Construtivismo: Metacognição e Aprendizagem
Na semana passada apresentamos algumas definições e conceitos. Hoje a idéia e relacionar a metacognição com a aprendizagem.
A metacognição como proposta educacional (Sutherland, 1996), é um movimento relativamente novo e incide sob um aspecto ainda pouco trabalhado em termos do ensino ? aprendizagem: a consciência. Para os metacognitivistas quando alunos tornam-se mais conscientes de sua própria aprendizagem, esta se torna melhor. Esta consciência deve incluir conhecimento do como e porque estão aprendendo. Metacognição é então um discurso de segundo nível sobre o processo de aprendizagem, assim como também uma proposta educacional.
Novak (1994), refere-se a dois termos; meta-conhecimento e meta-aprendizagem. O meta-conhecimento refere-se à preocupação epistemológica sobre conhecimento que se dirige à natureza do conhecimento e do processo de conhecer. Já a meta-aprendizagem refere-se ao aprendizado dos processos de aprendizagem, ou seja, refere-se ao aprender a aprender.
Na sua opinião, as melhores estratégias de meta-aprendizagem devem ser acompanhadas de estratégias que aumentem o meta-conhecimento. Meta-aprendizagem e meta-conhecimento são duas áreas diferentes, porém interconectadas de conhecimento que caracterizam a compreensão humana. Aprender sobre a estrutura e natureza do conhecimento ajuda os alunos a entenderem como eles aprendem. E o conhecimento sobre a aprendizagem, ajuda-os a saber como seres humanos constróem novo conhecimento.
As capacidades básicas da metacognição (Sutherland, 1996), incluem:
- Prever os resultados de uma ação (o que acontecerá se…?)
- Conferir seus resultados (funcionaram ?)
- Controlar sua própria ação simultaneamente ao agir (como estou me saindo ?)
- Testar a realidade (faz sentido ?)
Autores desta linha afirmam que seus princípios podem ser aplicados a qualquer faixa etária, o que não é universalmente aceito. Embora seja em geral aceite seus benefícios em crianças mais velhas e em adultos, isto não acontece para crianças menores. Sutherland (1996) no entanto, cita Brown & DeLoache que afirmam que mesmo bebês possuem capacidade metacognitiva. Aceitam o fato de que não é fácil para crianças usarem suas capacidades em situações novas. No entanto, argumentam que o problema é mais de inexperiência do que de juventude.
Na próxima semana, vamos explorar o uso de estratégias de aprendizagem.
Até lá !
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