Sete de Setembro: os independentes e os egocentrados!
“E assim caminha a humanidade”.
Confusa, sem rumo, sem capacidade de discernimento. Sem generalizar, claro!
No entanto observamos a interpretação distorcida do que significa uma pessoa independente.
Ser independente passou a ser vivenciado, por algumas pessoas, com o sentido de um comportamento mais egoísta. O ser independente está mais para um ser dependente e refém da sua necessidade de se fechar em um círculo que o protege de uma realidade incômoda. Nem tudo dessa realidade é bonito, agradável, cheiroso e saboroso.
Esse ser que se diz independente, tornou-se um ser sem compaixão, com um olhar que só enxerga até o limite do seu umbigo. Tudo o que está no seu entorno ou um pouco além do seu nariz, ele se recusa a olhar, ouvir, sentir e tocar. É uma total negação do sentido de humanidade.
Apesar dessa distorção, este mesmo ser tem sim coração, tem alma, tem afeto que, por alguma razão, o fez fechar os olhos para o seu lado humano, solidário, carregado de beleza. A esse ser foi, em algum momento da vida, apresentado um mundo mais hostil e ameaçador, que o fez escolher, consciente ou inconscientemente, o caminho que não o permitiu amadurecer, crescer e se desenvolver como indivíduo de ideias, sentimentos e comportamentos mais sublimes.
Esse ser abandonou a si próprio quando se recusou a cuidar da riqueza de sua alma. Consequentemente, não aprendeu a sutil arte de perceber o sagrado dentro de cada um de nós e se sensibilizar com a alma humana.
Psicóloga Maria Teresa Guimarães.