Sem junguianismo, sem psicologismo: Eu, como pessoa!
…Jung, acima de tudo, tinha profunda aversão aos ismos, e o adjetivo “junguiano”, que tão facilmente poderia converter-se em “junguianismo”, era descartado pelos seus discípulos de psicologia. “Não quero que ninguém seja junguiano”, afirmava-me. “Quero que as pessoas sejam, sobretudo, elas mesmas. Os ismos são o vírus de nossa época, responsáveis por desgraças maiores do que aquelas causadas por qualquer praga ou peste medieval. Se um dia descobrir que criei outro ismo, então terei fracassado naquilo que procurei fazer.”
Laurens van der Post: Jung e a História de Nosso Tempo