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Resumir para obter o principal!

29 jul 2013
Maurício Peixoto
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Na semana anterior apresentamos a técnica da Auto-explicação como um resumo parcial do artigo “Improving Students’ Learning With Effective Learning Techniques: Promising Directions From Cognitive and Educational Psychology” escrito por Dunlosky e colaboradores. Hoje continuamos apresentando resumidamente  da segunda  técnica discutida pelos autores; o Resumir.

 

Alunos muitas vezes têm de aprender grandes quantidades de informação, o que os obriga a identificar o que é importante e como diferentes idéias se conectam umas  às outras. Resumos bem feitos identificam os principais pontos de um texto e captam sua essência, excluindo o material sem importância ou repetitivo.

3 Resumir

3.1 Descrição Geral do Resumir e por que ele deve funcionar.

Bretzing e Kulhavy (1979) apresentou a alunos de primeiro e segundo graus um texto de 2.000 palavras sobre uma tribo fictícia. Estes alunos foram divididos cinco diferentes condições de aprendizagem e tiveram até 30 minutos para estudar o texto. Os alunos foram testados logo após o aprendizado e uma semana mais tarde, respondendo a 25 questões que exigiam que eles conectassem informações ao longo de todo o texto. Em ambos os testes (imediatos e tardios), os alunos os alunos que resumiram e os que tomaram notas tiveram o melhor desempenho, seguido pelos alunos nos grupos de cópia pura do texto e controle (apenas leitura), e com o pior desempenho o grupo ao qual se solicitava apenas que copiasse as palavras enfatizadas no texto (ver Fig. 3.).

Estes resultados se encaixam muito bem com a alegação de que o resumir aumenta a aprendizagem e retenção, pois envolve focar e extrair significados de nível superior além de produzir uma síntese do material. Resumir foi mais benéfico do que as tarefas mais superficiais e rendeu benefícios semelhantes aos de tomar notas, outra tarefa conhecida por impulsionar a aprendizagem. Mais do que simplesmente facilitar a extração do sentido, no entanto, o resumir  deve também aumentar a capacidade de organizar a informação, uma vez que extrair a essência de um texto requer dos alunos ligar diferentes partes do texto, em oposição à simples avaliação seus componentes individuais (semelhante ao modo com que o tomar notas também favorece a organização do material). Um último aspecto deve ser apontado nestes resultados: o Resumir e o Anotar foram mais benéficos do que era a cópia pura e simples. Embora os alunos deste grupo ainda tivessem que localizar as informações mais importantes no texto, não precisavam sintetizá-las em um resumo ou reformulá-las em suas notas. Assim, escrever sobre os pontos importantes em suas próprias palavras, produziram um benefício para além do que apenas selecionar informações importantes. Os alunos beneficiaram-se pelo processamento mais ativo envolvido na Resumir e Anotar. Em síntese, tudo sugere que o Resumir ajuda os alunos a identificar e organizar as principais idéias dentro de um texto.

Então, o quão forte é a evidência de que o Resumir é uma estratégia de aprendizagem benéfica? Uma razão pela qual essa pergunta é difícil de responder é que esta estratégia foi implementada de muitas maneiras diferentes nos estudos, o que torna difícil tirar conclusões gerais sobre a sua eficácia. Esta situação foi bem descrita pela observação de que “resumir não é uma estratégia, mas uma família de estratégias”. Dependendo das instruções específicas que são dadas, os resumos podem consistir em simples palavras, frases ou mais parágrafos; serem limitados em comprimento ou não; capturar um texto inteiro ou apenas uma parte dele; ser escrito ou falado em voz alta, ou ser produzido a partir de memória ou com o auxílio do texto original.

Muita pesquisa tem envolvido o resumir de alguma forma, ainda que alguns resultados tenham chegado a conclusão de que “a pesquisa em apoio ao resumir como uma atividade de estudo é escassa na verdade” não está fora de moda. Na realidade, em vez de se concentrar em descobrir quando (e como) o resumir funciona, por si só ou sem treinamento, os pesquisadores tendem a explorar as formas de treinar os alunos para escrever melhores resumos ou então examinar outros benefícios de treinar a habilidade de resumir.

O foco no ensino desta estratégia reflete a crença de que a qualidade dos resumos produzidos faz a diferença. Se um resumo não enfatizar os pontos principais de um texto, ou se ele inclui informações incorretas, por que seria esperável que ele beneficiasse a aprendizagem e a retenção?. Resumos de maior qualidade que continham mais informações e que estavam ligados ao conhecimento prévio foram associados com um melhor desempenho.  Ainda mais, vários outros estudos têm apoiado a alegação de que a qualidade dos resumos tem conseqüências para o desempenho mais tardio.

3.2 Como em geral são os efeitos do Resumir?

3.2a.Condições de aprendizagem

Já dito, os diferentes tipos de resumos podem influenciar a aprendizagem e a retenção. O debate sobre que tipo é o melhor ainda não se concluiu. Talvez porque a eficácia dependa de muitos fatores (incluindo a capacidade dos alunos e da natureza do material). Outra questão em aberto é a que pergunta se o material estudado deve estar ou não presente durante o resumo. Responder isto é complicado, e pode depender da mais da capacidade das pessoas para resumir quando o texto está ausente.

3.2b.Características dos alunos

Benefícios do resumo foram observados principalmente com alunos de graduação. A maior parte da investigação sobre diferenças individuais tem-se centrado sobre a idade dos alunos, porque a capacidade de sintetizar se desenvolve com a idade.

Para ensinar a resumir, o treinamento que se observou nos diferentes estudos tem refletido os  princípios da instrução direta. Significa dizer que os alunos foram explicitamente ensinados sobre a estratégia, viram-na sendo modelada, praticaram e receberam  feedback, e, finalmente, aprenderam a controlar e verificar o seu trabalho. Os alunos que receberam este treinamento mostraram-se capazes de recuperar os aspectos mais importantes de um capítulo de livro (ou seja, as informações identificadas pelos professores como as mais importantes para os estudantes saber) do que os alunos que não receberam. E ainda mais, este benefício foi associado a melhorias em anotações.

Resultados de dois outros estudos têm implicações para a generalidade desta estratégia, uma vez que envolvem as diferenças individuais na habilidade de resumir (um pré-requisito para o uso da estratégia). Em primeiro lugar, tanto habilidade da escrita geral e de interesse em um tópico têm sido associados a capacidade de resumir na sétima série. E claro, o interesse pelo assunto pode ser confundido com o conhecimento sobre um tópico, e este conhecimento também pode contribuir para a habilidade em resumir. Neste caso a questão que surge é se o domínio do conteúdo beneficiaria da estratégia de resumir ou se seria redundante com o processamento do conteúdo resultante do envolvimento espontâneo do aluno em um assunto no qual está interessado.

3.2c.Materiais

No mais das vezes, as características dos materiais não têm sido sistematicamente manipuladas, o que torna difícil tirar conclusões fortes sobre este fator. Faz sentido pensar que o tamanho, a legibilidade, e a organização de um texto podem influenciar a capacidade do leitor para resumi-lo, mas esses fatores precisam ser investigados.

3.2d. Critério das Tarefas

A maioria dos estudos examinaram os efeitos do resumir  tanto na retenção de detalhes factuais como na compreensão de um texto (muitas vezes exigindo inferências) por meio do desempenho em questões de múltipla escolha, recordação com pistas, ou recordação livre. Outros benefícios do resumir  incluem o aumento da metacognição (nos casos com texto de resumo ausente), uma vez que esta é solicitada para que os leitores possam avaliar com precisão o que eles sabem ou não.

Enquanto que vários estudos têm demonstrado benefícios tardios do resumir em provas diversas (às vezes após treinamento) outros não conseguiram encontrar tais benefícios. Estes resultados precisam ser replicados, mas destacam a necessidade de avaliar as conseqüências do resumir sobre o desempenho de tarefas que medem vários níveis da Taxonomia de Bloom.

Dentre os vários estudos, os resultados também indicaram que resumir ajuda mais no desempenho tardio em medidas geradoras (por exemplo, a recordação livre, ensaios) do que  em testes de múltipla escolha ou outras medidas que não requerem do aluno a produção de informação. Isto porque resumir exige produção. O processamento envolvido tem provavelmente melhor correspondência com testes generativos do que com os testes que dependem do reconhecimento.

Finalmente, sobre tempos de retardo do teste, vários estudos têm indicado que, quando o resumir aumenta o desempenho, os seus efeitos são relativamente robustos sobre atrasos de dias ou semanas. Da mesma forma, os benefícios dos programas de treinamento têm persistido várias semanas após o término do treinamento.

3.3 Efeitos em contextos educativos representativos.

Vários dos grandes estudos de treinamento de resumir foram realizados em salas de aula regulares, indicando a possibilidade de fazê-lo. Nós suspeitamos que possa realmente ser mais viável realizar estes tipos de estudos de treinamento em salas de aula do que no laboratório, dada a natureza da exigência de tempo para os alunos. Em geral, os benefícios podem ser observados em sala de aula. No entanto, crítico para a eficácia da estratégia é se, previamente,  os alunos têm a habilidade para resumir com sucesso, e não se o resumo ocorre no laboratório ou sala de aula.

3.4 Questões para implementação.

Resumir (como estratégia de estudo) é viável para alunos de graduação ou para outros alunos que já sabem como resumir. Para estes alunos, resumir constituiria uma técnica fácil de implementar que não leva muito tempo para completar ou entender. A única preocupação seria se esses alunos podem ser melhor servidos por alguma outra estratégia, mas certamente resumir seria melhor do que as estratégias de estudo que os estudantes geralmente favorecem, como sublinhar e reler. A questão mais complicada diz respeito a implementação da estratégia com os alunos que não tem qualificação para resumir. Neste caso há a necessidade de programas de treinamento relativamente intensivos para estudantes do ensino médio ou alunos com dificuldades de aprendizagem antes que possam se beneficiar da técnica de resumir.

No entanto, se o objetivo é utilizar o resumir  como técnica de estudo, a questão é se ensinar ao estudante esta estratégia vale a quantidade de tempo que demanda, tanto em termos do tempo necessário por parte do instrutor como ainda em termos de tempo tirado de outras atividades dos alunos. Por exemplo, em termos de eficácia, resumir tende a reduzir-se no conjunto das estratégias, quando comparada com outras técnicas. Em comparações diretas, que por vezes é mais útil do que a releitura  e é tão útil como Tomar Notas, mas foi menos potente do que gerar explicações  ou o auto-questionamento.

3.5 Resumir: avaliação geral.

Com base nas evidências disponíveis, classificamos o resumir como de baixa utilidade. Pode ser uma estratégia de aprendizagem eficaz para os alunos que já estão qualificados para resumir. No entanto, para muitos alunos (incluindo crianças, estudantes do ensino médio, e até mesmo alguns alunos de graduação) exigirá o treinamento extensivo, o que torna esta estratégia menos viável. Finalmente, embora muitos estudos tenham examinado o ensino do resumir em ambientes de sala de aula, o que falta são estudos em sala de aula que examinem a eficácia do resumir como uma técnica que estimule o aprendizado, compreensão e, é claro, a retenção do conteúdo.

Veja também:
Estratégias de aprendizagem: Um artigo que merece ser lido
Questionamento de Elaboração: Pergunte por quê? E aprenda!
Auto-explicação: Quer aprender? Explique você mesmo!
Para aprender CHAME ATENÇÃO!

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One Comment

  1. Maria de Lourdes 12/11/2013 at 20:16 Reply

    Ótimo esse artigo, gostaria de conhecer mais.

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