Uma Declaração Pessoal
Todas as declarações psicológicas são pessoais. Não podemos enunciar uma verdade psicológica sem fazer, simultaneamente uma confissão.
Vemos aquilo que a nossa percepção pessoal nos permite ver e esta sempre é, em alguma medida, peculiarmente nossa.
No entanto, na experiência da vida (ou da vida acelerada pela análise), descobrimos sem cessar que aquilo que vínhamos considerando como nossa compreensão e nossa dor peculiares e pessoais, tem na realidade, um caráter de universalidade, já que constitui a experiência compartilhada da humanidade.
Podemos perder nossa individualidade nas ondulações e correntes da vida coletiva, também podemos nos entregar ao inconsciente que habita dentro de nós, ao aceitar ingenuamente, como nossa própria psique pessoal quaisquer vozes atiradas a partir do lado interior da mente.
Em meio a esse dilema entre os mundos interior e exterior – qualquer deles capaz de nos consumir caso não estejamos atentos- ocorre o delicado, mas básico processo de individuação.
(James A. Hall, M.D.)