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Para Refletir

Toda semana um novo texto.
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O homem psicológico maduro

04 nov 2022
Maria Teresa Guimarães

O ser humano é o mais alto e nobre investimento da vida, momento grandioso do processo evolutivo que, para atingir a sua culminância, atravessa diferentes fases que lhe permitem a estruturação psicológica, seu amadurecimento, sua individuação, conforme Jung.

Ao atingir a idade adulta deve estar em condições de viver as suas responsabilidades e os desafios existenciais. É comum, no entanto, perceber-se que o desenvolvimento fisiológico raramente faz-se acompanhar do seu correspondente emocional, o que se transforma em conflito, quando um aspecto não é identificado com o outro. Em tal caso, o período infantil alonga-se e predomina, fazendo-se característica de uma personalidade instável, atormentada, insegura, depressiva ou agressiva, ocultando-se sob vários mecanismos perturbadores.

O seu processo de amadurecimento psicológico, portanto, pode ser comparado a uma larga gestação, cujo parto doloroso propicia especial plenificação.

Joana de Ângelis.

 

 

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E a bruxa está solta!

28 out 2022
Maria Teresa Guimarães

E que se mantenha assim!
A bruxa que voa, que se aventura, que se posiciona e que decide.
As nossas bruxas soltas dão asas à imaginação: criatividade é o que não nos falta!
Ressignificamos o uso das nossas vassouras. São os nossos veículos para voos livres, independentes e transgressores.
Não aceitamos amarras e cala bocas. Não aceitamos freios indevidos e impostos. Somos escolhas dos nossos caminhos, das nossas atitudes e das nossas direções.
Bruxa? Eu?
Sim. E com orgulho!
Sabemos identificar, entender e manusear ingredientes da vida. Sabemos o momento de separá-los e, também, quando devemos integrá-los, criando novas formas, novos olhares, novas possibilidades.
É o nosso aspecto bruxa que nos permite fazer as transformações necessárias para a manutenção da nossa integridade e do nosso equilíbrio.
Se algo nos bagunça por dentro, sabemos aceitar para entender onde precisamos nos aperfeiçoar para evoluir.
Somos bruxas femininas inteiras, com nossas contradições, nossos opostos, nossas quedas e nossos renascimentos.
Nas quedas e quebraduras, sofremos sem sermos vítimas. Ampliamos e aprofundamos o olhar em busca daquilo que precisa ser amparado e aparado dentro de nós e por nós. Levantamos, sacudimos a poeira, montamos na nossa vassoura, alçamos voos e damos a volta no que nos fez cair.
Bruxa? Você?
Bruxa? Eu?
Assumidamente bruxas!

Maria Teresa Guimarães.

 

 

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No caminho, com Maiakóvski

21 out 2022
Maria Teresa Guimarães

Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

Eduardo Alves da Costa

Nota: Trecho do poema “No caminho, com Maiakóvski“, muitas vezes erroneamente atribuído a Vladimir Maiakóvski. Seu autor, o poeta Eduardo Alves da Costa, garantiu que Maiakóvski nada tem a ver com o poema, em matéria na Folha de São Paulo, edição de 20.9.2003.

 

 

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Semana comemorativa!

15 out 2022
Maria Teresa Guimarães

Em um momento de minguadas motivações para festejar, vamos buscar um pouco da energia que ainda nos resta para elevar as mãos aos céus e vibrar no que merece a nossa atenção especial.
Salve Nossa Senhora Aparecida!
Feliz mês das crianças! Gratidão por nos ensinarem a alegria e a esperança!
Salve professores!
Parabéns aos nossos mestres, por todos os esforços e por todas as conquistas!
Parabéns aos Médicos, pela entrega plena e incondicional na missão de salvar vidas.
Vale celebrar? Sim, vale!
É preciso manter o humor, a alegria, a dedicação e a motivação.
Sem deixar de enxergar o lado triste da nossa realidade, é importante constatar o que de diferente estamos fazendo para colaborar com uma realidade mais positiva. Somos Um com o Universo? Sim, somos. Portanto, precisamos lembrar que as nossas atitudes têm consequências nesse macro mundo das relações. Tudo reverbera. Seja pelos meios de comunicação, seja pelo que emanamos em uma comunicação que segue invisível, partindo de onde e como escolhemos vibrar.
Somos parte desse todo, para o bem e para o mal. A escolha é de cada um de nós. Sombra e luz fazem parte do todo e cada um de nós carrega as duas dentro de si. Depende de mim, de você, de nós, a escolha de onde e como queremos vibrar.
E, nessas semanas de motivos importantes para serem comemorados, que estejamos conscientes de que, apesar de tudo, podemos e devemos buscar dentro de nós, a amorosidade, o respeito, a generosidade e a alegria. Qualidades tão necessárias para que, com gentileza, possamos abrir o nosso coração em homenagem a todos esses, que, de alguma forma, nos oferecem proteção, verdade, espontaneidade, cura e possibilidades de ampliarmos nossa mente. E, assim, podermos nos tornar pessoas com excelência e integridade na alma, na vida e no olhar.
Salvemo-nos!
Salve!

Maria Teresa Guimarães.

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Tendo como modelo e inspiração o Manifesto Anti-Dantas, José Fanha construiu o Manifesto Anti-Leitura

07 out 2022
Maria Teresa Guimarães

ABAIXO A LEITURA, PIM!

Andam por aí elementos suspeitos que se escondem nas sombras das bibliotecas e chegam a ir às escolas para espalhar um vício terrível e abominável especialmente junto dos mais novos! Dos mais tenros! Dos mais ingénuos! Um vício que se chama
LEITURA!
Os passadores dessa droga dura, os dealers da leitura transformam simples cidadãos em leitores! Em mortos vivos! Em gente que entrega a sua vida aos livros, às histórias, aos romances, aos poemas, gente que se esquece de tudo o mais!
Abaixo a leitura, pim! Abaixo os leitores, pum!
O leitor é um doente!
O leitor é um viciado!
O leitor se esquece de tudo mais só para ler!
Cuidado com eles! Porque o pior de tudo é que a leitura pega-se! Cuidado com os leitores! Afastai-os de vós! Protegei os vossos filhos!

Morra a leitura, morra! E Pim!

Uma geração que lê é uma geração que pensa!
Uma geração que lê é uma geração que duvida!
Uma geração que lê é uma geração que questiona!
Uma geração que lê é uma geração que critica!
Uma geração que pensa e duvida e questiona e critica não engole qualquer patranha que lhe queiram enfiar! Não obedece! Não se baixa! Não se cala! Uma geração que lê e pensa é um perigo para a civilização ocidental e para o país!

Abaixo os leitores! Morra a literatura! Morra! Pum!

Esta gentinha põe-se a ler em vez de trabalhar, de verter o seu suor a bem da nação, de aceitar paciente e responsavelmente que lhe retirem a assistência médica, o subsídio de doença, a reforma, o teatro, a música! As cuecas, se for preciso!
Esta gentinha que lê perde-se a interrogar as medidas necessárias e urgentes para o bem do mercado, dos bancos, dos acionistas que são quem faz andar o país!
Quem lê ainda por cima diverte-se! Entretém-se!
A ler, os leitores viajam! E aprendem! E refletem! E riem! Choram! E sonham!

Morra a leitura, pim! Pam! Pum!

A leitura faz conhecer personagens imorais como o débil Carlos da Maia e a desavergonhada Eduarda da Maia,
e bruxas repelentes como a Dama de Pé de Cabra do Alexandre Herculano ou a Blimunda do “Memorial do Convento”
Seres inúteis e irreais como o Gato Zorbas da “Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar”.
Criaturas atrevidas, desobedientes e revolucionárias como o João-Sem-Medo, o Pinóquio, o Tom Sawyer, o Oliver Twist!

E loucos como o cigano Melquíades e o coronel Buendía dos “Cem anos de Solidão”.

A leitura faz-nos viajar por lugares mal frequentados como a Ilha do Tesouro, o Beco das Sardinheiras do Mário de Carvalho, os Mares do “Mobby Dick”, a Buenos Aires de Borges, a Paris de Marcel Proust, a Londres de Oscar Wilde, a Moscovo de Tolstoi!

A leitura faz-nos rir de pessoas sérias como o Conde de Abranhos, o Sancho Pança ou o Escriturário Barthleby.

Já para não falar dos autores, meu Deus! Esses seres abjetos! Os escritores que escrevem livros e livros sem um pingo de vergonha! Deviam ser presos! Encerrados num jardim zoológico! Condenados aos trabalhos forçados! À morte! À cadeira elétrica!

Camões, por exemplo, era um marginal que andava sempre à espadeirada. E se fosse só isso, ainda podíamos perdoar. A luta, a pancadaria, a guerra não são reprováveis. Podem até ter uma função muito positiva na nossa sociedade!
Mas esse tal Camões escrevia entre espadeiradas!!! Escrevia estrofes e mais estrofes! Sonetos que enchem livros e que continuam a gastar papel que podia ser poupado para fazer pacotes de castanhas ou relatórios anuais da administração das empresas.
E o Bocage? Dizia impropérios! Palavrões! E até na poesia deixava a marca da sua pouca vergonha! Se escrevesse pornografia nós aceitávamos esses palavrões! Tinham uma função social! Mas poesia…!
E não esqueçamos essa histérica e louca Florbela Espanca, essa desavergonhada, essa grande doida, que queria amar! Deixai-nos rir! Se amasse o seu marido uma vez por semana cumpria a sua obrigação! Se fosse amante do chefe lá do escritório, estava a contribuir para uma gestão equilibrada do produto interno bruto! Mas não! Ela vertia nos versos o seu desejo de amar este, aquele, e mais o outro!
E lembremos Álvaro de Campos que é uma invenção torpe, um sujeito que nunca existiu de facto! Puro delírio! Personagem frágil e contraditória! E Ricardo Reis que também não existia! Nem Alberto Caeiro! Nem Bernardo Soares!
O Sr. Fernando Pessoa que escrevia cartas de amor devia ter tido vergonha e dedicar-se à sua profissão pobre mas honrada de escriturário! E de muitos mais escritores poderíamos falar! Gente horrível, que só gosta de mexer na miséria e na lama, gente carregada de maldade que nos fala da Queda dos Anjos e de Amores de Perdição, de Barrancos de Cegos, de Lobos que Uivam, de Versículos Satânicos!
E até quando escrevem sobre gente feliz, tem de ser gente feliz com lágrimas!

E há quem os leia! Quem sofra com eles! Quem os desfolhe carinhosamente sem saber que o veneno entra pelos olhos que leem e pelos dedos que folheiam! E depois da leitura de uma página, por vezes depois da leitura de um só parágrafo já não há remédio! Eles já são leitores! Estão apanhados irremediavelmente pelo canto de sereia da leitura! A possibilidade de salvação é extremamente diminuta!
Os livros deviam ser reciclados e transformados em lenços de papel! Em solas de sapatos! Em bolas de futebol! Mas livrai-vos de os ler! Ou melhor! Queimem-nos! Lembrem-se daqueles que ao longo da história tentaram salvar-nos queimando pilhas e pilhas de livros!

Abaixo os livros! Morra a leitura! Morra, E Pim!

Os livros fazem-nos afastar da realidade, da economia! Do mercado! Do futuro!
Uma ponte é feita com ferro e cimento e não com livros!
No tribunal, o advogado não defende um criminoso com poesia!
Na sala de operações o cirurgião não abre os órgãos de um doente com um romance!
Ninguém se deixa corromper por um soneto!

Abaixo a prosa! E a poesia! E o ensaio!

Morra a leitura, morra! E Pim!

E temos de falar das bibliotecas, essas casas sombrias onde o vício é permitido! Pais! Protegei os vossos filhos! As bibliotecas são autênticas salas de chuto de porta aberta ao público! E estão carregadas e alto abaixo de livros! E os livros estão à vista! Pior ainda, os livros estão à mão de qualquer criança ingénua! E alguns até têm ilustrações, bonecos que tornam a leitura mais fácil e a perdição mais próxima! E o pior é que podem ser requisitados e levados para a casa, para o seio da família onde vão espalhar a sua ação desagregadora e malfazeja!

Morra a leitura! Abaixo as bibliotecas! Pum!

Mas há esperanças para o futuro!

Por alguma razão muitos dos nossos melhores e mais impolutos dirigentes só leem resumos! Ou extratos da conta bancária! Quanto ao resto, nada! Nem uma palavra! Nem uma linha!
E quando lhes perguntam o que andam a ler, muito perspicazmente, eles inventam títulos de livros que não existem para lançar o engano e, quiçá, salvar alguém dos terríveis vícios da leitura!

Sigamos o exemplo que muitos dos nossos dirigentes e gerentes e gestores nos apontam! Há que ter a coragem de dizer bem alto:

A leitura prejudica gravemente a ignorância!

E sem ignorância o país não progride! Não crescem os juros! Não se investe nas offshores! O estado não vende empresas abaixo do preço aos particulares! O preço da gasolina não sobe!

Acabemos de vez com a leitura! Abaixo a leitura! E Pim!

Se puserem um livro à vossa frente, caros amigos, cuidado! Desviem o olhar! Não abram nem uma página! Pode bastar um verso para vos contaminar! Um homem que lê pode desejar viver num mundo melhor! Pode de repente sentir as lágrimas correrem-lhe pela cara abaixo! Pode querer subitamente ajudar os aflitos! Pode abraçar estupidamente um amigo ou beijar os lábios de uma rapariga bela como um raio de sol a iluminar a mais bela rosa do jardim!

Por isso é preciso fechar as portas aos antros de leitura! Sabemos que pode parecer doloroso mas é fundamental arrancar de vez os livros das mãos dos viciados e impedi-los de ler uma linha sequer! Se for preciso tapai-lhes os olhos! É preciso preparar o futuro dos nossos filhos! Não lhes dar ilusões, nem sonhos, nem alegrias! Nem dúvidas, nem sabedoria, nem nada!

Abaixo as bibliotecas! Abaixo os livros! Morra a leitura! Morra!
Fim!
José Fanha
Poeta do séc. XXI
e
tudo

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Guiado pela alma

30 set 2022
Maria Teresa Guimarães

Todos nós já reagimos após algum acontecimento desagradável da forma “Sabia que isso aconteceria. Tive um pressentimento”. Isso, porém, não é orientação. É a voz da ansiedade tendo um momento “eu te avisei”. A diferença está em que a verdadeira orientação é sempre isenta de medo. Sua alma não lhe diz: “Cuidado, coisas ruins estão para acontecer.” Ela o guia para longe da situação antes que as coisas fiquem ruins. Algumas vezes, ela o tira do perigo antes que surja uma possibilidade mínima de algo acontecer. A voz do medo nunca faz isso, visto que ele reage à ameaça imediata, tanto real como imaginária. Vencer a voz do medo é importante porque o medo é parte do escudo que o mantém afastado de seu eu interior. Assim como a fantasia de estar protegido, o medo é a fantasia de que você está sempre em perigo. A orientação verdadeira remove essas fantasias e as substitui pela realidade: você possui um guia em seu interior, ele é confiável.

Deepak Chopra, Reinventando o Corpo, Reanimando a Alma.

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Nossos trinta e oito anos!

23 set 2022
Maria Teresa Guimarães

Vinte e um de setembro: dia da árvore.
Vinte e dois de setembro: chegada da primavera.
Vinte e dois de setembro: Bodas de Carvalho.

Semeando, adubando, enraizando, florescendo… Cuidando…

Há trinta e oito anos atrás nos casamos. Para a época, usamos a nossa irreverência numa celebração pouco usual, meio fora dos padrões convencionais. Do figurino à trilha sonora, ousamos inovar.

E, dessa forma, inovando e recriando, seguimos construindo o nosso caminho juntos.

Ouvi por aí, em algum lugar distante mas também próximo, que o Carvalho é a árvore mais antiga da floresta. E, portanto, representa a sabedoria do casal. Diante das adversidades e dos impasses da vida, precisamos de algumas doses de sabedoria para fortalecer as relações e, no caso, a nossa união.

Às vezes essa estrutura balança? Claro que sim. E é nesse balançar que podemos escolher entre deixar desabar ou entrar nessa dança, buscando acertar o passo e encontrar a melhor harmonia para cada momento e situação de turbulência.
Seguimos assim nesse movimento dançante, fluido e ao mesmo tempo enraizado, atentos para não deixar estagnar. E, nos momentos que trava, nos sacudimos mutuamente, alimentando e nutrindo, para que nunca deixemos destruir o amor, a amizade, o afeto e o bem querer.

Sou feliz, muito feliz com você, meu amor!
E muito obrigada por me ensinar que, apesar das diferenças, podemos manter a admiração, a alegria e o respeito. Muito obrigada por também estar, na maioria das vezes, com o coração, a mente e a alma abertos para continuar refletindo, aprendendo e transformando.

Te Amo!!!
Te quero bem!
Te desejo…
Beijinho.

Maria Teresa Guimarães Pinto Peixoto.

 

 

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Uma história de duas cidades

16 set 2022
Maria Teresa Guimarães

Um viajante, ao se aproximar de uma cidade grande, perguntou a uma mulher sentada à beira da estrada:

“Como são as pessoas nessa cidade?”

“Como são as pessoas no lugar de onde você vem?”

“Uma gente horrível”, respondeu o viajante. “São pessoas egoístas, em quem não se pode confiar, detestáveis sob todos os aspectos.”

“Ah”, disse a mulher, “você vai achar o mesmo tipo de gente por aqui.”

O homem mal tinha se afastado quando outro viajante parou e fez à mulher a mesma pergunta, curioso sobre os habitantes da cidade. Mais uma vez, a mulher quis saber como eram os habitantes da cidade de onde vinha o homem.

“Pessoas boas, honestas, trabalhadoras e compreensivas com os outros e com elas mesmas”, respondeu o segundo viajante.

A sábia mulher retrucou:

“Pois é esse mesmo tipo de gente que você vai encontrar por aqui.”

Willy McNamara.

 

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Buscar

09 set 2022
Maria Teresa Guimarães

Que aquele que procura esteja sempre em busca: a verdade esconde-se para poder ser encontrada…

Um velho rabino tentava fazer seu neto compreender isso: “Quando você brinca de esconde-esconde com um amigo, imagine sua expectativa e seu sofrimento se ele se esconde e você para de procurá-lo!”

…Nossa vida, no entanto, só faz sentido quando estamos dentro deste jogo, desta busca…

O primeiro passo sobre o caminho da iniciação é, portanto, reencontrar o desejo de jogar, o sabor da busca, da procura, fazer de si mesmo um buscador e, quando tivermos encontrado, permanecer sempre em busca para descobrir incessantemente novas profundidades naquilo que foi descoberto.

Jean-Yves Leloup, O Sentar e o Caminhar.

 

 

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Você e Eu

02 set 2022
Maria Teresa Guimarães

Fazer Terapia é decisão, escolha, caminho, reflexão, entrega, emoção, sentimento, transpiração, respiração e mudança.
Iniciar um processo terapêutico nem sempre é fácil. Até pode ser simples. No entanto, às vezes você empaca na etapa “decisão”. Você já pensou a respeito, já conversou sobre o tema, já viu possibilidades. Porém acaba vacilando no momento de dar o passo para seguir adiante.

A ideia de se colocar diante do espelho, começar a desanuviar a visão e abrir os olhos para um encontro mais sincero com o seu ser pode soar como algo ameaçador. Talvez, a melhor das ameaças e, por que não, o maior dos desafios, nesse caso, seja justamente aprender a ser leal ao seu coração, à sua verdade e às suas diferenças.

O comprometimento com as mudanças que você tanto deseja e que, ao mesmo tempo, te assusta, te faz, muitas vezes, adiar o início da caminhada nesse processo de autoconhecimento.

Terapia é a busca do resgate da alma, é jogar luz no caminho a ser trilhado, é aprender a firmar os próprios passos.

E ser Terapeuta é a disposição para cuidar, acolher, compartilhar e se solidarizar. Ser Terapeuta é, assim como você que busca terapia, me comprometer com o mergulho na minha essência, olhar para o próprio umbigo, reconhecer o humano aqui dentro, com nossas fragilidades, faltas, vazios e verdades.

Ser Terapeuta é, antes de tudo, querer estar, de corpo e alma, diante das nossas máscaras, dos nossos disfarces, que servem para encobrir a história que, desde sempre, quisemos viver. A história que aprendemos, mas que também podemos reescrever, para recontá-la com a verdade do nosso coração.

Só assim construo condições saudáveis para cuidar, com mais integridade, da pessoa, do ser humano que, diante de mim, se dispõe a confiar, abrindo o seu coração, revelando as suas angústias, seus medos, suas dores e, também, suas alegrias e vitórias.

Grata a você que me ajuda a ser!

Maria Teresa Guimarães.

 

 

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Chapeuzinho amarelo

26 ago 2022
Maria Teresa Guimarães
Era a Chapeuzinho Amarelo.
Amarelada de medo.
Tinha medo de tudo,
aquela Chapeuzinho.
Já não ria.
Em festa, não aparecia.
Não subia escada
nem descia.
Não estava resfriada
mas tossia.
Ouvia conto de fada
e estremecia.
Não brincava mais de nada,
nem de amarelinha.
Tinha medo de trovão.
Minhoca, pra ela, era cobra.
E nunca apanhava sol
porque tinha medo da sombra.
Não ia pra fora pra não se sujar.
Não tomava sopa pra não ensopar.
Não tomava banho pra não descolar.
Não falava nada pra não engasgar.
Não ficava em pé com medo de cair.
Então vivia parada,
deitada, mas sem dormir,
com medo de pesadelo.
E de todos os medos que tinha
O medo mais que medonho era o medo do tal do LOBO.
Um LOBO que nunca se via,
que morava lá pra longe,
do outro lado da montanha,
num buraco da Alemanha,
cheio de teia de aranha,
numa terra tão estranha,
que vai ver que o tal do LOBO
nem existia.
Mesmo assim a Chapeuzinho
tinha cada vez mais medo do medo do medo
do medo de um dia encontrar um LOBO
Um LOBO que não existia.
E Chapeuzinho amarelo,
de tanto pensar no LOBO,
de tanto sonhar com o LOBO,
de tanto esperar o LOBO,
um dia topou com ele
que era assim:
carão de LOBO,
olhão de LOBO,
jeitão de LOBO,
e principalmente um bocão
tão grande que era capaz de comer duas avós,
um caçador, rei, princesa, sete panelas de arroz…
e um chapéu de sobremesa.
Mas o engraçado é que,
assim que encontrou o LOBO,
a Chapeuzinho Amarelo
foi perdendo aquele medo:
o medo do medo do medo do medo que tinha do LOBO.
Foi ficando só com um pouco de medo daquele lobo.
Depois acabou o medo e ela ficou só com o lobo.
O lobo ficou chateado de ver aquela menina
olhando pra cara dele,
só que sem o medo dele.
Ficou mesmo envergonhado, triste, murcho e branco-azedo,
porque um lobo, tirado o medo, é um arremedo de lobo.
É feito um lobo sem pelo.
Um lobo pelado.
O lobo ficou chateado.
Ele gritou: sou um LOBO!
Mas a Chapeuzinho, nada.
E ele gritou: EU SOU UM LOBO!!!
E a Chapeuzinho deu risada.
E ele berrou: EU SOU UM LOBO!!!!!!!!!!
Chapeuzinho, já meio enjoada,
com vontade de brincar de outra coisa.
Ele então gritou bem forte aquele seu nome de LOBO
umas vinte e cinco vezes,
que era pro medo ir voltando e a menininha saber
com quem não estava falando:
LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO
Aí, Chapeuzinho encheu e disse:
“Pára assim! Agora! Já! Do jeito que você tá!”
E o lobo parado assim, do jeito que o lobo estava, já não era mais um LO-BO.
Era um BO-LO.
Um bolo de lobo fofo, tremendo que nem pudim, com medo de Chapeuzim.
Com medo de ser comido, com vela e tudo, inteirim.
Chapeuzinho não comeu aquele bolo de lobo,
porque sempre preferiu de chocolate.
Aliás, ela agora come de tudo, menos sola de sapato.
Não tem mais medo de chuva, nem foge de carrapato.
Cai, levanta, se machuca, vai à praia, entra no mato,
Trepa em árvore, rouba fruta, depois joga amarelinha,
com o primo da vizinha, com a filha do jornaleiro,
com a sobrinha da madrinha
e o neto do sapateiro.
Mesmo quando está sozinha, inventa uma brincadeira.
E transforma em companheiro cada medo que ela tinha:
O raio virou orrái;
barata é tabará;
a bruxa virou xabru;
e o diabo é bodiá.
Chico Buarque.
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E o homem se fez verbo

19 ago 2022
Maria Teresa Guimarães

Qual teria sido a primeira palavra proferida pelo homem? E a primeira frase? Se um dia a ciência viesse a reconstruir o vocábulo inaugural, ele designaria o espanto da vida consigo mesma. A frase a ser articulada, talvez milhares de anos mais tarde, ampliaria esse sentimento: até hoje todas as palavras, em todas a frases, circulam em torno da mesma inquietude. Os homens se comunicam para comunicar sua perplexidade e, dentro dela, envolvidos como crisálidas em seus casulos, o medo e a esperança.

Podemos enganar esse espanto, preço que se paga pela consciência, com a fé, e podemos administrá-lo pela curiosidade, que nos leva às indagações e especulações filosóficas. E é nesse convívio com o mistério, às vezes mais sereno, às vezes mais penoso, que o homem se fez e se faz. A frase é sábia quando carrega dúvida; é quase sempre estulta quando presume traduzir certeza.

Mauro Santayana, em Duailibi das Citações – Roberto Duailibi

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Para que tanto barulho?

12 ago 2022
Maria Teresa Guimarães

Já vivemos em meio a tantos barulhos na nossa vida diária: obras, trânsito etc. E ainda temos que conviver com muitos outros barulhos abusivos.

São caixas de som nas calçadas, festas ao ar livre, ou mesmo em local fechado, sem limite de volume. Fogos noite adentro acompanhados daquilo que chamam de paredão do som, que faz estremecer janelas e os nossos corações. Motos que passam a qualquer hora do dia e da noite acelerando sem dó nem piedade.

São barulhos que refletem os próprios barulhos internos, tão indesejados e incômodos que o melhor é ignorá-los. Ouvir o que está dentro? Tentar entender? Refletir sobre o que essa voz interna oferece como possibilidade de busca para mudanças e, a partir daí, promover uma melhor qualidade de vida, colaborando com a saúde individual e do próximo? Nem pensar! Para quê?

Estão surdos para si próprios e para o mundo, provocando a surdez de quem está disposto a ouvir a si próprio, a sua alma e o seu coração. Estão surdos para a sua essência, impedindo o silenciar de quem vive na casa ao lado, na rua próxima, e, até mesmo, de quem vive a uma certa distância. Esse barulho que ensurdece, reverbera e segue por longos trajetos.

O pensamento de que tudo pode no individual, sem se considerar o direito à privacidade do outro, já virou lugar comum. Triste momento em que estamos vivendo… Porém, precisamos manter a determinação na tentativa de mudar essa situação. Vai mudar, vai passar… E que seja logo!

Maria Teresa Guimarães.

 

 

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Bibliotecas como um modelo do universo

05 ago 2022
Maria Teresa Guimarães

Um dos mal-entendidos que dominam a noção de biblioteca é o facto de se pensar que se vai à biblioteca pedir um livro cujo título se conhece. Na verdade acontece muitas vezes ir-se à biblioteca porque se quer um livro cujo título se conhece, mas a principal função da biblioteca, pelo menos a função da biblioteca da minha casa ou da de qualquer amigo que possamos ir visitar, é de descobrir livros de cuja existência não se suspeitava e que, todavia, se revelam extremamente importantes para nós.

A função ideal de uma biblioteca é de ser um pouco como a loja de um alfarrabista, algo onde se podem fazer verdadeiros achados, e esta função só pode ser permitida por meio do livre acesso aos corredores das estantes.

Se a biblioteca é, como pretende Borges, um modelo do Universo, tentemos transformá-la num universo à medida do homem e, volto a recordar, à medida do homem quer também dizer alegre, com a possibilidade de se tomar um café, com a possibilidade de dois estudantes numa tarde se sentarem num maple e, não digo de se entregarem a um amplexo indecente, mas de consumarem parte do seu flirt na biblioteca, enquanto retiram ou voltam a pôr nas estantes alguns livros de interesse científico, isto é, uma biblioteca onde apeteça ir, e que se vá transformando gradualmente numa grande máquina de tempos livres.

Umberto Eco, A Biblioteca.

 

 

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Existe uma porta por onde avós e netos precisam passar

29 jul 2022
Maria Teresa Guimarães

Pela própria natureza do amor genuíno que brota dessa relação, essa porta já é construída aberta, escancarada, sem trancas.

Mas cabe a nós, mães e pais, simplesmente uma coisa: dar passagem.

Eu convivi mais de dez anos com a minha sogra antes de vê-la se transformar em avó dos meus filhos.

Antes, era ela quem dava passagem para que eu pudesse entrar. Hoje, sou eu. Hoje, é você.

É nossa função deixar que elas entrem pela porta do ciclo da vida que seguiu e assumam seus papéis de avós com unhas, garras, dentes e coração.

Para que a cada abraço dos netos, elas recebam também um pouco de seus filhos de volta.

Para que a cada olho no olho, elas se reconectem com algo que possam ter perdido lá atrás.

Para que elas carreguem nossos filhos no colo enquanto aliviam nos ombros um pouco do peso de um passado que não conhecemos, mas sabemos que existiu.

Deixemos que elas entrem, no máximo sorrindo de longe ao vê-los brincar no chão construindo pistas de carrinhos ou castelos de areia enquanto sabemos que elas estão, na verdade, construindo novas histórias pra contar para si mesmas.

Sejamos as que dão licença para que elas estejam em um cômodo novo, onde para elas importa muito mais estar do que para nossos filhos, que ainda não sabem direito o que significa ter essa presença que acolhe, brinca, cozinha, cuida, sorri.

Vamos convidá-las a entrar porque a sogra e a mãe que se tornam avó têm diante de si novas chances.

Oportunidades que não tiveram antes ou que talvez tenham deixado escapar.

Toda vez que elas cruzam essa porta, ressignificam algumas coisas que nem sabem que precisam. Desconstroem definições de antes e caminham rumo a finais mais felizes.

Tudo isso só é possível se a gente der passagem. Enquanto me afasto, torço também para que, um dia, quando for a minha vez, eu seja recebida do outro lado por alguém que me convide a entrar.

Trecho retirado da carta aos pais do livro A Vez da Vovó, da autora Gabriela Campanella.

 

 

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