O primitivo em nós
Com muita propriedade Joanna de Ângelis nos fala sobre o animal ainda muito presente no âmago de nosso Ser, as estruturas arcaicas, resíduos ainda muito vivos da nossa caminhada até onde estamos na atualidade. A garra, com suas extremidades que parecem punhais afiados capazes de cortar e dilacerar a carne, durante o longo trabalho realizado pela evolução cedeu lugar, paulatinamente, à mão, que com os dedos é capaz de agarrar, mas também de acariciar.
Diz-nos Pontes de Miranda, que a “mão “foi a “garra” que fez muito mais do que propulsar, prender e apreender. Segura com os dedos e com a palma, ajeita, acaricia, altera. Serve ao trabalho, à produção, à mudança da face da terra, ao aperfeiçoamento. E sem poder ocultar, na biologia, que é filha da garra, prestou-se também no manejo das armas e à melhora delas.
Na verdade, ainda estamos nos conscientizando de nossas características animais, que se expressam pelos instintos e impulsos, que quando se manifestam em nosso comportamento nos sentimos chocados e até pensamos, tentando nos iludir: “isso não sou eu”.
Refletindo A Alma – Divaldo Franco e Joanna de Ângelis (Espírito)