Para Refletir

Quando se tem um problema a ser resolvido tem-se um problema a ser resolvido. Quando ao problema a ser resolvido se acrescentam lamúrias e lamentações, tem-se dois…

Rubem Alves

Freud, se fosse poeta, em vez de falar em consciente e inconsciente, teria dito: Nós, como a Terra, somos iluminados ora pelo Sol, ora pela Lua. Os pensamentos e sentimentos que temos quando iluminados pela luz do Sol não são os mesmos sentimentos e pensamentos que temos quando iluminados pela Lua. Sol: o mundo brilha e somos inundados por suas cores e formas. Lua: luz suave, cheia de sombras e indefinições. Sob a luz do Sol nós trabalhamos. Sob a Luz da Lua nós amamos.

Rubem Alves

É quase assim: entendeu ou quer que desenhe?

Mas parece que não há palavra, não há voz, não há desenho que chegue do outro lado, que reverbere e cumpra a mensagem. Parece que a voz, o som, a entonação, a palavra, ainda são códigos desconexos, complexos e sem direção.

Sou eu que falo e não digo ou é o outro que escuta e não ouve?

Que ruído é esse na nossa fala que impede a sonoridade no outro? Ou, que surdez é essa que impede a legitimidade do código?

Sou eu que falo e não digo ou é o outro que escuta e não ouve?

É o outro que fala e não diz ou sou eu que escuto mas não ouço?

Penso que a resposta a estas questões ainda não exista. Talvez nunca existirá. Pois, cada vez mais a comunicação se faz ausente de corpo, de gestos, de som. Cada vez mais a comunicação se faz ausente do olho no olho, ausente do coração no coração. E mais ainda, perdeu-se a voz.

Maria Teresa G. P. Peixoto

A relação psicológica autêntica pede profunda e consciente aceitação do outro, também de seus aspectos menos agradáveis a nós. O exercício de tolerância profunda e de profunda compaixão, no sentido etimológico de “sofrer com”, significa antes de tudo que acolhemos a nossa negatividade, a sombra que nos segue em toda parte. É somente com essas condições que conseguiremos garantir ao amigo um afeto estável diante daquela humanidade imperfeita que ele opõe ao nosso desejo idealizante.

Aldo Carotenuto, “Amar Trair – quase uma apologia da traição”.

…A sua grandiosidade depende da maneira de como você se vê e de como vê o mundo. E para isto é necessário escolher o seu objetivo, tê-lo claro e estar focado nele. Mas, por outro lado, é necessário estar, simultaneamente, consciente das atitudes que toma no processo que o leva a atingi-lo…

“Aprenda a Aprender – Emotivação: Alta Ajuda para Vencer em Concurso Público”, Mauricio A. P. Peixoto e Maria Teresa Guimarães.

A oportunidade mesma não se encontra na interpretação de sintomas alheios e sim na interpretação dos próprios sintomas. Isso é dificultado pela onipresente cegueira de si mesmo. A problemática da projeção, nossa tendência de transportar tudo o que é incômodo e difícil para fora e lá também elaborá-lo e combatê-lo, prova ser prejudicial também no que se refere à interpretação dos sintomas. Ao mesmo tempo que reconhecemos claramente o cisco no olho dos outros, de bom grado deixamos de ver a trave que temos no nosso… Às interpretações de sintomas verbalizadas por amigos e conhecidos contrapõe-se um grande “Mas” no que se refere aos próprios sintomas…

Rüdiger Dahlke, “A Doença Como Linguagem da Alma”.

“Esperança” me remete ao sentimento de “Fé”.
“Resiliência” me remete à expressão: “A Fé Remove Montanhas”.

Na “Esperança”, mesmo diante dos obstáculos, creio na certeza de que “vai dar certo”.
Na “Resiliência”, apesar das adversidades, confio e faço dar certo.

E para ilustrar estas duas virtudes existentes na nossa alma, escolho este belíssimo texto, extraído do livro “O Jardineiro Que Tinha Fé”, onde a autora Clarisse Pinkola Estés, retrata, com muita delicadeza, um momento difícil, porém virtuoso, na história de sua família:

“Qual é esse processo do espírito e da semente, cheio de fé, que toca o solo nu e o torna rico de novo?
Não tenho a resposta completa. Só estou certa de que, enquanto estivermos aos cuidados dessa força de fé, aquilo que pareceu morto não estará morto, aquilo que pareceu perdido também não estará mais perdido, aquilo que alguns alegaram ser impossível tornou-se nitidamente possível e a terra que está sem cultivo está apenas descansando – descansando à espera de que a semente venturosa chegue com o vento, com todas as bênçãos de Deus.
E ela chegará.”
Clarissa Pinkola Estés

É no céu que encontramos o sol, a lua, as estrelas e as nuvens. É no céu que encontramos o calor, os ciclos, a direção e o movimento. Com os olhos voltados para o céu, sonhamos, agradecemos e desejamos. O céu, com seus mistérios, nos faz questionar, nos aguça a curiosidade e nos leva a uma viagem no desconhecido.

Estamos todos debaixo do mesmo céu. Estamos todos debaixo deste pai que protege, que acolhe e que nos dá o norte. Sob este céu construímos caminhos e fazemos nossas escolhas. Sob este céu convivemos numa única e grande família. E é sob este céu que, como “diz” Gonzaguinha, “eu preciso é ter consciência do que eu represento neste exato momento…”

Ao Pai “Céu” a minha homenagem de gratidão!

Maria Teresa G. P. Peixoto

…O medo gera uma atitude extremamente nociva, que é a insegurança. A insegurança lesa qualquer pessoa, pois esvazia sua crença em si mesma. O inseguro torna-se pouco a pouco incapaz de realizar qualquer ação onde precise expressar sua capacidade pessoal, pois começa a duvidar de que é capaz de possuir alguma qualidade…

Celina Fioravanti

…O desejo de criar uma proteção que nos resguarde, gera o medo. Ao tentar evitar o mal, criamos o mal na mente, de onde ele se torna uma entidade real a influir sobre nossas ações. Desta forma, podemos concluir que o medo é imaginário, que ele não tem existência real, enquanto não deixamos que nos permeie…

Celina Fioravanti

O inconsciente pode assustar porque nos parece misterioso. É o desconhecido. Porém, é exatamente nele que se encontram todos os nossos recursos para mudarmos o que decidirmos mudar. Só mudamos o que queremos. Portanto, não deixe que o inconsciente te domine. Faça dele o seu aliado. Mergulhe nele e se torne dono(a) da sua história.

Maria Teresa G. P. Peixoto

Olá! Hoje você começa uma nova fase da sua vida. Ou melhor, hoje você dá início a sua Vida. Pronto. Assim. Você está chegando a este mundo agora, do jeito que você está. E, portanto, você poderá apagar, acrescentar, transformar, manter, mexer do seu jeito em situações e aspectos pessoais. O que você faria para se sentir ainda melhor na sua vida? Então, entrando nessa brincadeira de “faz de conta”, transforme, troque, permaneça, realize, ouse, e seja Feliz! Agora, tente sair do “faz de conta” e comece a recriar a sua história.

Uma Boa História pra Você!

Maria Teresa G. P. Peixoto

Um fantasma de castelo escocês não é um fantasma de mansarda parisiense ou um fantasma de um downtown californiano. Fritz Leiber, um dos autores mais premiados da literatura fantástica norte-americana assim descreveu o “fantasma do nosso tempo”:
“Pense nisto: um rosto que mistura a ansiedade faminta dos desempregados, a inquietude neurótica das pessoas sem objetivo na vida, a tensão sobressaltada de quem trabalha sob a pressão das metrópoles, o desconfortável ressentimento do grevista, o frio oportunismo do traidor, o ofegar agressivo do mendigo de rua, o pânico explícito do civil bombardeado, e mais outras mil deformações emocionais. Cada uma se superpondo às demais e se mesclando com elas, como uma pilha de máscaras semitransparentes”

Braulio Tavares, em Contos Fantásticos Brasileiros

Magia pressupõe o conhecimento das verdadeiras conexões que fazem com que o que está no mundo inferior seja determinado pelo que existe no mundo superior (as above, so below), e pressupõe em seguida a criação de rituais para aproveitar da melhor maneira possível o que terá inevitavelmente de acontecer

Braulio Tavares, em Contos Fantásticos Brasileiros

…A obra de Guimarães Rosa reitera que fatos e pessoas do nosso mundo estão em correspondência cósmica com outra realidade, e que nós próprios somos apenas as sombras ou os reflexos de criaturas mais complexas do que nós, que se deslocam num universo superior a este.

…Muitas obras de García Márquez também refletem esta noção de que as vidas humanas estão destinadas a cumprir um roteiro traçado em outro plano da realidade.

Braulio Tavares, em Contos Fantásticos Brasileiros