Política de Privacidade      Quem Somos      Método Aprenda a Aprender      Galeria de Imagens      Contato

contato@officinadamente.com.br    (21) 98869-9542
  • Home
  • Produtos
    &Serviços
    Estimule seu potencial
    • Aprendizado
      • Consultoria em Aprendizagem
      • Consultoria Acadêmica
      • Diagnóstico Metacognitivo
      • Escreva Fácil (individual)
      • Escreva Fácil (grupo)
      • Cursos on Line
      • Workshops
      • Livros Publicados
    • Psicoterapia
      • Psicoterapia: Adolescentes, Adultos, Casais e Família
      • Tratamento da Depressão
      • Tratamento da Síndrome do Pânico
      • Tratamento da “Síndrome das 99 Vidas”
      • Aprendendo a Ser
      • Dança das Cadeiras
      • Tarot e Autoconhecimento
  • Para RefletirInteriorize-se
  • BlogBlog da Officina
  • Vídeo-aulasAprenda a aprender
  • LojaNossos produtos

Blog da Officina

2 Comments

O que é um problema de pesquisa?

25 mar 2009
Maurício Peixoto
aluno, Aprender, aprendiz, método científico, monografia-tese-dissertação

Os problemas são oportunidades em roupas de trabalho.”
– Henry Kaiser citado em The Kaiser Story? – Página 62, de Kaiser Industries Corporation – Publicado por Kaiser Industries Corp., 1968 – 72 páginas

Definição de Problema

Toda pesquisa se inicia com algum tipo de problema ou indagação. Entretanto, ao se afirmar isto, torna-se conveniente esclarecer o significado desse termo. Uma acepção bastante corrente identifica problema com questão, o que dá margem a uma série de desencontros e equívocos sobre a natureza dos problemas verdadeiros e dos falsos problemas. Outra acepção identifica problema como algo que provoca desequilíbrio, mal-estar, constrangimento às pessoas. Contudo, na acepção científica, problema é qualquer situação não resolvida e que é objeto de dicussão, em qualquer domínio do conhecimento.

Quando se trata de conceituar o que é um problema de pesquisa, é preciso levar em conta de antemão que nem todo problema é passível de tratamento científico. Isto significa que, para realizar uma pesquisa é necessário, em primeiro lugar, verificar se o problema cogitado se enquadra na categoria de científico.

Um problema é de natureza científica quando envolve variáveis que podem ser testadas, observadas, manipuladas.

Um problema de pesquisa pode ser determinado por razões de ordem prática ou de ordem intelectual.

São inúmeras as razões de ordem prática e intelectual que conduzem à formulação de problemas de pesquisa. Apenas com o objetivo de ilustrar o universo de possibildades que pode se descortinar em relação a este tema, apresenta-se abaixo algumas definições e exemplos de problemas de ordem prática e de ordem intelectual.

Problemas de ordem prática

Direcionados para respostas que ajudem a subsidiar ações.

Exemplo: empresa do ramo de cosméticos deseja saber o perfil de seus consumidores, com vistas a lançamento de um novo produto.

Direcionados para a avaliação de certas ações ou programas.

Exemplo: efeito de uma determinada campanha de esclarecimento sobre os perigos do cólera.

Direcionados a verificar as consqüências de várias alternativas  possíveis.

Exemplo: professor está interessado em identificar que sistema de aula seria o mais adequado para determinada disciplina.

Direcionados à predição de acontecimentos, com vistas a planejar uma ação adequada.

Exemplo: Petrobrás está interessada em verificar em que medida a construção de uma planta de gasolina poderá concorrer para a deterioração ambiental de uma determinada área.

É possível ainda considerar como problemas de interesse prático, embora mais próximos dos problemas de interesse intelectual, aqueles referentes a muitas pesquisas que são realizadas no âmbito dos cursos universitários de graduação. Esses problemas servem, normalmente, para um treinamento do aluno na elaboração de projetos de pesquisa.

Problemas de ordem intelectual

Direcionados para a exploração de um objeto pouco conhecido.

Exemplo: o Design Social na PUC-Rio

Direcionados para áreas já exploradas,

com o objetivo de determinar com maior precisão e apuro as condições em que certos fenômenos ocorrem e como podem ser influenciados por outros.

Exemplo: a violência nos grandes centros urbanos.

Direcionados para a testagem de alguma teoria específica.

Exemplo: pesquisador, a partir de um grupo de crianças de faixa etária entre 0 a 14 anos, dispõe-se a verificar até que ponto a teoria piagetiana sobre os estádios de desenvolvimento infantil pode ser ou não comprovada.

Direcionados para descrição de um determinado fenômeno.

Exemplo: traçar o perfil dos alunos do Departamento de Artes da PUC-Rio.

Como formular um problema de pesquisa

Formular um problema científico não constitui uma tarefa fácil e, por isso, o treinamento desempenha um papel fundamental nesse processo.

Por estar estreitamente vinculado ao processo criativo, a formulação de problemas não se faz mediante a observação de procedimentos rígidos e sistemáticos. Contudo, existem algumas condições que facilitam essa tarefa, tais como:

  • Imersão sistemática no objeto;
  • Estudo da literatura existente e discussão com pessoas que já tenham experiência prática no campo de estudo em questão.
A experiência acumulada dos pesquisadores possibilita ainda o desenvolvimento de certas regras práticas para a formulação de problemas científicos. Entretanto, vale ressaltar que, em alguns casos, o problema proposto não se adequa a essas regras. Isto não significa, porém, que ele deva ser abandonado. Muitas vezes, o melhor será proceder à sua reformulação ou esclarecimento.

O problema deve ser formulado como pergunta

Esta é a maneira mais fácil e direta de formular um problema e contribui substancialmente para delimitarmos o que é o tema da pesquisa e o problema da pesquisa.  Tomemos por exemplo uma pesquisa sobre a disciplina de Questão Metodológica. Se eu disser que vou pesquisar sobre esta disciplina, pouco estarei dizendo (este é, provavelmente o meu tema). Mas, se propuser: “que fatores provocam o sono nas aulas de Questão Metodológica?” ou “quais as características dos alunos que freqüentam a disciplina de Questão Metodológica?”, estarei efetivamente propondo problemas de pesquisa.

O problema deve ser claro e preciso

O problema não pode ser solucionado se não for apresentado de maneira clara e precisa. Com freqüência, problemas apresentados de forma desestruturada e com erros de formulação acarretam em dificuldades para resolvê-los.
Por exemplo, “como funciona a mente do designer?”. Este problema está inadequadamente proposto porque não está claro a que se refere. Para solucionar o impasse, deve-se partir para uma das muitas e possíveis reformulações à  pergunta inicial: “Que mecanismos psicológicos podem ser identificados no processo de projetar, vivido pelo designer?”. etc.
Pode ocorrer também que algumas formulações apresentem termos definidos de forma não adequada, o que torna o problema carente de clareza. Seja, por exemplo, “A abelha possui inteligência?”. A resposta a esta questão depende de como se define inteligência. Muitos problemas deste tipo não são passíveis de solução porque empregam termos retirados da linguagem cotidiana que, em muitos casos, são ambíguos.

O problema não deve ter base exclusivamente empírica

Os problemas científicos não devem referir-se a valores, percepções pessoais, mas a fatos empíricos.. É bastante complexo investigar certos problemas que já trazem em si uma carga muito grande de juízos de valor. Por exemplo, “a mulher deve realizar tarefas tipicamente masculinas?” ou “é aceitável o casamento entre homossexuais?”. Estes problemas conduzem inevitavelmente a julgamentos morais e, conseqüentemente, a considerações subjetivas, invalidando os propósitos da investigação científica, que tem a objetividade como uma das mais importantes características.

O problema deve ser suscetível de solução

Um problema pode ser claro, preciso e referir-se a conceitos empíricos, mas se não for possível coletar os dados necessários à sua resolução, ele torna-se inviável. Por Exemplo, “ligando-se um winchester de um computador à memória de um homem, é possível realizar transferência de dados?”. Esta pergunta só poderá ser respondida quando a tecnologia neurofisiológica progredir a ponto de possibilitar a obtenção de dados relevantes.
Para formular adequadamente um problema é preciso ter o domínio da tecnologia adequada à sua solução.

O problema deve ser delimitado a uma dimensão viável

Em muitas pesquisas, o problema tende a ser formulado em termos muito amplos, requerendo algum tipo de delimitação. Por exemplo, “o que pensam os designers?”. Para começar, seria necessário delimitar o universo dos designers: homens, mulheres; jovens, idosos; de produto, gráficos; etc. Seria necessário ainda delimitar o “que pensam”, já que isto envolve muitos aspectos, tais como: percepção, religião, sociais, econômicos, políticos, psicológicos, profissionais etc.
A delimitação do problema guarda estreita relação com os meios disponíveis para investigação. Por exemplo, um pesquisador poderia pesquisar o que pensam os designers cariocas sobre a sua profissão, mas não poderia pesquisar todos e tudo que os designers pensam sobre todas as coisas.
Extraido parcialmente de: Problemas e Objetivos,
Laboratório de Pedagogia do Design- LPD – PUC-Rio.
Acessado em 6/3/2009

Você tem algo a dizer ? Quer ampliar o debate ?
Comentários são bem vindos.

Você tem alguma dúvida ou pergunta?
Deixe sua questão no campo de comentários !

Para obter orientação personalizada sobre
seu trabalho acadêmico ligue (021) 2278-2835

Leia também:

O que é a Officina da Mente?

Como escrever teses e dissertações? – Consultoria Acadêmica

Para saber mais sobre o conceito de Problema do ponto de vista da filosofia.



Compartilhe esse artigo:

2 Comments

  1. Renato Souza 06/02/2011 at 15:57

    Estimado prof.

    Sou mestrando de Psicologia e todo meu percurso académico foi realizado fora do Brasil. Tenho acompanhado alguns blog brasileiros de metodologia cientifica e, tenho ficado surpreendido que a principal preocupação nos comentários é sobre a linguagem a utilizar e citação que a meu ver são problemas menos graves. O desenho experimental as técnicas e métodos estatísticos são deixados de lado, penso que uma tese bem escrita mas com a metodologia debilitada é um livro de literatura.

    saudações académicas e parabens pela iniciativa

    • officinadamente 07/02/2011 at 22:51

      Concordo com você. Mas entendo que o formato de apresentação é a “porta de entrada”, no sentido de que apresentar-se corretamente favorece que o autor seja entendido sem erros de comunicação. No entanto como isto é tão básico, me parece que deveria ser transparente. Isto é, deveria estar sempre presente, mas sem se fazer notar, de modo a poder ressaltar o essencial da pesquisa – a informação nova e bem fundamentada. O que qcontece entretanto, é que muitos chegam à pós-graduação sem um domínio eficaz da linguagem escrita como forma de reflexão e transmissão de idéias. Por isto, como professor, parcela importante do meu trabalho é ensiná-los a “pensar por escrito”. Isto é planejar e construir um texto técnico de forma competente. Este é aliás um curso que ministro na Officina da Mente denominado “Escreva fácil!” cujo enfoque se dá na comunicação e organização das idéias. Trabalhos de pós-graduação são instrumentos de exposição e defesa de conceitos, implicam por isto em raciocínio e argumentação.
      Um grande abraço,
      Prof. Mauricio Peixoto

Postagens anteriores

Sobre definições e conceitos de pesquisa – O caso da consciência

12 set 2023

O que não fazer para se concentrar nos estudos?

21 dez 2017

Aprendizado ao longo da vida: uma necessidade humana

27 nov 2017

A metacognição pode ser aprendida

07 out 2017

Como vencer no ENEM (parte I) – Você precisa de tempo!

19 ago 2016

Metacognição sem complicação

08 jun 2016

Promessas de início de ano

27 jan 2015

Respirando, pausando, recuperando: seu final de ano revigorado! Um agradecimento

23 dez 2014

Você deveria ser inteligente. Ok?

25 nov 2014

A Dilma não está na frente... Nem o Aécio

21 out 2014
maio 2025
S T Q Q S S D
 1234
567891011
12131415161718
19202122232425
262728293031  
« abr    

A Officina da Mente na Internet

facebook
twitter
youtube
linkedin

Nuvem de Tags

aluno amizade ansiedade aprenda_a_aprender Aprender aprender a aprender aprendiz apresentação competências compreender comunicação Concurso desempenho escolar desenvolvimento pessoal desenvovlvimento pessoal dificuldades de aprendizagem dissertação educação Emoção Estatística estilos de aprendizagem Estratégias de aprendizagem familia filho fotografia humor imagens inspiração inteligência inteligências múltiplas mensagens positivas Metacognição monografia monografia-tese-dissertação mundo método científico para refletir para refletir ou divertir power point professor psicoterapia sentimento tese Técnicas de Estudo vida

Assine grátis a nossa newsletter

Assine a newsletter da Officina da Mente e receba em sua caixa postal notícias sobre nossos workshops, cursos e demais atividades. Basta digitar seu e-mail no campo abaixo e clicar no botão “Assinar”:

© 2013 Officina da Mente. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por CliqueAqui Comunicação Interativa
Este website utiliza cookies que permitem uma melhor experiência de navegação, lembrando suas preferências e visitas. Ao clicar em “SIM”, você concorda com a utilização de cookies e com nossa Política de Privacidade.SimNãoPolítica de Privacidade
Você pode revogar seu consentimento a qualquer momento usando o botão "Revogar consentimento".Revogar consentimento