Meu Filho Cresceu
06/07/2011
Pois é. Meu filho cresceu!
Natural. Faz parte da vida. Faz parte da vida de todos nós. Um dia eles crescem. Um dia nós crescemos. Um dia os filhos de nossos filhos também irão crescer.
É assim. A partir do momento em que nascem já começam a crescer. Aliás, a partir do momento em que os geramos, o crescimento se inicia.
Natural!
Mas agora, meu filho, realmente cresceu! Não importa se com 15, 20, 25, 30 anos ou mais. Em algum momento, eles, de alguma forma, nos avisam que cresceram.
Pois é. Meu filho cresceu! E este é o momento. É como um rito de passagem. É um marco, pontuado por suas próprias escolhas. E ele escolheu.
Hei! Mãe. Hei! Pai. Agora é a minha vez. Agora é a minha vez de experimentar os meus próprios vôos. Agora é a minha vez de arriscar meus mais altos vôos. Agora é a minha vez de enfrentar meus medos e minhas inseguranças. Agora é a minha vez de negociar e fazer acordos aqui, dentro de mim. Agora está na minha vez de descobrir, verdadeiramente, meus talentos e minhas aptidões.
Palavras dele? Não. Palavras minhas diante do que vejo e sinto.
Ok. Palavras dele? “Posso me virar”.
Assim. Simples. Claro. Lindo! Sábio!
Meu filho cresceu!
O sinal de que ele cresceu? Isso é fácil: Há dor e alegria no meu coração. É isso mesmo. “Não há crescimento sem dor”. Sabemos disso há milênios. O que varia é a intensidade da dor. Mas é dor.
E não há crescimento sem amor. E este amor sim, precisa ser maior que a dor, para dar lugar à alegria que sentimos diante de uma vida repleta de possibilidades.
É a vida de nossos filhos.
É a vida de nossos encontros.
É a vida de nossos encantos.
É a vida das perdas e dos ganhos.
É a vida maravilhosa que recebemos dos céus!
Meu filho cresceu!
Obrigada. Seja feliz. Te amo!
Mamãe.
Maria Teresa G. P. Peixoto
Olá Cristina,
Grata pelo seu retorno e pela belíssima contribuição.
Um grande abraço,
Maria Teresa
que lindo.
Gertrude Stein fala, no livro The Making of Americans, que ninguém se vê como velho ou criança. Quando pensamos sobre nós mesmos, temos a certeza de que somos tão maduros e coerentes quando um adulto jovem, mesmo que tenhamos 10 anos, mesmo que tenhamos 92. Na nossa cabeça, falamos com convicção.
se for pensar, uma mãe e um pai estão em constante luto – luto pelo filho da fase anterior guti-guti que não existe mais. Os pais também tem que aprender a desapegar do passado e deixar o novo ser que está à sua frente aparecer, esticar as asas e voar.
Tem um texto bacana a respeito disso aqui também: http://cuorecurioso.com/ser-mae-e-conviver-com-pequenas-mortes/