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Para Refletir

Toda semana um novo texto.
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O fluir do pensamento

08 out 2021
Maria Teresa Guimarães

Ter um registro do passado pode representar uma grande contribuição para a qualidade de vida. É uma libertação da tirania do presente e possibilita à consciência revisitar épocas anteriores. Permite selecionar e preservar na memória eventos particularmente agradáveis e significativos e assim “criar” um passado que nos ajude a lidar com o futuro. Claro que um passado como esse não corresponde à verdade literal. Mas o passado nunca é literalmente verdadeiro na memória: ele deve ser continuamente editado, e a questão é apenas se assumimos o controle criativo da edição ou não.

Mihaly Csikszentmihalyi, Flow: A Psicologia do Alto Desempenho e da Felicidade.

 

 

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O que me impede de ser eu mesmo?

01 out 2021
Maria Teresa Guimarães

Um homem bem estruturado é aquele que tem, em si mesmo, o gosto de ser, através da forma que lhe é própria. E a palavra sábio vem do verbo saperer, que quer dizer saborear – e que faz com que, nele, o ser saboreie o Ser. Mas não é uma estrutura que podemos medir.

Um homem bem estruturado é um homem que encontrou o seu centro e, em torno deste centro, seus pensamentos, seus afetos, encontram sua ordem e sua estrutura. Portanto a pergunta poderia ser esta: A minha vida tem um centro? Uma vida sem sentido é uma vida sem centro. Podemos fazer todas as coisas estando centrados e fazer as mesmas coisas sem estarmos centrados. Vejam a diferença. De um lado estamos estruturados porque tudo está ligado a seu centro e, do outro lado, quando não estamos centrados, tudo o que fazemos nos dispersa, nos pulveriza e nos fragmenta.

Jean – Yves Leloup, Caminhos da Realização.

 

 

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O Sonho

27 set 2021
Maria Teresa Guimarães

Dia Mundial do Sonho | 25 de setembro

Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.

Eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.

Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é Cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.

Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.

António Gedeão, Pedra filosofal.

 

 

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Os ipês coloridos

17 set 2021
Maria Teresa Guimarães

Quer ficar tranquilo? Contemple calmamente os ipês que fazem o seu trabalho de cores! Eles estão floridos por toda a cidade. O que eles nos dizem é que a natureza está cheia de beleza e tranquilidade. Para que servem as suas cores? Para eles, devem servir para alguma coisa. Para nós, não servem para nada. Suas cores não têm uso algum que lhes possamos dar. Mas elas, sem linguagem e sem fala, nos falam. Falam da simplicidade da vida. Falam da nossa tolice. Não sabemos florir. “Ah, como os mais simples dos homens são doentes e confusos e estúpidos ao pé da clara simplicidade e saúde em existir das árvores e das plantas. Sejamos simples e calmos, como os regatos e as árvores, e Deus amar-nos-á fazendo de nós belos como as árvores e os regatos, e dar-nos-á verdor na sua primavera, e um rio aonde ir ter quando acabemos” (Alberto Caeiro).

Rubem Alves, Ostra Feliz Não Faz Pérola.

 

 

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Voar para deixar voar

10 set 2021
Maria Teresa Guimarães

Estás à espera de quem?
– Já não espero ninguém! Estou só a usufruir a brisa passar…
– Não tens família?
– Tenho! Deixei de esperá-los…
– Estão zangados?
– Não! Estamos resolvidos, de bem…Com a vida!
– Como assim?
– Aprendi com os anos de caminho que não devemos esperar ninguém!
– Mas…Uma mãe deve esperar sempre os seus filhos…
– Por muitos anos achei que sim…Depois aprendi que só esperámos na ilusão de posse…
No dia em que entendemos que ninguém pertence a ninguém, que até os filhos são do Universo…
Passámos a Ser livres para receber, sejam os filhos ou tudo o que a vida nos reserva!
– E quando os filhos não chegam?
– Quem nada, nem ninguém espera, tudo é só vida a acontecer…
– É difícil de entender!
– Eu sei. Fomos iludidos a sentir amor como apego, quando a verdade é que o autêntico Amor é saber desapegar, Amor é liberdade para amar sem prender, para amar permitido ao outro voar!
– E não sentes solidão?
– Ela não existe para quem resgatou para si o direito de também continuar a voar…
E hoje, mesmo de forma diferente, aceito e ajusto e continuo a permitir-me ao meu voo!
– E quando não conseguires?
– Eu acredito que quem se permite a Ser livre, a morte chegará leve, quando o meu corpo físico deixar de poder voar, partirei de regresso a casa!
E sabes…
Acredito também que esse é o propósito da vida, nunca deixar de voar,
Para em Alma voo para Sempre SER!
Até lá…
Vou continuar a usufruir simplesmente a brisa passar…

Sónia Machado Araújo, Sem Hora Marcada – Fragmentos da minh’Alma

 

 

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A cama dos pais

03 set 2021
Maria Teresa Guimarães

A cama dos pais tem um íman e cá para mim (ninguém me convence do contrário) tem uma magia soporífera, um misterioso pó de amor impregnado nas almofadas, que faz com que os filhos adormeçam imediatamente e que o pior dos pesadelos, o mais trepidante terror noturno, fuja a sete pés.

Na cama dos pais, o último refúgio dos medos, a paz é absoluta e total.

Ali chegam, levados por pais extenuados e vencidos, ou pelo seu próprio pé, transpirados e assustados, passarinhos a voar de noite aos encontrões pelos corredores da casa, até chegarem ao lugar dos lugares. Dois colos com lençóis macios e o cheiro dos progenitores. Caem que nem tordos a dormir, apaziguados.

Os pais fingem que se importam, na manhã seguinte: «Lá foste tu para a nossa cama! Quando é que aprendes a ultrapassar os medos e a dormir sozinho? Tens de crescer!», mas nem olham muito nos olhos dos filhos quando dizem estas coisas, com medo de que eles descubram que naquele breve regresso ao ninho, ao berço inicial, os pais se enchem de amor e ternura e também eles se confortam nas suas inquietações.

Um pescoço morno. Uma mãozinha gorducha no nosso cabelo. Um pé de regresso à costela da mãe. A respiração tranquila na fronha partilhada.

O desejo secreto de que o ninho fique assim para sempre. E que a manhã demore muito a chegar.

Que o misterioso pó de amor das almofadas preserve para sempre estas excursões noturnas de mimo que não são mais do que um inteligente prenúncio, de uma saudade imensa, dos melhores dias desta vida.”

Rita Ferro Rodrigues, Mala d’estórias.

 

 

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Quem é psicólogo(a) aí, levanta o dedo!

27 ago 2021
Maria Teresa Guimarães

É óbvio que todos que concluíram a faculdade de Psicologia, receberam seu diploma atestando o título de Psicólogo.

Alguns exercem a profissão, outros já exerceram e, por algum motivo, desistiram. Muitos, ainda, nem começaram.

E assim acontece em toda e qualquer escolha profissional. Ou nos identificamos e damos continuidade, ou descobrimos que temos outros caminhos mais empolgantes a trilhar.

Seja na Psicologia, seja em outra profissão, quando a escolha é verdadeira, a plena dedicação acontece naturalmente.

Nesses longos anos me dedicando à Psicologia Clínica, chego hoje aqui, certa de que fiz a escolha que tocou o meu coração. Confesso que não foi amor à primeira vista. Porém, quando me questionei sobre qual o motivo que me levou à essa escolha e qual era o meu sonho, encontrei a resposta voltando aos meus 13 anos de idade. Eu, já naquela época, sentia que algo em mim precisava mudar. Eu não estava satisfeita com o meu jeito de ser. Descobri então que existia um tal de Psicólogo que ajudava pessoas a serem mais felizes. Nesse momento a decisão já estava tomada: serei Psicóloga para me mudar. Doce ilusão! Como se isso bastasse…

Ainda assim, segui adiante com a minha escolha. E descobri que o meu sonho era poder ajudar pessoas a se conhecerem para serem mais felizes. E, para isso, eu precisaria caminhar junto, conhecendo-me para que eu também fosse mais feliz.

Eis aqui o caminho para você Psicólogo, Psicóloga, de qualquer área da Psicologia: Dedicação e investimento no conhecimento e no autoconhecimento. É imprescindível que a sua ajuda chegue às pessoas com o mínimo de ruído possível, com cada vez menos distorções e julgamentos.

Estar disponível para olhar nossos pontos cegos, nossas sombras e nossos inimigos internos permite abrir espaços dentro de nós que, por algum receio, não deixamos que sejam abertos. O medo de entrar em contato com vazios que, na verdade, já estavam presentes, impede o nosso enfrentamento.

Mas é justamente aí que aprendemos a preenchê-los com o melhor que também já vivia em nós e que estavam adormecidos: nossos talentos, nossas potencialidades, nossa verdade essencial.

É um caminho árduo e ao mesmo tempo um caminho de luz. Para mim, é o caminho que me deixa feliz.

Felicidade para você!

Maria Teresa Guimarães.

 

 

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Cuidar da Paz

20 ago 2021
Maria Teresa Guimarães

…Uma terapia para a paz, portanto, solicita uma dimensão iniciática, como a proposta por Graf-Durckheim, que possibilite um abrir passagem para as trilhas interiores que, do ego, possam nos conduzir ao Self, do conhecido ao desconhecido, do finito ao Infinito, para que o dom da Essência se manifeste na existência, aberta a transcendência. Nesta perspectiva evolutiva, o humano é considerado um projeto inacabado, um germe de plenitude clamando por investimentos, para que floresça plenamente, através do processo da individuação. Pelo cultivo de uma ecologia do Ser, a paz poderá ser conquistada e irradiada para a ecologia social e ambiental…

Roberto Crema

 

 

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Os Agostos

13 ago 2021
Maria Teresa Guimarães

Só quem vive bem os agostos é merecedor da primavera!

Lembro-me bem. Foi quando julho se foi, que um vento mais gelado, mais destemperado, que arrastava ainda folhas deixadas pelo outono, me disse algumas verdades. Convenceu-me de que o céu começaria a apresentar metamorfoses avermelhadas. Que a poeira levantada por ele daria lições de que as coisas nem sempre ficam no mesmo lugar e que é preciso aceitar que a poeira só assenta depois que os redemoinhos se vão.

Foi quando julho se foi que a minha solidão me convidou para uma conversa. E me contou de tempo de esperas. E me disse que o barulho das árvores tinha algo a dizer sobre aceitação. E eu fiquei pensando como elas, as árvores, aceitam as estações que, se as estremecem, também lhes florescem os galhos. Mas tudo a seu tempo. Foi em agosto que descobri que os cachorros loucos são, na verdade, os uivos que não lançamos ao vento. São nossos estremecimentos particulares que a nossa rigidez de certezas não nos permite encarar.

O mês de agosto tem muito a ensinar. Porque agosto é mês jardineiro, é dentro dele, berço do inverno, que as sementes dormem. Aguardam seu tempo de brotar. Agosto é guardador da boa-nova, preparador de flores. Agosto é quando Deus deixa a natureza traduzir visivelmente o tempo das mutações.

Mude, diz agosto, em seu recado de sementes. Aceite, diz agosto, com seu jeito frio de vento que levanta poeira e a faz avermelhar o céu. Compartilhe, diz agosto. Agasalhos, sopas quentinhas, cafés com chocolate, abraços mais apertados – eles também aquecem a alma e aninham o corpo. Distribua mais afetos, que inverno é acolhimento, é tempo de preparar setembro. E, de setembro, todos sabemos o que esperar. Esperamos a arrebentação das cores, que com seus mais variados nomes vêm em forma de flores.

Vamos apreciar agosto, recebê-lo com o espanto feliz de quem não desafia ventos. Que ele desarrume e espalhe suas folhas e levante suas poeiras.

Aceite as esperas, mas coloque floreiras na janela.

Só quem vive bem os agostos é merecedor da primavera!

Miryan Lucy de Rezende, escritora e educadora infantil.

 

 

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Paiêêêêêêêêêê!!!!!!

06 ago 2021
Maria Teresa Guimarães

Pois é. Agora também é assim. Além de “manhêêêêêêêêê”! Já de algum tempo passamos a ouvir o “paiêêêêêêê”!

Tive o privilégio de ter tido um pai bastante presente. Nada a reclamar. Meu pai não veio com defeito. Alguns arranhõezinhos de fábrica, mas nada que impedisse a nossa boa convivência. Atenção, afeto, cuidado e muito amor, sempre presentes. Claro que também tinha os momentos das broncas, mas que eram esquecidos no instante seguinte. Sem mágoas, rancor, zangas que durassem mais de alguns minutos. Para ele, era perda de tempo fincar pé nas discussões.

E é isso que tenho observado ao longo dos últimos tempos. Cada vez mais a participação dos pais na vida de seus filhos. Reuniões da escola, idas a médicos, levando ou buscando no colégio, cuidando da alimentação, saídas para diversão, passeios, viagens. Pais cada vez mais presentes. Parabéns!

E que seja respeitado o jeito próprio de ser pai. Mamães, não atrapalhem, acreditando que só vocês sabem cuidar dos filhotes. Os papais também sabem. Confiem! Apenas o fazem de um outro jeito. Talvez mais displicentes, relaxados, liberais, menos atentos ao que, para nós, mamães, é de fundamental importância. Pais são mais leves, menos preocupados, confiam na capacidade do filho de se virar. Talvez tenham mais confiança na vida.

Algumas passagens da minha infância, que me faziam achar meu pai mais legal que minha mãe, sempre estavam ligadas a situações com menos regras, mais transgressoras, ousadas, que tornavam os momentos mais divertidos. E, o mais legal, os segredos dessas coisas inadmissíveis ao olhar de mamãe. Cumplicidade que era comunicada pelo olhar, pelo sorriso disfarçado, por uma piscadela de “ok, entendi”. Cúmplices até… Foi assim.

E nesse Dia dos Papais, os de ontem, de hoje e de amanhã, eu desejo mais e mais afeto, carinho, amor, respeito e leveza no convívio com os filhos, com as filhas, com a família. Nunca esquecendo de preservar tempo e espaço para acolher o que contribui para relações mais verdadeiras, leais e amorosas: o respeito por si próprio!

Os filhotes agradecem.

Obrigada pai!

Maria Teresa Guimarães

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Sobre renascer para a liberdade

30 jul 2021
Maria Teresa Guimarães

Voz ao verbo 160 – Ancestrais

Quantas gerações dormem dentro de um sonho?
Seus bisavós, avós, seus pais?
Às vezes são tantas, que nem você desperta mais
Mas um sonho não é um bastão de frustrações hereditárias
Por mais que hajam opiniões contrárias
Basta que uma pessoa seja a favor de fazê-lo acontecer:
Sim, você.

Pensa nessa vida como se fosse uma viagem
Nossos ancestrais nos deram a passagem
Mas ninguém pode viajar no lugar de alguém

Quem nunca escutou frases como:
Sempre foi assim na nossa família,
Isso não está no nosso sangue, não é pra gente
Nem tente, porque ser realizado não é nossa realidade
Tenha vontade, mas tenha mais limites.

Eu diria, respeite essas opiniões, mas não acredite

São escolhas, existe uma diferença
Entre quem diz que sabe o caminho e quem caminha
Repito, respeite: cada um fez o que pôde
Com as possibilidades que tinha

Por isso não existe culpa
O que nos deixa estagnados
É viver olhando pra trás procurando culpados
Aquele que é capaz de olhar o passado
E agradecer, já entendeu:
Por mais parecidos que sejam os caminhos
Cada um tem que fazer o seu

Os que vieram primeiro nos deram a chance
De aprender até como erros
Honrar as antigas gerações
É cortar o cordão umbilical das frustrações

Isso é dar à luz à própria vida
É renascer pra liberdade
Assumir a responsabilidade do seu sonho
É escolher sua realidade.

Allan Dias Castro.

 

 

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Contradança

23 jul 2021
Maria Teresa Guimarães

Bem antes de te conhecer, eu já possuía
expectativas e imagens essenciais;
sem fundamento em crenças, ideologias,
eu já sabia que o especial, na vida,
se o houvesse (e haveria!),
viria dali; encontro ou reencontro,
em uma curva deste tempo, em algum ponto
onde o impulso pueril das fantasias
não estava mais.

Não te buscava: buscava paz e sentido,
e era o que também buscavas, e algo mais.
Da infância como bailarina, eu te trazia,
e já sabia, com o faro de menina,
que há que achar o passo e o ritmo da vida,
e executá-lo com beleza e maestria.

Munida com minha intuição e tua certeza,
Desde este então, temos bailado e bailado,
honrando o pacto entre nós, nossa ousadia,
que, um dia, por alguém, nos foi atribuída,
de circular em espirais, quando houver vida,
dançando, ainda que a canção não toque mais.

Lúcia Helena Galvão.

 

 

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O gato e o escuro

16 jul 2021
Maria Teresa Guimarães

O escuro ainda chorava:
– Sou feio. Não há quem goste de mim.
– Mentira, você é lindo. Tanto como os outros.
– Então por que não figuro nem no arco-íris?
– Você figura no meu arco-íris.
– Os meninos têm medo de mim. Todos têm medo do escuro.
– Os meninos não sabem que o escuro só existe dentro de nós.
– Não entendo, Dona Gata.
– Dentro de cada um há o seu escuro. E nesse escuro só mora quem lá inventamos. Não é você que mete medo. Somos nós que enchemos o escuro com os nossos medos.

Mia Couto, O gato e o escuro

 

 

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Há tanto jeito de abraçar!

09 jul 2021
Maria Teresa Guimarães

O abraço que eu não posso
O abraço que eu não posso te dar.
Vai, enfim, na forma de oração;
De pensamento
Uma porção.
Assim, difícil de explicar.

Vai valente, pulsante,
Vai na corrente de ar.
Vai agora, neste instante,
Não dá pra segurar.

Há tanto jeito de abraçar:
O canto,
O verso,
O pão que eu faço,
Feliz em compartilhar.

O abraço que eu não posso te dar
Vai certeiro pelo ar.
Vai seguir teus passos
E ao teu lado sempre estar.

* * *

Sentimos falta do abraço.

É de nossa cultura a expressão afetuosa que envolve o toque, o contato físico. Sabe-se que o abraço carinhoso tem um poder sem igual, revitalizante e curador. Segundo alguns estudiosos, o abraço amplia nosso sentimento de autoaceitação, minimiza ansiedade e estresse, libera dopamina, o hormônio do humor e da motivação. Além disso, fortalece nossas conexões, possibilitando o exercício do perdão, apoio e amor. Em resumo, é essencial para nossas vidas.

Mas, o que fazer quando ele nos falta?

O que fazer quando, para preservar o outro, somos obrigados a nos manter afastados fisicamente? É aí que entra nossa criatividade e também o conhecimento da realidade do Espírito.
Há muitas outras formas de abraçar. A parte física do abraço é apenas uma pequena porção de uma expressão muito maior. Quem abraça não é o corpo. Abraçamos utilizando este corpo, que hoje existe e amanhã não existirá mais. Abraçamos com a alma, ou com o coração, utilizando dessa referência tão comum na esfera dos nossos sentimentos.

Quando oramos por alguém, com sinceridade, estamos abraçando. Quando telefonamos para saber como o outro está, oferecendo alguns minutos para ouvir, doando nosso sorriso, nosso ombro amigo, estamos abraçando. Quando fazemos uma gentileza, alguma produção própria com a qual presenteamos as pessoas, estamos igualmente abraçando. Quando, finalmente, abrimos nosso coração, proferindo doces palavras, destacando qualidades, expressando nossa admiração, nosso amor a alguém, estamos lhe dando um forte e poderoso abraço.

Assim, não nos preocupemos em demasia pela falta do contato físico temporal. Encontremos outras formas de nos relacionarmos. Continuemos doando o abraço, o carinho, o interesse, de diferentes formas. Alguns escrevem poemas expressando seu amor. Outros alimentam e cozinham algo de especial, pensando no próximo. Alguns enviam seu canto para consolar. Há aqueles que oram, enviando o abraço dos fluidos invisíveis que revigoram tanto aquele que oferece quanto aquele que recebe.

Lembremos que somos Espírito e temos um corpo. Quem abraça é o Espírito. Então, pensemos de que forma podemos abraçar à distância. Cada um encontrará o seu jeitinho, a sua maneira, dentro de suas possibilidades infinitas de Espírito, neste Universo onde tudo está conectado.

Estamos mais próximos uns dos outros do que imaginamos. A conexão entre a criatura e o Criador é de nossa essência. Também o laço existente entre todos os filhos do Grande Pai.

Redação do Momento Espírita, 19/11/2020.

 

 

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A minha Lua

02 jul 2021
Maria Teresa Guimarães

A lua me inspira, me acalma e torna a minha respiração mais fluida. Na sua presença o ar é mais puro, tudo parece acontecer com naturalidade num ritmo compassado.

A mente se aquieta, silencia e aguarda.

O coração toma o lugar da visão e nada mais é visto como ameaçador. A tensão é dissipada dando lugar à presença do sentimento de fé na vida.

Olho agora para a lua e a entrega acontece.

Bem-vinda!

Maria Teresa Guimarães

 

 

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