Insensatez
Que insensato eu fui! Como me esforcei para forçar todas as coisas a harmonizarem-se com o que eu pensava que devia ser…
Carl Gustav Jung
Que insensato eu fui! Como me esforcei para forçar todas as coisas a harmonizarem-se com o que eu pensava que devia ser…
Carl Gustav Jung
Êi!
Tá na minha vez…
1 2 3 4 5 6 7…
Posso ir?
Cadê você?
Sigo alguns sons.
Sigo alguns ruídos.
Sigo alguns sinais de que você está aqui.
Achei!
Agora, tá na sua vez…
Conte até 10.
Vem me procurar.
Silêncio…
Onde ele está?
Já está vindo?
De onde ele vai surgir?
Tô bem escondida…?
Frio na barriga…
Não. Não posso rir…
Barulho. Ruído. Passos…
Frio na barriga…
Me encolho.
Aiii! Ele tá chegando.
Quase não respiro.
Aiiiiiiiiiiii!!!!! Ele se aproxima.
Frio na barriga.
Barulho.
Passos.
Ai! Ele tá bem pertinho.
Bem pertinho.
Ainda mais pertinho.
Vejo seus pés.
Ele olha pra cima. Não me vê.
Tremo.
Ele segue. E segue… E segue…
E, de repente, olha pra trás.
Volta.
Caminha.
De novo aqui, pertinho.
O nariz coça.
Seguro a respiração.
Tá difícil.
Aaaaaaaaaaaaaatchimmmmmmmm……..
E ele me acha.
E ele me vê.
E ele me olha.
E ele me abraça.
E ele me põe no colo.
E ele me beija.
E achamos graça…
E sorrimos…
E seguimos…
E, juntos, nos divertimos.
Maria Teresa G. P. Peixoto
Aprender a ver – habituar os olhos à calma, à paciência, ao deixar-que-as-coisas-se-aproximem-de-nós; aprender a adiar o juízo, a rodear e a abarcar o caso particular a partir de todos os lados. Este é o primeiro ensino preliminar para o espírito: não reagir imediatamente a um estímulo, mas sim controlar os instintos que põem obstáculos, que isolam. Aprender a ver, tal como eu o entendo, é já quase o que o modo afilosófico de falar denomina vontade forte: o essencial nisto é, precisamente, o poder não «querer», o poder diferir a decisão. Toda a não-espiritualidade, toda a vulgaridade descansa na incapacidade de opor resistência a um estímulo — tem que se reagir, seguem-se todos os impulsos. Em muitos casos esse ter que é já doença, decadência, sintoma de esgotamento, — quase tudo o que a rudeza afilosófica designa com o nome de «vício» é apenas essa incapacidade fisiológica de não reagir. — Uma aplicação prática do ter-aprendido-a-ver: enquanto discente em geral, chegar-se-á a ser lento, desconfiado, teimoso. Ao estranho, ao novo de qualquer espécie deixar-se-o-á aproximar-se com uma tranquilidade hostil, — afasta-se dele a mão. O ter abertas todas as portas, o servil abrir a boca perante todo o facto pequeno, o estar sempre disposto a meter-se, a lançar-se de um salto para dentro de outros homens e outras coisas, em suma, a famosa «objectividade» moderna é mau gosto, é algo não-aristocrático par excellence.
(Friedrich Nietzsche, in “Crepúsculo dos Ídolos”)
Teatro Municipal de Niterói e Rotary Club de Niterói Norte
Apresentam
Recital de Piano
Licia Lucas
“A Grande Dama do Piano”
Danza Ritual Del Fuego – Manuel de Falla – Abre-se o recital.
Forte! Exuberante! Vibrante!
Respiração em suspensão. O coração pulsa mais forte. É vida passando por todos os poros. É vida inspirando todas as células. É música que nos faz calar. É música que nos faz silenciar. É música que nos faz viajar.
Passando por Villa-Lobos, Chopin, Liszt, Schumann, Rachmaninoff, “A Grande Dama do Piano”, com sua sensibilidade, paixão e emoção, entrega-se de corpo e alma, em profunda reverência a estes mestres invisíveis, que ganham vida naquele momento tão sublime.
Gênios da música, interpretados por dedos mágicos, materializam-se dentro de cada um de nós, sacudindo nossas histórias, nossos sonhos, nossa grandeza espiritual. Acordando o que parecia adormecido, ausente, esquecido.
A música que nos faz silenciar. E silenciar para uma escuta mais generosa. E uma escuta mais generosa aos nossos corações, a nossa alma e a nossa essência.
Finalmente entra em cena Louis Moreau Gottschalk com “Grande Fantasia Triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro”.
Lindo! Fantástico! Emocionante!
E aqui a viagem segue rumo a nossa Pátria, rumo ao mundo, rumo aos povos de todas as nações, rumo ao nosso planeta, rumo a todo o Universo.
A música que nos faz silenciar. E silenciar para ouvir o que o mundo tem a nos dizer. E silenciar para observar o que o mundo tem a nos oferecer.
A música que nos faz silenciar para ouvir a vida que precisamos viver!
Obrigada Lícia,
Teresa
Às vezes, as correntes que nos impedem são mais mentais do que físicas.
Pense, pois muitas vezes amarram você em nada e você acredita!!!
Sei que agosto é mes para homenagear o pai. Mas, apesar disso, eu, você, nós, vamos falar de Mãe. Mas para que os papais não se sintam excluídos das nossas vidas, eu os parabenizo dizendo: Mergulhem nessa relação. Mergulhem em si mesmos. Vocês e seus filhos merecem. Parabéns!
Quero falar de mãe. Porque sou mãe. Porque tive mãe. Porque todas nós, mulheres, somos mães. Mães de nossos filhos. Mães de nossos pais. Mães de nossos amigos. Mães do coração. Mães de nós mesmas.
Quero falar de mãe. Viemos ao mundo com esta incumbência. Viemos ao mundo, dentre todos os propósitos, com este: o de ser mãe. E ser mãe com amor incondicional. Ser mãe no instinto e na alma. Ser mãe no corpo e no espírito. Ser mãe da terra e da lua. Ser mãe da vida e da esperança. Ser mãe sentimento e razão. Ser mãe no fundo do meu coração.
Vamos falar de mãe. Vamos falar sobre mães. Vamos viver as nossas mães. Vamos ouvir a nossa voz materna. Vamos sentir a acolhida dos nossos braços em nossos abraços. Somos mães do desejo e mães do sonho. Somos mães pra falar, sentir, trocar, viver e amar. Vamos observar, reconhecer e acolher todas as mães que habitam dentro de nós.
“Eu e Nossas Mães” é um encontro com nossas raízes maternais. Aqui, você, mãe ou não, está convidada a entrar na roda da dança das cadeiras e da sua vida, como anfitriã de uma convidada muito especial. Venha pra roda. Chegue mais. Aconchegue-se. A casa é sua. O momento é seu. Receba a si mesma. Receba quem está ao seu lado. Receba quem está logo ali. Receba, receba, receba…
Maria Teresa G. P. Peixoto
06/07/2011
Pois é. Meu filho cresceu!
Natural. Faz parte da vida. Faz parte da vida de todos nós. Um dia eles crescem. Um dia nós crescemos. Um dia os filhos de nossos filhos também irão crescer.
É assim. A partir do momento em que nascem já começam a crescer. Aliás, a partir do momento em que os geramos, o crescimento se inicia.
Natural!
Mas agora, meu filho, realmente cresceu! Não importa se com 15, 20, 25, 30 anos ou mais. Em algum momento, eles, de alguma forma, nos avisam que cresceram.
Pois é. Meu filho cresceu! E este é o momento. É como um rito de passagem. É um marco, pontuado por suas próprias escolhas. E ele escolheu.
Hei! Mãe. Hei! Pai. Agora é a minha vez. Agora é a minha vez de experimentar os meus próprios vôos. Agora é a minha vez de arriscar meus mais altos vôos. Agora é a minha vez de enfrentar meus medos e minhas inseguranças. Agora é a minha vez de negociar e fazer acordos aqui, dentro de mim. Agora está na minha vez de descobrir, verdadeiramente, meus talentos e minhas aptidões.
Palavras dele? Não. Palavras minhas diante do que vejo e sinto.
Ok. Palavras dele? “Posso me virar”.
Assim. Simples. Claro. Lindo! Sábio!
Meu filho cresceu!
O sinal de que ele cresceu? Isso é fácil: Há dor e alegria no meu coração. É isso mesmo. “Não há crescimento sem dor”. Sabemos disso há milênios. O que varia é a intensidade da dor. Mas é dor.
E não há crescimento sem amor. E este amor sim, precisa ser maior que a dor, para dar lugar à alegria que sentimos diante de uma vida repleta de possibilidades.
É a vida de nossos filhos.
É a vida de nossos encontros.
É a vida de nossos encantos.
É a vida das perdas e dos ganhos.
É a vida maravilhosa que recebemos dos céus!
Meu filho cresceu!
Obrigada. Seja feliz. Te amo!
Mamãe.
Maria Teresa G. P. Peixoto
Um Agradecimento:
Nós mulheres do “Dança das Cadeiras” do dia 18 de junho de 2011, nos entregamos ao calor da fogueira, com alegria, paixão e fé. Celebramos a transformação reverenciando o fogo que possibilita a transcendência, a transmutação e o poder interior.
Do milho fizemos o pão. Do pão extraímos a sua sabedoria. A sabedoria que nasce da alquimia quando entrelaçamos os ingredientes e integramos as polaridades.
E assim somos nós. Mulheres que se encontram e se acolhem nas suas semelhanças e diferenças. E assim vivemos, em mais um encontro “Dança das Cadeiras”, a união das nossas essências, a união com os elementos da natureza. Porque São João é fogo, é água, é ar e é terra.
Sou grata a vocês, mulheres do “Dança das Cadeiras”, que simbolizam o feminino na sua forma mais pura e, portanto, na sua natureza mais sábia.
Sou grata aos céus e a São João que nos abençoaram, trazendo luz, calor e amor aos nossos corações.
Com alegria,
Maria Teresa G. P. Peixoto.
Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para as visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado,
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro. Mas sempre alto.
Sempre longe.
Cecília Meirelles
Dom Juan afirmava que nosso mundo, que acreditamos ser único e absoluto, é apenas um em meio a um conjunto de mundos consecutivos, arrumados como as camadas de uma cebola. Dizia que, apesar de sermos energeticamente condicionados a perceber apenas nosso mundo, ainda temos a capacidade de entrar nessas outras regiões, nesses outros reinos que são tão reais, únicos, absolutos e envolventes como o nosso próprio mundo.
Dom Juan explicou que, para percebermos esses reinos, precisamos não apenas desejá-los. Precisamos de energia suficiente para alcançá-los. Ele dizia que sua existência é constante e independe do nosso conhecimento, mas sua inacessibilidade é totalmente conseqüência de nosso condicionamento energético. Em outras palavras: apenas por causa de nosso condicionamento somos compelidos a presumir que o mundo de nossa vida cotidiana é o único mundo possível.
Carlos Castañeda (1931-1998): A Arte do Sonhar, pg 8, 8ª. Ed., Rio de Janeiro, Nova Era, 2009.
Ingredientes:
250 g de Equilíbrio
50 g de Dignidade
22,5 g ou 1½ tablete de fermento de Amor
2 xícaras (chá) de Desprendimento
5 colheres (sopa) de Respeito
8 xícaras (chá) de Harmonia
5 doses de Paciência
2 pitadas de Entendimento Modo de preparo:
Escolha e lave o Equilíbrio e reserve.
Misture levemente o Amor com as 2 xícaras de Desprendimento cubra com um pano branco e deixe descansar em um lugar morno para crescer bastante, longe das correntes de ódio e dos ventos da discórdia.
Adicione o Respeito, a Dignidade, as doses de Paciência e as pitadas do Entendimento.
Adicione metade da Harmonia e todo o Equilíbrio reservado.
Misture calmamente todos os ingredientes e amasse suavemente com as mãos sobre urna superfície polvilhada com o restante da Harmonia.
Sove delicadamente a massa, incorporando sem pressa todos os elementos da receita.
Procure deixar a massa macia, divida-a em três tiras compridas (do presente, passado e futuro) e forme uma trança.
Una as extremidades, fazendo um círculo, simbolizando a Roda da Vida, sem começo nem fim.
Deixe a massa crescer em lugar abrigado até dobrar ou triplicar de tamanho.
Quanto mais tempo você deixar essa massa descansando, mais ela crescerá e resultará num pão delicioso.
Preaqueça o forno do Coração em temperatura moderada, coloque delicadamente seu pão para assar.
Em pouquíssirno tempo, você terá o pão da paz.
Reparta-o em pedaços e compartilhe com todos.
Esse pão alimenta milhares de pessoas e conforta corações aflitos.
Paulo Araújo de Almeida Braga
Acordei de madrugada,
fui varrê a Conceição.
Encontrei Nossa Senhora
com dois livrinhos na mão.
Eu pedi um pra ela,
ela me disse que não;
eu tornei a lhe pedir,
ela me deu um cordão.
Numa ponta tinha São Pedro,
na outra tinha São João,
no meio tinha um letreiro
da Virgem da Conceição.
(Acalanto registrado em Cunha, SP)
“Acorda meu povo!
Vem ver a ‘acordação’
Acorda todo o povo!
Que é primeiro de São João.”
“Meu São João
Eu vou me lavar,
E as minhas mazelas
Irei lá deixar.
E na volta:
Ó meu São João,
Eu já me lavei
E as minhas mazelas
No rio deixei.”
“Pula a fogueira iáiá
Pula a fogueira ioiô
Cuidado para não se queimar
Olha que a fogueira já queimou o meu amor…”
(João B. Filho)
Fogo que queima
Fogo que arde
Fogo que transforma.
Fogo que destrói
Fogo que constrói
Fogo Herói.
Fogo que clareia
Fogo que aquece
Fogo que norteia.
Fogo da verdade
Fogo do “Eu Sou”
Fogo da liberdade.
(Maria Teresa G. P. Peixoto)
“São João, São João,
Acende a fogueira no meu coração…”
(Carlos Braga e Alberto Ribeiro)
O controle está nas minhas mãos.
O controle está nas nossas mãos.
Será?
“A Ditadura do Bem”.
A ditadura de quem?
Que bem?
Um bem que faz mal.
Um bem anti-natural.
Um bem da mentira,
da farsa,
da ferida.
Quem é quem?
Quem quer o meu bem?
Quem quer o nosso bem?
Quem quer o seu bem?
Calam a minha boca.
Calam a nossa boca.
Calam a sua boca.
Como me sinto?!
Acuada, é claro.
Entalada, é claro.
Irada. Sim, irada.
Liberdade?
Que nada!
Liberdade?
Que piada!
Nem eu, nem nós, nem você.
A ditadura da saúde.
A ditadura da cultura.
A ditadura da boa forma.
A ditadura da boa norma.
A ditadura do “Politicamente Correto”.
Olhos que nos seguem.
Olhos que nos vigiam.
Olhos que nos cegam.
Olhares que nos impedem.
Olhares que nos limitam.
Olhares que nos calam.
Não, não, não e não!
Digo, agora, não a tudo isso.
Digo não, agora, ao que me violenta.
Digo não, agora, ao que me desrespeita.
Digo não, agora, ao que me comprime.
Digo não, não, não e não!
A tudo o que me afasta da minha essência.
A tudo o que me afasta da verdade.
A tudo o que me afasta de mim mesma.
Abaixo a hipocrisia.
Abaixo a “burrologia”.
Abaixo a falsa democracia.
Estão tentando nos atar.
Estão tentando nos amordaçar.
Estão tentando nos matar!
Se não sou livre, morro.
Se não somos livres morremos.
Se você não é livre, morre.
Vida livre,
Vida plena,
Vida bem vivida.
Viva a clareza,
Viva o discernimento,
Viva a integridade,
Viva a inteireza.
Viva a vida com dignidade.
Viva a vida com respeito.
Respeito ao próximo,
Respeito a mim,
Respeito a você.
Viva o direito a “Ser”!
Viva o direito a “Ter”!
Viva o direito ao “Saber”!
Viva!!!
Maria Teresa G. P. Peixoto
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