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Para Refletir

Toda semana um novo texto.
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Dança das Cadeiras – Dança da Vida – O Feminino Nosso de Cada Dia! – 8º. Encontro: “Do Mago ao Louco: A Trajetória da Liberação” – Um Agradecimento

15 jan 2010
Maria Teresa Guimarães

Cinco e seis de dezembro de 2009. Mury – Pousada Refúgio dos Falcões. Nosso oitavo e último encontro de 2009!

Chuva, vento, frio e neblina, fizeram parte do panorama deste final de semana. Alto da montanha, dificuldade de subir e enguiços pelo caminho; mas nada disso atrapalhou o bom humor, a alegria e o desejo de seguir rumo às próprias conquistas internas.

Chuva, vento, frio e neblina, misturados com calor humano, aconchego, acolhida e solidariedade, uniram corações femininos na tenda do amor, da alegria e da sensibilidade. Uniram pensamentos femininos na tenda da reflexão, das descobertas e da troca. Uniram corpos femininos na tenda das sensações, dos desejos e do movimento.

Na “Dança das Cadeiras”, dançamos a liberdade no “Louco”, a intuição na “Sacerdotisa” e a consciência no “Sol”. Na “Dança das Cadeiras”, dançamos a tensão e a paixão no “Diabo”, o amor e a sabedoria no “Papa”. Dançamos o mergulho interno no “Eremita” e o revelar-se na “Torre”. Na “Dança das Cadeiras”, dançamos a transformação na “Morte”, o autodomínio na “Força” e o desejo e as possibilidades no “Mago”.

Do “Mago ao Louco”, passamos por símbolos que representam a essência da nossa história vivida, sentida e construída. Do “Mago ao Louco” passamos por símbolos que nos fizeram pensar, sonhar e voar. Passamos por símbolos que nos mostraram verdades, mentiras, qualidades e contrariedades.

Enfim, do “Louco ao Louco”, nos permitimos seguir a trajetória da liberação daquilo, que, por algum motivo e em um tempo passado, não pode ser reconhecido, confrontado e compartilhado. Do “Louco ao Louco”, demos vida a “estes símbolos dentro da gente”, para que possamos nos tornar melhores a cada momento e a cada dia da nossa vida interna, individual e social.

Obrigada meninas “refugiadas” de 2009. Obrigada meninas que, no Refúgio dos Falcões, acolheram a idéia de nos refugiarmos, não como fuga ou para nos escondermos, mas ao contrário, para nos olharmos, nos recarregarmos e nos oferecermos numa grande roda, numa grande dança e num grande abraço.

Com carinho,

Maria Teresa G. P. Peixoto

 

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!Oyé! Oyé! Oyé!

08 jan 2010
Maria Teresa Guimarães

Declaro abierta la carrera ao amor.
Declaro abierta la gran limpieza de la Tierra.
Declaro abierta la fiesta de los plantadores de arboles y de los recicladores.

Creo en ti.
Creo en tu capacidad de alimentar a tu hermano.
En tu capacidad de limpiar el aire y el agua.
Creo que tu puedes ser tu proprio medico y curar tu planeta.
Creo en ti y te quiero.

(Jean Rève – El Soñador)

 

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Natal: Tempo de Recolhimento

18 dez 2009
Maria Teresa Guimarães

Já é Natal! Já é final do ano!
“Já era” 2009!
Mais um Natal chegando, lembrando que mais um ano se passou.
Mais um ano que passou pra mim, pra você, pra toda a humanidade.
O que vivemos em mais um ano? O que sonhamos em mais um ano? O que construímos e do que desistimos?
Repetição de uma história? Repetição da sua história? Energias renovadas ou energias estagnadas?
O que vivemos em mais um ano?
Amor? Dor? Compaixão? Elevação?
Trabalho? Conhecimento? Diversão?
O que vivemos em mais um ano?
Mortes? Nascimentos? Isolamento?
Perdas? Ganhos? Crescimento?
O que você viveu em mais um ano?
Em que momentos você avançou?
Em que momentos você recuou?
Olhou em volta? Olhou pros lados?
Olhou pra frente? Olhou pra trás?
Sonhou grande ou sonhou médio?
Sonhou, pelo menos?
Natal: Tempo de Recolhimento!
Recolhimento para escutar.
Recolhimento para enxergar.
Recolher-se para tocar.
Natal: Tempo de recolhimento!
Recolhimento da alma,
Recolhimento do corpo,
Recolhimento do coração.
Natal: Tempo de Recolhimento!
Recolhimento no aconchego,
Recolhimento na acolhida,
Recolhimento dos ruídos da vida.

Pra você, um Natal de Paz, de Luz e de Alegria.

E…

Forças renovadas em 2010!

Maria Teresa, Mauricio e Pedro Henrique

 

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O que conta não é o que acontece com você, mas sim como você reage ao que acontece com você

04 dez 2009
Maria Teresa Guimarães

O proveito que se tira de cada experiência depende da própria pessoa. Se a pessoa não quiser tirar proveito de uma experiência, por mais dolorosa e difícil que ela seja, só tira prejuízo, então. O que é melhor? Proveito ou prejuízo?

Você pode se lamentar de alguma coisa pelo resto da sua vida, ou pode fazer do mesmo acontecimento um verdadeiro aprendizado, um trampolim para vôos mais altos na sua existência. O que você prefere?

(Lair Ribeiro: Auto-estima, Objetiva, 1994)

 

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Qual é a doenca do mundo? Os mitos modernos ameaçam o nosso futuro

27 nov 2009
Maria Teresa Guimarães

Ele mostra que insistimos em viver unilateralmente o pólo masculino, que a filosofia chinesa denomina princípio Yang.

As qualidades femininas arquetípicas (Yin) como a solidariedade, a consciência social, o lazer, o movimento cíclico ou a confiança primordial na sabedoria da Criação parecem inteiramente supérfluas à nossa mentalidade, centrada na competência e na ação.

Rüdiger Dahlke

 

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Saudade

13 nov 2009
Maria Teresa Guimarães

Saudade de quem não está mais aqui.
Saudade de você que esteve aqui.
Você que esteve aqui por muito tempo.
Você que esteve aqui por toda uma vida.
Uma vida de vitórias, construções, realizações.
Uma vida de perdas, dores, explosões.
Uma vida de bondade, compaixão, doação.

Saudade de você, meu pai,
Que me acalentou, me amparou, me abraçou.
Saudade de você, meu pai,
Que acreditou, me deu a mão e me levou.
Saudade de você, meu pai,
Que me mostrou para onde ir e de onde partir.
Saudade de você, meu pai,
Que me mostrou os caminhos por onde ir.

Hoje, já não te vejo.
Hoje, já não te escuto.
Hoje, já não te toco.
Hoje, o que vejo, são imagens.
Hoje, o que ouço, são sons longínquos de sua voz.
Hoje, o que toco, são lembranças da sua história; da nossa história.

Hoje, só sinto e apenas sinto,
A sua presença,
A sua voz,
O seu olhar.

Hoje, só sinto e apenas sinto,
O seu amor,
A sua grandeza
E o meu amor.

Hoje, só sinto e apenas sinto,
Você!

E, pra que mais?

Obrigada papai.

Maria Teresa G. P. Peixoto 

 

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Dança das Cadeiras – Dança da Vida – O Feminino Nosso de Cada Dia! 8º Encontro Tema: Do Mago Ao Louco: A trajetória da Liberação!

23 out 2009
Maria Teresa Guimarães

Como o Louco caminho por longas estradas, com chuva e com sol, respirando poeira e perfume, sigo em busca de novas aventuras. Brinco com a vida e esta brinca comigo. O que vai me acontecer? Onde quero chegar? Onde é o fim? Não sei.

Como Mago busco realizar algo, desejo e tomo a partida; transformo e realizo.

Nesta busca, quem pode me ajudar? Meus pensamentos? Meus sentimentos? Minha intuição? Com a ajuda da Sacerdotisa e sua calma, paciência e sabedoria, encontro o rumo certo.

A Imperatriz me permite gestar e criar. Lanço-me ao mundo. Acreditando na minha sensibilidade, faço-o sem medo. Ouso!

No Imperador meus desejos tomam forma, se concretizam. Posso tocá-los. É real!

Sob os céus, com o Papa dá-se a união entre físico e espírito. Cresço e amadureço. Amo e transcendo neste amor. Agora, o que realizo, tem cor, perfume e sabor.

Enamorado, abro o meu coração e, caminhos se apresentam para mim. Aprendo a ouvir e a enxergar com mais atenção. Sou livre para escolher.

No Carro decido. Sigo, enfrento, me guio. Venço!

Sou a palavra final. Sou a Justiça!

Agora, uma parada. Parada para o descanso. É hora de ficar só como um Eremita. Olho com mais cuidado para dentro de mim. Não tenho pressa.

Aprendendo a me respeitar, dou à minha vida o ritmo que ela me pede. Ao mesmo tempo bailo com o meu ritmo. Sigo em frente. Porque gira a Roda da Fortuna!

Neste bailar sou a Força que age na contemplação.

Novas decisões, novas incertezas. No Enforcado a paralisação. Se me mantenho assim, morro. Decido, então, desatar os nós. Viro-me pelo avesso e me safo. Saio do sufoco.

E… na Morte me transformo!

Para com a Temperança encontrar a paz!

E agora, o que está acontecendo? Tensão? Tesão? Paixões? Conflitos? Me solto e me aprisiono. Sou impulso e razão. Sou tesão e tensão. Mas boto os pés no chão. É o Diabo.

Cai a máscara que me aprisionava. Liberto-me da Torre!

Como Estrela, sou agora verdade e inteireza.

Mas a Lua me faz perguntar: O que ainda se oculta por trás dessa luz?

Eis aqui a grande oportunidade: descubro o brilho da minha essência. Sou a minha própria luz. Sou o Sol!

No Julgamento renasço mais uma vez. Agora, com muito mais consciência!

Eu, físico, espírito e natureza, plenamente integrados, abro o meu peito e grito: amo e sou amada! Vou para o Mundo. Fecho assim, mais um ciclo da minha jornada interna..

Posso agora me oferecer para um novo começo, para novas aventuras e conquistas! Como Louco, novamente me aventuro.

Sou….A minha essência!

Do “Louco ao Louco”, passando por magos, imperatrizes, sacerdotisas e eremitas, convido você a viver a sua viagem interna, a partir do contato com “estes símbolos dentro da gente”.

Maria Teresa G. P. Peixoto
Dança das Cadeiras – Dança da Vida
O Feminino Nosso de Cada Dia!

 

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Você constitui o total da soma de todas as suas escolhas

16 out 2009
Maria Teresa Guimarães

O orador, diante de um grupo de alcoólatras, estava decidido a demonstrar, de uma vez por todas, que o álcool era o maior dos males. Sobre a plataforma havia o que parecia ser um par de recipientes idênticos, cheios de fluido transparente. O orador indicou que um dos recipientes continha água pura e o outro, álcool não diluído. Em seguida, colocou um pequeno verme num dos frascos e a audiência ob servou enquanto o animalzinho, após nadar de um lado para outro, aproximou-se da parede do recipiente e arrastou-se tranqüilamente até a borda. O orador pegou então o mesmo verme e o colocou no recipiente cheio de álcool. O animal se desintegrou à vista de todos os presentes.

– Eis aí – disse o orador – Qual é a moral da história? Lá no fundo da sala, uma voz falou, com bastante clareza.:
– Deduzo que se a gente bebe álcool nunca tem vermes…

…você ouvirá e compreenderá exatamente o que quiser ouvir, em função de seus valores, convicções, preconceitos e história pessoal…

Você pode dizer que está interessado em examinar a si próprio, profundamente, com o objetivo de se transformar – mas muitas vezes seu comportamento o contradiz. É difícil mudar. Se você for como a maioria das pessoas, cada fibra sua reagirá contra a dura tarefa de eliminar os pensamentos que servem de base a seus sentimentos e comportamento auto-enganadores…

A saúde é um estado natural e as maneiras de atingi-la estão ao alcance de cada um de nós. Acredito que uma sensata combinação de esforço, raciocínio claro, humor e autoconfiança é o necessário para uma vida produtiva. Não creio em fórmulas extravagantes, nem em excursões históricas pelo passado para descobrir que você foi severamente treinado quanto aos hábitos de higiene e que outra pessoa é responsável pela sua infelicidade.

(Dyer, W.W.: Seus pontos fracos, pp7-8, Record, 1976)

 

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Ajudando as Plantas a Crescer

02 out 2009
Maria Teresa Guimarães

Mêncio (*) 

Um homem da região Song achou que os brotos na sua plantação estavam crescendo muito devagar. Ele puxou um por um para cima e voltou exausto para casa.

– Estou hoje muito cansado – disse para sua família -, estava até agora ajudando as plantas a crescer.

Seu filho correu até a plantação para ver o que tinha acontecido e encontrou todas as plantas mortas.

(* Capparelli, S. & Schmaltz, M.: 50 Fábulas da China Fabulosa)

 

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Deixar cair

18 set 2009
Maurício Peixoto

Quanto tempo a pessoa consegue existir numa atitude de emergência? Mais cedo ou mais tarde, desistirá e, se este for seu único recurso será o seu fim.

É preciso “deixar cair” para haver uma renovação pessoal. É preciso nos deitarmos para recobrarmos nossas forças. A menos que se deixe de lado o dia, não se consegue usufruir o sono da noite. Simbólicamente, morremos a cada noite e renascemos no dia seguinte. Sem morte não pode haver renascimento. A menos que caiamos, não poderemos subir.

 

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Dança das Cadeiras – Dança da Vida: O Feminino Nosso de Cada dia! Mulheres ao Sabor das Ondas: Pra o Que Der e Vier!

11 set 2009
Maria Teresa Guimarães

“E deixa a vida me levar (vida leva eu)
Deixa a vida me levar (vida leva eu)
Deixa a vida me levar (vida leva eu)
Sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu…”
Zeca Pagodinho

 

Vamos lá meninas! Vamos lá, vocês mulheres que amam, que reclamam, que alegram, que sorriem. Mulheres que choram, que caem, que sofrem, que ficam de pé. Vamos lá, mulheres que falam, que se calam, que correm e se recolhem.

Pra o que der e vier! É a intuição, a sensação, o sentimento, o tesão. É o desejo, a decisão, o coração, a vibração.

Pra o que der e vier! É o medo, o impulso, a certeza, a incerteza. É a razão, a emoção, o sonho, a paixão.

Pra o que der e vier! Você mulher que canta, que dança, que mostra o molejo da cadeira que te empurra pra frente, pra trás, para as laterais, como possíveis saídas para as escolhas, para as mudanças, para a sua vida. Vida à frente, vida adiante, vida no meio do caminho – que caminho?

Mulheres ao Sabor das Ondas: Pra o Que Der e Vier!

É para saborear as ondas que te movem, seja para aquilo que te estabiliza ou para aquilo que te deixa à deriva, que te convido para mais um encontro “Dança das Cadeiras”. Ao sabor das ondas estaremos juntas pra o que der e vier. Para ousar ou para recuar; para navegar ou para marear; para mergulhar ou para flutuar. Não importa a que cada uma de nós veio, mas sim a disposição para deixar que a vida nos leve para onde o coração nos guiar.

 

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Música

04 set 2009
Maria Teresa Guimarães

Os primeiros músicos, os pioneiros, não estavam realmente tentando criar música. Estavam tentando encontrar uma forma de transmitir o silêncio, a beleza, a calma, a suavidade que haviam sentido durante a meditação. Eles seguiram muitos caminhos. Na verdade, todas as artes possuem sua origem na meditação, mas a música é a que mais se aproxima, porque ela não é nada além de um jogo entre sons e silêncio.

Para um músico comum, o som é importante. Para aquele que é um mestre em música é o silêncio que importa. Ele usa o som apenas para criar o silêncio. Eleva o som até a mais alta nota, depois deixa-o cair de forma tão súbita que você se vê imerso em profundo silêncio.

(Osho: Osho de A a Z – Um dicionário espiritual do qui e agora, pg 129, Sextante, 2004)

 

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Uma pessoa na idade do “por que” vendo na TV a morte de Paulo VI (*)

28 ago 2009
Maria Teresa Guimarães

Por que sua fala mansa era ouvida pelo mundo? Porque as pessoas estão cansadas de gritos.

Por que era Papa?
Porque os homens precisam de um pai.

Por que pregava a lição de Cristo? Porque os homens precisam de um Pai.

Por que um homem fraco tinha tanta força? Porque sua única força era moral.

O que é força moral?
É aceitar perder sem deixar de ser.
É saber esperar.
É não trocar fé por êxito.
É saber os preços a pagar.
É compreender e perdoar quem o ataca.
É ser franco sem ser bruto.
É ser simples sem ser banal.
É não ter medo do medo que sente.
É ser capaz de prosseguir.
É acreditar que o adiante entenderá o hoje.
É conhecer o próprio amor.
É preferir a vida.
É não fazer o mal só porque o inimigo certamente o fará.

(*) Extrato do texto original

(Artur da Távola: Alguém que já não fui – Crônicas, pp 176, Salamandra, Rio de Janeiro, 1978)

 

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A angústia de cada dia

21 ago 2009
Maria Teresa Guimarães

Angústia é o sentimento de opressão indefinida. É sinônimo de medo. Mas, enquanto o medo tem sua razão de ser, a angústia não parece ter uma razão explícita…

Como conviver com essa sensação que traz tamanho sofrimento sem sofrer tanto?…

Que alternativa ela nos coloca?…

Infelizmente não há saída nem pela direita nem pela esquerda…

Morrer, perecer, sofrer são momentos importantes da vida. Melhor viver sem eles, pensam os que combatem a angústia. Travam uma espécie de combate do otimismo contra o pessimismo, como se essa oposição tivesse necessariamente que ter um vencedor…

A angústia nossa de cada dia cresce como grama que é preciso aparar, toma-se gigantesca e pode até nos engolir de vez, deixar a casa debaixo do matagal. Debaixo da grama selvagem, com paciência, um jardineiro, no entanto, constrói seu jardim…

Angústia é o nome de tudo aquilo que não sabemos, tanto o que já foi quanto o que existe hoje e o que há de vir. É o não-saber que está na raiz desse medo flutuante que a caracteriza…

Ora, a etimologia latina diz que angustus é um lugar estreito. Com base nessa definição própria à palavra, pode¬mos pensar que a angústia não é outra coisa que aquilo que define uma espécie de nascimento. Nascimento como passagem de um lugar a outro e que, por isso mesmo, não é diferente da morte, ela mesma passagem.

Foi Soren Kierkegaard, o filósofo dinamarquês do século 19, quem afirmou o caráter de alternativa da angústia. Alternativa é sempre a escolha. A angústia é, portanto, o conflito individual diante da própria liberdade de que cada um deve fazer uso. A angústia poderia ser a liberdade da liberdade. Neste caso, é ser livre o que perturba…

Só quem não tem liberdade não tem angústia. Ou quem, pela fé na liberdade, aprendeu a viver…

0 angustiado é aquele que permanecerá a vida toda na alternativa, na escolha, mas sem escolher. Por que não se decide? Porque sair dela pode causar ainda mais sofrimento…

Isso tudo pode parecer muito poético, muito abstrato, mas talvez seja o único jeito de conviver com a angústia sem precisar fugir dela como de um monstro devorador. Saber que ela é como o ar que se respira na existência, algo sem o que é impossível viver, mesmo que às vezes pareça causar sufoco, é justamente o que nos faz respirar.

(Marcia Tiburi: Extrato do texto de mesmo nome publicado em Vida Simples, setembro de 2008)

 

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Falar e fazer justiça

14 ago 2009
Maria Teresa Guimarães

“Isso não é justo!” virou uma expressão fora de moda. Os brados de hoje preferem gírias ou até mesmo os palavrões para expressar a sensação de indignação diante de algo injusto. Todo mundo já sabe que a indignação moral não é, por si só, ética. Ética exige ação e a ultrapassagem do mero incômodo para a busca de uma solução”…

Falar da boca para fora parece ser um gesto gratuito. Mas será que não faz realmente diferença o modo como dizemos as coisas?…

Palavras são naturalmente carregadas de significados e sempre são ditas em contextos que ajudam a entendê-Ias. Sejam as mais singelas, sejam as mais fortes, elas sinalizam algo. Se metade da verdade está no que queremos dizer, a outra metade está na forma como dizemos. É bom não esquecer na hora de falar”!…

Dizer é fazer. Entre o dizer e o fazer há uma ligação tão íntima que as pessoas que as dissociam perdem a confiança das demais…

Mesmo assim, aquele que fala uma coisa e faz outra já carrega em sua própria fala um ato, o da mentira. Quando fala, ele age como mentiroso…

Nesse sentido, toda linguagem já está cheia de ética ou da falta dela. Tudo que parece só linguagem já está cheio de ação. Tudo que dizemos é também o que fazemos, e, se fazemos diferente do que dizemos, caímos em contradição…

Tudo que fazemos com nossas meras palavras provoca efeitos nas pessoas com as quais convivemos…

Só podemos agir corretamente se pensamos no que fazemos. Pensar no que fazer é “justamente” achar a medida entre os excessos. Isso nos faz pensar na qualidade das coisas que dizemos. Pois o que dizemos define a qualidade do que provocamos ao nosso redor. A justiça, portanto, deve ser aquele elemento que nos ajuda quando estamos pensando em dizer algo ao outro, levando em conta as conseqüências do que será dito. Não é apenas o julgamento perante a lei e a ordem, mas o julgamento que leva em conta minha responsabilidade sobre o que sou capaz de dizer. Sem chance para quem tem mania de falar da boca para fora.

(Marcia Tiburi: Extrato do texto de mesmo nome publicado em Vida Simples, setembro de 2008)

 

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