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Para Refletir

Toda semana um novo texto.
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Costurando se tece o enredo da vida

29 maio 2020
Maria Teresa Guimarães

” Avó, o que posso fazer quando estou desesperada?”
” Costura, minha menina. À mão, devagar. Aproveitando cada onda criada com seus próprios dedos.”
” Costurar afasta o desespero?”
” Não. Costurando, bordando você o decora. Olha para a cara dele. Enfrenta-o. Da-lhe forma. Atravessa-o . E vai além.”
” Realmente é tão poderoso costurar à mão?”
” Claro, querida. As pessoas já não costuram e por isso estão desesperadas. As costureiras sabem que com agulha e linha você pode enfrentar qualquer situação escura conseguindo criar obras-primas maravilhosas. Enquanto você move suas mãos é como se você movesse sua alma de forma criativa. Se você se deixar transportar pelo ritmo repetitivo do remendo e do bordado, você entra em um verdadeiro estado meditativo. Você consegue chegar a outros mundos. E o emaranhado de fios emocionais dentro de você se suaviza. Sem fazer mais nada.”
” O que você aprende bordando?”
” A enfrentar cada ponto. Só isso. Sem pensar no próximo ponto. A gente se foca no ponto presente, em cada costura. É esse ponto que nos escapa na vida diária. Estamos desesperados porque sempre pensamos no futuro. E se pensamos assim o bordado se torna desarmônico, confuso, pouco curado.”
” Sim, mas vó… as preocupações e medos como vencer com a costura?”
” Minha menina. Você não precisa vencer. Precisa acolher os medos, as preocupações. E compreendê-los. Costurando se tece o enredo da vida com suas mãos, é você que cria o vestido adequado para si mesma. Bordando você se conecta àquele fio fino que pertence a toda a humanidade e aos seus mistérios. Costurando você se transforma em uma aranha que tece sua teia contando silenciosamente ao mundo todos os segredos da vida. Entrelaçando os fios, entrelace seus pensamentos, suas emoções. E você se conectará ao divino que está em você e que segura o início do fio.”

Elena Bernabé

 

 

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Cançãozinha para Tagore

22 maio 2020
Maria Teresa Guimarães

Àquele lado do tempo
onde abre a rosa da aurora,
chegaremos de mãos dadas,
cantando canções de roda
com palavras encantadas.

Para além de hoje e de outrora,
veremos os Reis ocultos
senhores da Vida toda,
em cuja etérea Cidade
fomos lágrima e saudade
por seus nomes e seus vultos.

Àquele lado do tempo
onde abre a rosa da aurora,
e onde mais do que a ventura
e dor é perfeita e pura,
chegaremos de mãos dadas.

Chegaremos de mãos dadas,
Tagore, ao divino mundo
em que o amor eterno mora
e onde a alma é o sonho profundo
da rosa dentro da aurora.

Chegaremos de mãos dadas
cantando canções de roda.
e então nossa vida toda
será das coisas amadas.

Cecília Meireles, Antologia poética, 3ª edição, Ed.do autor, 1963.

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Nossos pretos, nossas pretas, velhos, velhas. Salve!

15 maio 2020
Maria Teresa Guimarães

A liberdade do preto velho está na sabedoria.

Com sua calma e paciência, com o olhar que faz pausar a fala, o olhar de quem pensa, volta no tempo, revê sua história e, agora sim, inicia a sua oratória.

Simples, compassada, com espaços para a sua reflexão, sua fala nos deixa atentos, olhar estático, aguardando o que mais está por vir.

O preto velho, a preta velha, os anciãos,  nossos antepassados, o velho sábio,  a nossa mãe preta… dê o nome que se dê, a verdade é uma só: estamos sempre à espera de seus saberes, de suas experiências de vida, de seus contos que nos contam histórias, que ora arrepiam,  outras vezes nos fazem rir e até mesmo chorar. Essas histórias que nos oferecem confiança, aconchego e abraço.

Nossos velhos sábios, nossas velhas sábias, aos quais autorizamos que nos aconselhem, damos a eles(as), o direito de calar, de nos enxergar, olhar, penetrar o nosso coração, bronquear, zangar e nos desvendar.

Com respeito acatamos as suas falas, nos damos a chance de ouvir e sermos ouvidos. Permitimos, diante de nossos mentores, que nos virem pelo avesso e que consigam acessar a nossa alma, pois sabemos que em seu olhar existe a presença do verdadeiro sentimento de amor e de profundo respeito.

Salve nossos pretos, nossas pretas, sabedores de vida!

Grata!

Sua aprendiz…

Maria Teresa Guimarães

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Mãe é mãe. Pai é pai

08 maio 2020
Maria Teresa Guimarães

Mãe é mãe. Pai é pai.

Porém muita coisa mudou. Vivemos hoje uma visão mais ampla e diversificada dessa realidade.

Mãe/Mãe, Pai/Pai, Mãe/Pai, Pai/Mãe, Mai, Pãe. Nem certo nem errado. E sim, desejado, sentido, realizado.

No entanto, em essência, no amor, na graça, no cuidar, na dedicação e na alma, Mãe é mãe, Pai é pai.

Como filhos e filhas, como mães e pais, carregamos no coração o ventre fértil, que gera, que nutre e que doa. Somos mães e pais na completude de nosso ser. Somos fontes de vida e de luz. Somos terra, sementes, raízes, geradores de frutos que se abrem como possibilidades de novas sementes, num contínuo ir e vir de vidas.

Com amor, desejo a todas as mães, a todas as formas de “ser mãe”, um dia assim, do jeito que puder ser, mas que estejam presentes a ternura, o sonho, as boas lembranças e a paz.

Feliz Dia das Mães!

Maria Teresa Guimarães  

 

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PAN – DEMIA – Ponto de Mutação?

01 maio 2020
Maria Teresa Guimarães

Na mitologia grega, o deus Pã era o deus dos campos, bosques, rebanhos…Tornou-se o símbolo do mundo por ser associado à natureza; era temido por todos que precisavam atravessar as florestas durante a noite. Significa presença divina em todas as coisas, quando ele se ausenta os seres ficam sem conexão, sem apoio, entregues a si mesmos. Pânico é justamente essa perda de conexão com o divino. Os valores dominantes em nosso mundo propiciaram uma dessacralização do mundo, advindo a destruição da natureza em sua busca desenfreada pela realidade material / econômica. Com o afastamento do divino/sagrado de nossa realidade, estamos à mercê… Recorro a Drummond quando pergunta- “E agora José?’’

Esta pandemia abalou o mundo, estamos todos no mesmo barco nos indagando e interrogando, nos inserindo na Epoché -isto é, suspensão de todos os julgamentos, certezas, diretrizes… Todos recolhidos em seus lares, voltando para casa. Percebo uma semelhança com o Programa de Preparação para a Aposentadoria (PPA). A palavra Aposentadoria significa justamente retirar-se para os aposentos da casa. Nosso trabalho nesse programa é ressignificar essa palavra. Retirar-se para os aposentos da casa (física) ou retirar-se para dentro de si mesmo na demanda e descoberta de novas visões, aptidões, oportunidades … Este foi o conteúdo do meu livro: Aposentadoria. Ponto de Mutação? Esta Pandemia nos insere, de fato, nos dois sentidos:

– Retirar-se para os aposentos de casa,

– Retirar-se para os aposentos de si mesmo.

 Todos nós nesta quarentena estamos no reduto de nossos lares, num voltar-se para dentro. “Se viver não é fácil, conviver é um desafio permanente”, afirma com saberia Jorge Amado. Seguindo nesta sabedoria poética, Drummond conclui “Ninguém é igual a ninguém. Todo ser humano é um estranho ímpar’’. Que oportunidade estamos tendo de polir as arestas, respeitar as diferenças, sair do egoísmo e nos disponibilizar para as tarefas do lar, cuidar dos filhos, dos amigos, atender às demandas que se apresentam… Também nos lembramos de Guimarães Rosa ao afirmar que “ Viver é um rasgar-se e remendar- se”. Assim vamos tecendo e buscando aprimorar os encontros e desencontros de nossa convivência.

Alguns pensadores afirmam que a criatividade muitas vezes nasce da crise, da angustia, assim como o dia nasce da noite. A palavra crise para os orientais é composta por dois ideogramas: PERIGO e OPORTUNIDADE. Perigo seria permanecermos nos mesmos moldes, padrões egocêntricos e materialistas… Oportunidade para um mergulho em nós mesmos, possibilitando novos insights capazes de ressignificar nossos valores. Saberemos aproveitar esta oportunidade?

Vivemos e somos um ecossistema que age e reage em rede. Assim, nossa holografia funciona com pessoas, relações e universo. Pandemia – crise no sistema mundial – o mundo parou. Como expandir em rede? Expansão interior em cada um de nós para nos questionarmos sobre o sentido do nosso viver. Sabedoria articula-se ao entregar-se ao movimento, ao presente. Numa versão nietzscheana, diríamos que precisamos aprender a viver o AMOR FATI, – é assim que é! Jung em sua busca pelo essencial, afirma que metade da verdade está em nossas mãos, e a outra metade está nas mãos daquilo que é maior que nós. Enfim, não somos donos de nosso destino, temos o livre arbítrio, mas há algo além de nós, que nos ultrapassa. Mais uma vez os poetas nos ajudam a clarificar, e Chico Buarque cantou- A gente quer ter voz ativa em nosso destino mandar, mas eis que chega a roda viva e carrega destino pra lá….

Buscando a sabedoria dos pensadores o sábio Heráclito nos ilumina ao afirmar – A vida é um rio que corre – panta rhei , tudo flui    entregar-se ao fluxo é vital.   Em sintonia o livro do Eclesiastes afirma, o tempo é vento que passa, não há nada de sólido debaixo do sol.   o que é, será. Tempo e contratempo chegam para todos e tudo passa, isto também vai passar. Mario Quintana em suas reflexões poéticas, conclui que quando tudo dá errado, acontecem coisas maravilhosas que jamais teriam acontecido se tudo tivesse dado certo.   A gente para de desejar que fosse diferente mantendo-se no presente,  onde a realidade acontece.

Pã nos revela a desespiritualização do mundo advindo o materialismo, o consumismo, a gula do ego, a avidez do desejo de ter mais e mais… A pandemia nos leva ao voltar-se para dentro, a estar em casa, a olhar o que é central em nós, a converter: verter para dentro. Outra passagem bíblica oportuna está no diálogo travado entre Marta – vida ativa e Maria – vida reflexiva, em que Marta cobrava de Maria a ajuda para arrumar a casa, etc. Diante disto Jesus disse “Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas. Mas uma só é necessária e Maria escolheu a melhor parte a qual não lhe será tirada.’’  (Lucas 10,40-42) A pandemia-quarentena nos incita a sair da agitação cotidiana, do corre-corre para satisfazer as ambições egóicas, ação e mais ação    Nilton Bonder nos alertou sobre esta

dinâmica da avidez egóica ao afirmar que “Os Domingos precisam de feriados’’. Explicitando o simbolismo da Páscoa, Jean Yves Leloup nos conclama a “ser passantes”, passar de um modo de vida a outro, a enfrentar as ondas, unir matéria e espirito, céu e terra, masculino e feminino, diante da impermanência de todas as coisas. Viver exige novas aprendizagens e novas significações. Ampliar a visão, ver os dois lados da mesma moeda, sair da visão OU \ OU excludente para vivenciar a visão E \ E conciliadora.

 Nosso mundo voltará a ser como antes? Nós seremos os mesmos?

Pergunta que está no ar Mudará? Se esse voltar-se para dentro da casa e de si mesmo acontecer, tudo nos faz crer que sim. Talvez consigamos compreender a afirmação de Jung: “Fiel é a balança’’. O retorno de Pã poderá nos reconectar com nossa dimensão espiritual e com a essência do existir humano – Amor. Vida sem amor, sem amigos, sem laços e sem compaixão, fica sem sentido e vazia. Esta quarentena nos dá a chance de mudar as lentes, ver de outras formas. Ressignificar valores e o viver cotidiano!

E nós que somos velhos? O que queremos? Para onde vamos?

Ao olhar para nossa longa estrada-vida, quantas vivencias, altos e baixos, amores e desamores, vitórias e derrotas… mas com a consciência de termos feito do nosso jeito, como cantou Sinatra na famosa canção My Way. Para nós, cada vez menos importa a dimensão do amanhã. Importa ir seguindo o passo a passo do AGORA com firmeza e fé; sendo capaz de se sentir realizado e que tem valido a pena. Mais uma vez recorro à sabedoria poética, e encontro em Mário Quintana essa verdade ‘‘De repente tudo vai ficando tão simples que assusta. A gente vai perdendo as necessidades, vai reduzindo a bagagem. As opiniões dos outros, são realmente dos outros, e mesmo que sejam sobre nós, não tem importância. Vamos abrindo mão das certezas, pois já não temos certeza de nada. E, isso não faz a menor falta. Paramos de julgar pois já não existe certo ou errado e sim a vida que cada um escolheu experimentar. Por fim entendemos que tudo que importa é ter paz e sossego, é viver sem medo, é fazer o que alegra o coração naquele momento. E só.’’

Olhar para a estrada – vida percorrida, ver a obra construída e poder afirmar como nos revela o Gêneses. O Criador na obra de criação do mundo, o fez em sete dias, no sexto dia olhou, viu que TUDO ERA BOM E DESCANSOU… Esta é uma forma de sabedoria da velhice, bem dizer a própria obra -vida!

A Pandemia também nos apresenta a morte de frente, embora Castanheda já tenha dito que ela está sempre a um palmo do nosso ombro esquerdo. Esta consciência pode abrir a possibilidade de viver melhor o dia de hoje, de ser mais pleno no aqui e agora, de plenificar o presente do jeito que se lhe apresentar. CARPE DIEM: viver cada dia em mais plenitude e graça. Talvez “O nosso desafio não seja simplesmente viver mais alguns anos por este mundo, mas compreender com clareza qual é o nosso verdadeiro projeto dessa efêmera existência e realiza-lo com sabedoria. A ignorância do nosso tempo é crer que o significado da vida é deleitar-se com experiências físicas e mentais prazerosas. Há uma redução do ser humano a uma espécie de grande boca que devora ou quer devorar, cada vez mais coisas e sensações prazerosas’’, Arthur Sheiker em seu livro ‘’A Travessia Budista da Vida e da Morte’’.

Pandemia, Ponto de Mutação? Que possamos acolher a realidade no fluxo do tempo com receptividade e alegria nas coisas simples do viver e conviver do cotidiano, é assim que é! Viver a gratuidade do existir com gratidão! Os gregos em sua sabedoria também mencionam Cronos, o deus do tempo cronológico – cíclico e Kairos o deus do tempo oportuno, “do momento favorável”. Que esse novo olhar para esse novo tempo – Kairos, possa nos proporcionar um novo ser, um ser humano mais humano, mais aberto ao extraordinário, à graça e ao próprio self, o Deus em nós.

Dulcinea da Mata R Monteiro, psicóloga e analista junguiana, professora de Filosofia, Gerontóloga Titulada pela SBGG, autora e organizadora de livros na área da Psicologia do Envelhecimento. Artigo escrito para SBGGRJ, Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.

 

 

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A Paz do Eu

24 abr 2020
Maria Teresa Guimarães

Quem tem paz no seu coração, faz crescer a Paz em sua família.

Quem tem paz em sua família, faz crescer a Paz em sua comunidade.

Quem tem paz em sua comunidade, faz crescer a Paz em sua Nação.

Quem tem paz em sua Nação, faz crescer a Paz no mundo.

Provérbio Chinês. 

 

 

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Aniversário hoje

17 abr 2020
Maria Teresa Guimarães

Hoje é dia de parabéns. Parabéns pra mim. Meu aniversário.

E, sei lá porque, decidi comemorar dentro de casa. Assim mesmo, em casa. Deu vontade. Aí, seguindo a intuição e o bom senso, em casa fiquei. Em casa estou. Em casa estarei. Até quando? Não sei. Mas desconfio de que essa comemoração será longa. Pelo menos aqui, dentro de casa, a minha casa, a nossa casa.

Não sei se quero ser criativa neste momento. Acho que hoje, especificamente hoje, quero comemorar sem fazer nada. Só descanso. Sem lavação de mãos, sem desinfetante, sem álcool gel. A casa vai ficar por arrumar. Cama pronta para dormir logo mais. Comida? Só na imaginação. A não ser que, magicamente, se materialize na minha frente: bem-vinda!

Pensar em como organizar e conciliar trabalho, atividades domésticas, físicas e espirituais, fica pra depois. Quem sabe, amanhã?

Hoje quero tempo pra mim. Tempo pra ler, pra filme leve e que faça sonhar. Música para embalar e um bom papinho pra relaxar. Pura descontração. Um dia para não acordar.

Hoje é dia de parabéns. Parabéns pra mim. Meu aniversário.

Dia de celebração do Presente, do momento, do aqui e agora. Dia de celebração da vida de hoje, de cada minutinho doce, suave e confortável.

E a vocês eu peço licença e me retiro para viver essa jornada de permissividade para ser preguiça, nada criativa, sem piruetas e acrobacias. A vocês eu peço licença para ser, estar e viver… momentos, momentos e momentos… desse atual momento.

E para não fugir muito à mesmice, faço uma única exigência: o bolo. Ah o bolo! Esse não pode faltar. Mas que seja como bolo de avó: simples, fofinho, quentinho e que venha acompanhado de café, carinho e felicidade!

Abraços? É só enviar. Estou aqui, em casa, para recebê-los com gratidão.

Feliz Aniversário!!!!!

Maria Teresa Guimarães 

 

 

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Nossa Páscoa em um novo tempo!

13 abr 2020
Maria Teresa Guimarães

O período da quaresma finaliza hoje com a celebração da Páscoa. Foram dias de sossegar e serenar. Dias de nos recolhermos, acolhermos o nosso coração, a nossa alma, ouvindo a voz do silêncio que tanto nos ensina e faz refletir. Coincidentemente, estamos vivendo nesse mesmo período o isolamento que nos levará a dias melhores.

Nossa quaresma ainda será estendida. Estaremos reclusos por um tempo a mais. Talvez ainda não tenha sido este tempo suficiente para nos olharmos, nos sentirmos e renovarmos as nossas crenças, nossos padrões e valores. E, se assim é,  que aceitemos nos “aquarentar”.

Hoje, Dia de Páscoa! Hoje, dia de renascer! Hoje, dia de voltar à vida, a essa nova forma de viver.

Que essa nossa Páscoa possa ser vivida como um momento de consciência de tudo que temos feito de positivo e negativo, de saudável e não saudável. Como e onde estamos colocando o nosso amor? Como e onde estamos sentindo as nossas relações, a família, o trabalho, os amigos? Como e onde estamos nos colocando a serviço da Vida, do Mundo, do Planeta, da nossa Mãe Terra?

Páscoa, tempo de celebrar. Tempo de renovar. Tempo, hoje, de nos comprometermos de coração aberto e com um olhar mais consciente, perante os Céus, nossa casa maior, que nos abriga como uma enorme família.

Reverenciando com gratidão a essa Luz Maior que nos protege, desejo a você, a todos nós, moradores dessa enorme casa, uma Páscoa com amor, harmonia e união.

Feliz Páscoa!

Psicóloga Maria Teresa Guimarães 

 

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No tempo da pandemia

03 abr 2020
Maria Teresa Guimarães

E as pessoas ficaram em casa.

E leram livros, e ouviram, e descansaram, e se exercitaram, e fizeram arte e jogaram, e aprenderam novas maneiras de ser, e pararam.

E ouviram mais profundamente, alguns meditaram, alguns rezaram, alguns dançaram. Alguns se encontraram com suas sombras. E as pessoas começaram a pensar de um jeito diferente.

E as pessoas se curaram.

E, na ausência de pessoas vivendo na ignorância, perigosas, irracionais e sem coração, a Terra começou a se curar.

E quando o perigo passou, e as pessoas se reuniram novamente, lamentaram suas perdas, e fizeram novas escolhas, e sonharam novas imagens, e criaram novas maneiras de viver e de curar a Terra completamente, assim como foram curadas.

Kitty O’Meara, The Daily Round – In the Time of Pandemic, 16 de março de 2020

Nota: este texto foi, nos últimos dias, equivocadamente, compartilhado em diversas páginas na rede, em formato de poesia, com o título de “Curar”, atribuído à escritora irlandesa Kathleen O’Meara (1839–1888), com a observação de que, escrito no Século XIX, se encaixava perfeitamente na situação que estamos vivendo agora. Sua autora seria, portanto, uma visionária que previu, há mais de cem anos, a pandemia que mundo está atravessando. Na realidade, este texto foi escrito recentemente pela americana de Michigan, Catherine M. O’Meara, advogada criminalista, em seu blog The Daily Round, onde se assina como Kitty O’Meara. Certamente, a semelhança entre os dois nomes levou a este equívoco. A imagem que ilustra este post é a imagem original utilizada pela autora em seu blog.

 

 

 

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Desvendando o Livro da Natureza

27 mar 2020
Maria Teresa Guimarães

… É assim, com cheiro de galho molhado, com o salto do sapato enfiado na lama, que a Natureza está dentro e fora de você. No caminho de descobrir a verdade, a harmonia e a paz de espírito, talvez bastasse ler um pouco este livro não escrito da Natureza, mas que todos os bichos do mato, todas as aves do céu, todos os peixes dos rios, sabem de cor. Em cada cantinho, em cada pé de mato, em cada passo da criança que aprende a andar, a Natureza imprime uma explicação simples, fluida e cintilante para quem quiser ler.

Roberto Araújo

 

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Ao lermos não somos o olho; somos o ouvido

20 mar 2020
Maria Teresa Guimarães

– Explique como é que se faz?

– Faz o quê?

– Como é que uma pessoa consegue ler? Eu queria tanto saber…

– Isso demora a aprender, Rosi.

– Eu vi como você faz. Você passa o dedo pelas linhas e vai mexendo os lábios. Já fiz o mesmo e não escuto nada. Explique-me qual é o segredo. Eu aprendo rápido.

– Para ler esses papéis, Rosi, você precisa ficar parada. Completamente parada, os olhos, o corpo, a alma. Fica assim um tempo, como um caçador na emboscada.

Se permanecesse imóvel por um tempo, aconteceria o inverso daquilo que ela esperava: as letras é que começariam a olhar para ela. E iriam segredar-lhe histórias. Tudo aquilo parecem desenhos, mas dentro das letras estão vozes. Cada página é uma caixa infinita de vozes. Ao lermos não somos o olho; somos o ouvido.

 

Mia Couto, Mulheres de Cinzas – vol I

 

 

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Que não se perca a feminilidade!

13 mar 2020
Maria Teresa Guimarães

Somos mulheres: femininas, com potencial para o trabalho e para a autonomia. Somos produtivas, batalhadoras e aguerridas. Somos tudo isso e muito mais.

E se abarcamos a certeza do ser indivíduo que somos, podemos seguir pelo caminho da liberdade, autenticidade e respeito pela nossa vida. Somos mulheres seguindo na direção do “posso ser, fazer e transformar”. Somos mulheres para “o que der e vier”.

Pois é, é assim que somos.

Ou melhor, é assim que também somos.

Aqui fica o alerta: que essa mulher “forte” não se deixe pesar pelas falsas crenças do “tudo posso”, “não preciso de você”, “sou assim e pronto”. Que essa mulher “forte” não se deixe enganar pela ilusão do “eu sou mais eu”.

Sim. Eu sou mais eu. Porém, eu posso ser mais eu comigo mesma, com você,  com a minha sensibilidade, intuição e com minhas carências. Eu sou mais eu, mesmo querendo o colo, o afeto e o socorro. Eu sou mais eu, desejando uma vida com alguém que possa amar, ser amada, trocar, somar e chorar. Eu sou mais eu, mulher, com a minha feminilidade, humildade e ternura. Eu sou mais eu, forte, frágil, “mulherzinha”, instável, equilibrada e desorientada.

Somos mulheres para o que der e vier, porém na medida certa. Somos mulheres “eu sou mais eu”, na dosagem do que nos permitimos escolher “ser com”, “ser sem”, “ser apesar de”, ser como se pode ser. Somos mulheres aceitando que, assim como qualquer ser humano, nem sempre somos o quê e como queremos ser. Mas sim, como naquele momento, é possível ser.

Mulheres, não nos deixemos perder nesse emaranhado de “tens que”, o emaranhado das obrigações muitas vezes desnecessárias, das cobranças de impor a nós mesmas, ser mais daquilo que queremos e podemos ser.

E que nunca deixemos adormecer a feminilidade, a sensualidade e o poder de sedução na vida. Que nunca esqueçamos da nossa capacidade de acolher, compreender, acalentar e surpreender!

Surpreendam-se!

Maria Teresa Guimarães

 

 

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Enfim, o ano recomeça…

06 mar 2020
Maria Teresa Guimarães

Após a brincadeira, a diversão, a alegria e o descanso nestes dias de carnaval, o ano reinicia. Cansados ou descansados fisicamente mas com a alma lavada, é momento de, recobradas as energias, partirmos rumo à nossa rotina. É a vida de cada um de nós, que pode ser gostosa se assim escolhermos.

Muitos são os infortúnios e muitas as preocupações neste momento no mundo. Logo, tantas coisas a pensar e conscientizar para serem feitas de outro jeito. Hábitos que deveriam ser simples e corriqueiros, passaram a ser especiais; quase que uma novidade. Como crianças estamos ouvindo ensinamentos e orientações sobre comportamentos, atitudes e hábitos para uma vida orgânica, ecológica e psicologicamente mais saudável. Tomara que nos empenhemos nesses aprendizados.

Incrível observar o quanto negligenciamos tais comportamentos, prejudicando assim nossa qualidade de vida ao deixarmos de proteger, cuidar e recuperar bens culturais, sociais e humanos.
Quanto valem a nossa saúde, o nosso bem estar, as nossas relações, a nossa terra, o nosso mundo, o nosso planeta?

Diante da preciosidade da nossa vida e da vida do próximo, o mínimo que devemos querer é o bem da humanidade. E o mais eficaz a fazer é, com hábitos simples e boa vontade, colaborar e promover o respeito à vida do ser e de toda a natureza.

Respeitando os filhos da Terra, a todos os credos e a todas as nações, cuidemos do que é nosso. E reverenciando o Universo vasto e abundante, temos que, por dever e amor, pedir licença para entrar.

E há que se saber entrar.

Com gratidão,

Eu, ser.

Maria Teresa Guimarães 
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O meu, o seu, o nosso Carnaval!

21 fev 2020
Maria Teresa Guimarães

Para mim, é momento de desligar. Desligar dos burburinhos, do que é estridente, excessivo, “over”. Para você, pode ser o momento de brincar, soltar a voz, fazer reverberar o grito, desabafando o que deixou sufocar nesses últimos tempos. E ainda, para tantas outras pessoas, pode ser a vez de bater em retirada, buscando outra frequência, talvez mais introspectiva, reflexiva e meditativa.

O importante é que, assim como na vida, este carnaval seja um momento também de liberdade para decidir o que e como queremos vivê-lo. Que seja bom pra mim, pra você, para nós. E que seja bom para quem faz parte das nossas relações, do nosso convívio diário.

Estar aberto a negociar é sempre positivo. É a oportunidade de, juntos, fazermos escolhas que contribuam para a harmonia do grupo ao qual pertencemos. Cada um ao seu modo e respeitando o desejo alheio, podemos, com leveza, fazer vibrar para si e para o outro as energias de alegria, de diversão, da soltura e do amor. Energias que, de alguma forma, tentamos espalhar através das marchinhas, no carnaval de rua, da praça e do nosso coração.

Vamos descontrair e relaxar!

Que possamos estar em sintonia com a nossa melhor forma de viver o Nosso Carnaval!

Um alegre e saudável Carnaval para todos nós!

Psicóloga Maria Teresa Guimarães

 

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Suum Cuique – a cada um o que lhe pertence!

14 fev 2020
Maria Teresa Guimarães

Podemos descansar no centro da Cruz no equilíbrio das forças. Podemos recuperar e preservar ou chegar a uma síntese. Ou podemos sofrer porque não conseguimos fazer tudo ao mesmo tempo, não conseguimos manter continuamente relacionamentos intensos com tudo e com todos, e porque temos o hábito de contemplar o que está longe, em vez de perceber o que está aí ao nosso alcance. A consequência dessa atitude é uma pobreza crônica e uma consciência inquieta.

Mark Hosak e Walter Lübeck, O Grande Livro de Símbolos do Reiki.

 

 

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