Nada resta quando é tirada a possibilidade de fantasiar
“Esta noite é das memórias, ouço muito, ouço a fundo
e pouco importa se há coerência nas histórias,
realidade, ficção ou deslavada invenção.
tanto faz, quando se ouve alguém que conta,
com o prazer de querer contar.
Mentiroso é o mudo silêncio, de quem se cala por calar.
Uma história é sempre verdade, quando entre duas pessoas, existe a vontade de querer ouvir e querer falar.
Verdadeiro é esse momento onde as palavras voam no vento.
Encontram um lugar onde ecoar,
e isso nada mais é do que um exercício de amar.”
( Stevember -Poema não publicado, 1985)