Saudades, mãe!
E chega um dia em que você se ouve falando como ela, cozinhando como ela, repreendendo como ela, cantando como ela, ensinando como ela, dançando como ela, escrevendo como ela, chorando como ela.
E chega um dia em que aqueles sapatos gigantes que você tanto provou ficam com você, e você pode percorrer a sua pegada.
E a cada passo você vai entendendo tudo que você já criticou. E você entende os limites, os desafios, as zangas, as preocupações, os medos. E você agradece por ter estado lá, acompanhando de perto, cuidando, vigiando. E você agradece seus desvelos, seus sacrifícios, seu tempo.
Chega um dia em que você se olha no espelho e a vê. Porque alguns meses estivemos dentro dela, mas ela sempre vai estar dentro de nós.
D/A, via “Flores da Minha Vida”