Mais um Carnaval nosso de cada dia!
Assim como o mar pode não estar para peixe, também o mundo não está para carnaval. O mundo já é um Carnaval. E se assim é, só nos resta relaxar, cair na nossa folia interna, vestir a nossa melhor fantasia e assistir de camarote o bloco da vida passar.
Carnaval, dias de viajar e descansar. Ou, se preferir, dias de se agitar na onda que nos leva no balanço da alegria e da brincadeira.
Qualquer que seja a maneira de vivermos este momento, que tenha sabor doce, suave e até mesmo um toque picante para fazer levantar os ânimos que, para muitos, ficaram minguados com o peso de uma rotina, talvez muito mais imposta do que escolhida.
Na verdade somos “carnaval” sempre, com nossas baguncinhas internas, nossos conflitos e rabugices existenciais. Somos carnavalescos e foliões da vida, do dia a dia, de nós mesmos e do mundo. E, como bons foliões, podemos ter o jogo de cintura que vibra, balança… e vai que despenca?… Aí ajeitamos a cintura, acertamos o passo e seguimos em direção ao equilíbrio que nos liberta das batidas descompassadas dos tambores desencontrados.
Agora, com o jogo de cintura acertado no bloco da vida, podemos ser “carnaval” na comissão de frente, fazendo retumbar o som do surdo que nos desperta.
Vamos cair na folia! Seja ela qual for. Mas que seja dos tambores que se olham, se reconhecem, se encontram, criando ritmo, harmonia e melodia de nossa autoria!
Bom Carnaval a todos!
Maria Teresa Guimarães.