeito com a insatisfação.

Paul Arden em “Tudo o Que Você Pensa Pense ao Contrário”

Existem pessoas demais gastando tempo demais tentando aperfeiçoar alguma coisa antes de sequer fazê-la.
Em vez de esperar pela perfeição, faça com o que tem à mão e conserte enquanto segue em frente.

Paul Arden em “Tudo o Que Você Pensa Pense ao Contrário”

Em homenagem aos nossos antepassados, agradeço os ensinamentos da “não corrida”, da “não pressa”, do “não correr atrás”. Porém, seguir em frente…

Assim como o “Eremita”, embora ainda muito distante de sua sabedoria, sei que hoje já posso ver, no meu caminho, com alguma generosidade, sol e lua, frio e calor, dia e noite… E, tomando consciência da existência inevitável do “inesperado”, buscar aceitá-lo e seguir respeitando a Vida, as circunstâncias e o meu coração.

Desejo a você que no dia dois de novembro, Dia dos Antepassados, seja um dia de reflexão do que precisa, de fato, morrer para uma renovação plena.

Que saibamos “fazer a hora” respeitosa e amorosamente.

Maria Teresa G. P. Peixoto

Uma viagem pelas cartas do Tarot, primeiro que tudo, é uma viagem de nossas próprias profundezas. O que quer que encontremos ao longo do caminho é, au fond, um aspecto do nosso mais profundo e elevado eu. Pois as cartas do Tarot, que nasceram num tempo em que o misterioso e o irracional tinham mais realidade do que hoje, trazem-nos uma ponte efetiva para a sabedoria ancestral do nosso eu mais íntimo. E uma nova sabedoria é a grande necessidade do nosso tempo – sabedoria para resolver nossos problemas pessoais e sabedoria para encontrar respostas criativas às perguntas universais que a todos nos confrontam

Sallie Nichols – Jung e o Tarô, Uma Jornada Arquetípica

Quando se tem um problema a ser resolvido tem-se um problema a ser resolvido. Quando ao problema a ser resolvido se acrescentam lamúrias e lamentações, tem-se dois…

Rubem Alves

Freud, se fosse poeta, em vez de falar em consciente e inconsciente, teria dito: Nós, como a Terra, somos iluminados ora pelo Sol, ora pela Lua. Os pensamentos e sentimentos que temos quando iluminados pela luz do Sol não são os mesmos sentimentos e pensamentos que temos quando iluminados pela Lua. Sol: o mundo brilha e somos inundados por suas cores e formas. Lua: luz suave, cheia de sombras e indefinições. Sob a luz do Sol nós trabalhamos. Sob a Luz da Lua nós amamos.

Rubem Alves

É quase assim: entendeu ou quer que desenhe?

Mas parece que não há palavra, não há voz, não há desenho que chegue do outro lado, que reverbere e cumpra a mensagem. Parece que a voz, o som, a entonação, a palavra, ainda são códigos desconexos, complexos e sem direção.

Sou eu que falo e não digo ou é o outro que escuta e não ouve?

Que ruído é esse na nossa fala que impede a sonoridade no outro? Ou, que surdez é essa que impede a legitimidade do código?

Sou eu que falo e não digo ou é o outro que escuta e não ouve?

É o outro que fala e não diz ou sou eu que escuto mas não ouço?

Penso que a resposta a estas questões ainda não exista. Talvez nunca existirá. Pois, cada vez mais a comunicação se faz ausente de corpo, de gestos, de som. Cada vez mais a comunicação se faz ausente do olho no olho, ausente do coração no coração. E mais ainda, perdeu-se a voz.

Maria Teresa G. P. Peixoto

A relação psicológica autêntica pede profunda e consciente aceitação do outro, também de seus aspectos menos agradáveis a nós. O exercício de tolerância profunda e de profunda compaixão, no sentido etimológico de “sofrer com”, significa antes de tudo que acolhemos a nossa negatividade, a sombra que nos segue em toda parte. É somente com essas condições que conseguiremos garantir ao amigo um afeto estável diante daquela humanidade imperfeita que ele opõe ao nosso desejo idealizante.

Aldo Carotenuto, “Amar Trair – quase uma apologia da traição”.

…A sua grandiosidade depende da maneira de como você se vê e de como vê o mundo. E para isto é necessário escolher o seu objetivo, tê-lo claro e estar focado nele. Mas, por outro lado, é necessário estar, simultaneamente, consciente das atitudes que toma no processo que o leva a atingi-lo…

“Aprenda a Aprender – Emotivação: Alta Ajuda para Vencer em Concurso Público”, Mauricio A. P. Peixoto e Maria Teresa Guimarães.

A oportunidade mesma não se encontra na interpretação de sintomas alheios e sim na interpretação dos próprios sintomas. Isso é dificultado pela onipresente cegueira de si mesmo. A problemática da projeção, nossa tendência de transportar tudo o que é incômodo e difícil para fora e lá também elaborá-lo e combatê-lo, prova ser prejudicial também no que se refere à interpretação dos sintomas. Ao mesmo tempo que reconhecemos claramente o cisco no olho dos outros, de bom grado deixamos de ver a trave que temos no nosso… Às interpretações de sintomas verbalizadas por amigos e conhecidos contrapõe-se um grande “Mas” no que se refere aos próprios sintomas…

Rüdiger Dahlke, “A Doença Como Linguagem da Alma”.

“Esperança” me remete ao sentimento de “Fé”.
“Resiliência” me remete à expressão: “A Fé Remove Montanhas”.

Na “Esperança”, mesmo diante dos obstáculos, creio na certeza de que “vai dar certo”.
Na “Resiliência”, apesar das adversidades, confio e faço dar certo.

E para ilustrar estas duas virtudes existentes na nossa alma, escolho este belíssimo texto, extraído do livro “O Jardineiro Que Tinha Fé”, onde a autora Clarisse Pinkola Estés, retrata, com muita delicadeza, um momento difícil, porém virtuoso, na história de sua família:

“Qual é esse processo do espírito e da semente, cheio de fé, que toca o solo nu e o torna rico de novo?
Não tenho a resposta completa. Só estou certa de que, enquanto estivermos aos cuidados dessa força de fé, aquilo que pareceu morto não estará morto, aquilo que pareceu perdido também não estará mais perdido, aquilo que alguns alegaram ser impossível tornou-se nitidamente possível e a terra que está sem cultivo está apenas descansando – descansando à espera de que a semente venturosa chegue com o vento, com todas as bênçãos de Deus.
E ela chegará.”
Clarissa Pinkola Estés