Tornar-se sábio
– Mestre, como faço para me tornar um sábio?
– Boas escolhas.
– Mas como fazer boas escolhas?
– Experiência, diz o mestre.
– E como adquirir experiência?
– Más escolhas.
– Mestre, como faço para me tornar um sábio?
– Boas escolhas.
– Mas como fazer boas escolhas?
– Experiência, diz o mestre.
– E como adquirir experiência?
– Más escolhas.
Veja acima uma expressão do que foi o último evento da Officina da Mente “Mapas Mentais – Curso Expresso Teórico-Prático”
O próprio ato de construir um mapa mental é por si só, tão eficaz para o registro de idéias na memória que, muitas vêzes, é possível recuperar todo o mapa sem necessidade de consulta-lo novamente. O mapa mental é visivelmente tão potente e usa um número tão grande de funções da memória que, muitas vezes pode ser lido simplesmente com o “olho da mente”.
(Peter Russel)
(A sua mente) … é a chave para o sucesso profissional, quanto mais eficientemente você usá-la, mais sucesso você terá…Se você a estimular com os recursos de pensamento e do aprendizado corretos, ela o recompensará com soluções brilhantes para qualquer tipo de problema que você possa enfrentar. Em resumo, você será capaz de liberar sua infinita e fascinante criatividade.
(Tony Buzan – 2004)
Ser “normal” é o ideal dos que não têm êxito, de todos os que ainda se encontram abaixo do nível geral de adaptação. Mas para as pessoas dotadas de capacidade acima da média, que não encontram qualquer dificuldade em alcançar êxitos e em realizar sua cota-parte de trabalho no mundo, para estas pessoas a compulsão moral a não serem nada senão normais significa o leito de Procusto: mortal e insuportavelmente fastidioso, um inferno de esterilidade e de desespero.
(Carl Gustav Jung)
O homem que apenas crê e não procura refletir esquece-se de que é alguém constantemente exposto à dúvida, seu mais íntimo inimigo, pois onde a fé domina, ali também a dúvida está sempre à espreita. Para o homem que pensa, porém, a dúvida é sempre bem recebida, pois ela lhe serve de preciosíssimo degrau para um conhecimento mais perfeito e mais seguro.
(Carl Gustav Jung)
Vivia na China um sacerdote rico e avarento. Amava jóias e as colecionava, acrescentado constantemente novas peças ao seu maravilhoso tesouro escondido, que guardava a sete chaves, oculto de olhos que não fossem os seus.
O sacerdote tinha um amigo, que um dia o visitou e manifestou interesse em ver as jóias.
– Seria um prazer tirá-las do esconderijo, e assim eu poderia olhá-las também.
A coleção foi trazida, e os dois deleitaram os olhos com o tesouro maravilhoso por longo tempo, perdidos em admiração.
Quando chegou o momento de partir, o convidado disse:
– Obrigado por me dar o tesouro.
– Não me agradeça por uma coisa que você não recebeu – disse o sacerdote. – Como não lhe dei as jóias, elas não são suas, absolutamente.
– Como você sabe – respondeu o amigo, – senti tanto prazer admirando os tesouros quanto você, por isso não há essa diferença entre nós como pensa. Só que os gastos e o problema de encontrar, comprar e cuidar das jóias são seus.
(Histórias da Tradição Sufi, Edições Dervish – Instituto Tarika, 1993)
Bahaudin era um príncipe poderoso, eficiente na administração dos assuntos de Estado e despreocupado com as coisas da mente.
Um dia decidiu que era necessário tomar uma atitude com relação aos errantes e vagabundos que viviam em seus prósperos domínios. Ordenou aos guardas que prendessem todos os vagabundos e andarilhos e que, dentro de um mês a partir daquele dia, os levassem ao pátio do castelo para julgamento.
Um sufi que era membro da corte de Bahaudin pediu permissão para ausentar-se e empreender uma viagem.
Quando chegou o dia determinado todos os vagabundos foram reunidos. Mandaram que se sentassem e que ficassem à espera do rei Bahaudin.
Vendo tanta gente indesejável sentada diante de sua fortaleza, o rei encolerizou-se. Fez um longo discurso e terminou dizendo:
– A corte decreta que todos sejam açoitados como malfeitores e motivo de descrédito para nosso povo.
O cortesão sufi, vestido com seus farrapos, levantou-se no meio dos prisioneiros e falou:
– Ó príncipe da família do Profeta! Se um membro da tua própria corte foi preso por causa de sua roupa, e isso bastou para que o considerassem um vilão, devemos agir com cuidado. Se a roupa é suficiente para saber quem são os malfeitores, então existe o perigo de que o povo adquira esse costume e comece, como tu, a julgar governantes apenas por seus trajes, não por suas qualidades. Que aconteceria então com a instituição de um governo justo?
Depois de ouvir isso Bahaudin renunciou ao trono. Está enterrado próximo a Kabul, no Afeganistão, onde o consideram um dos maiores sufis que existiram. A lição jamais foi esquecida, e todos se ajoelham ao passar por seu túmulo.
(Histórias da Tradição Sufi, Edições Dervish – Instituto Tarika, 1993)
Meu Deus!!! Como é engraçado!…
Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço…
Uma fita dando voltas? Se enrosca…
Mas não se embola , vira, revira, circula e pronto: está dado o abraço.
É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço.
É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido, em
qualquer coisa onde o
faço.
E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? Vai escorregando
devagarinho, desmancha,
desfaz o abraço.
Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.
E na fita que curioso, não faltou nem um pedaço.
Ah! Então é assim o amor, a amizade. Tudo que é sentimento? Como um
pedaço de fita?
Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora,
deixando livre as duas
bandas do laço.
Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.
E quando alguém briga, então se diz – romperam-se os laços.-
E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum
pedaço.
Então o amor é isso…
Não prende, não escraviza, não aperta, não sufoca.
Maria Beatriz Marinho dos Anjos
“Simples assim!” “Não complica não! Pode ser simples mesmo!” “A simplicidade é uma eterna aprendizagem.” “Simplicidade no olhar para perceber a complexidade da vida.” “A simplicidade está “escondida” no coração.” “O que é simples para uns é complexo para outros.” “Tudo é muito simples.” “É mais simples do que pensamos!” “Simplesmente…” “Pra que complicar? Pra ficar mais prazeroso!” “Ser simples pode ser 100%.”
Assinado: As “Meninas”
Simples assim, compartilhamos o complexo dentro de cada uma de nós. Nós, mulheres; nós, mulheres mães; nós, mulheres filhas; nós, mulheres profissionais; nós, mulheres da casa, donas da nossa casa.
Complicado assim, compartilhamos o que de mais simples existe dentro de nós. Nós, mulheres amigas; nós, mulheres veteranas e novatas, na arte da vida, na arte da escuta, na arte da entrega, na arte de expor emoções, conceitos, valores e preconceitos.
Simples assim, nos complicamos com graça, com verdade, com disfarce, com medo, coragem e generosidade.
Simples assim, descomplicamos crenças, padrões, histórias e memórias.
Brincando de esconde-esconde, nos refugiamos no cantinho da nossa infância, no resgate do lúdico e no silêncio das nossas lembranças.
Vivendo o casulo que protege e limita, vivendo a crisálida que se abriga e se liberta, voamos em busca do assento que nos garante o pouso seguro e do alimento que nos fortalece, que nos sustenta e que nos dá o alento para seguirmos em frente. Em frente para a conquista da liberdade, da autonomia, como seres “individuados” e únicos. Únicos na forma de ser, de estar, de fazer, de sentir, vibrar e, até mesmo, na forma de complicar.
Simples assim, nos olhamos, fomos olhadas e lançamos nossos olhares para o novo, para o diferente, para o inusitado, o comum e o incomum.
Simples assim, vivemos mais um encontro “Dança das Cadeiras”, com todas as complexidades naturais de um ser humano simples.
Simples Assim!
Obrigada meninas, por mais uma vez sacudirem estruturas e cutucarem o que está adormecido, permitindo assim, trocar e renovar as cadeiras da nossa casa, da nossa “cara”, da nossa vida.
Alegria no seu coração,
Teresa.
Alguém comeu o meu bolo! Com certeza alguém está comendo os meus bolos. Na delicatessem perto de casa o bolo sumiu. Na padaria da esquina também não tem bolo. Na cafeteria do shopping, cadê o bolo?
E o que eu encontro? Tortas, tortas e mais tortas! De todos os tipos, tortas quentes ou frias, doces ou salgadas, com e sem frutas, com pouco chantili ou com muito, muito chantili. Coberturas de todos os tipos e cores. Amendoins, castanhas ou amêndoas. Chocolate branco ou preto. Morangos, damascos, maçãs ou pêssegos. E isto sem contar a linha do natural, comida viva ou mais ou menos.
Mas você dirá que há bolos nestes lugares, mas eu não acho. A menos que você chame de bolo aquelas coisas esponjosas que ficam naquelas lindas cristaleiras em cima do balcão. Suspeito até que haja uma única fábrica secreta, dirigida por um empresário de cartola, inescrupuloso, e que, fumando charutos usa o trabalho infantil para produzir todas estas fraudes.
A bolo eu me refiro aquela coisa gostosa, fofinha, não excessivamente doce feita pela mãe ou avó. Ou talvez ainda por aquela cozinheira gorda e simpática, cujo cheiro te faz flutuar até a cozinha. O cheiro do bolo, é claro! Bolo é aquilo que a gente comia de tarde com uma xícara de café. Ou às vezes no café da manhã, quente e com generosas porções de manteiga (manteiga mesmo).
Quem comeu estes bolos?
Mais que isto. Por que as tortas estão vencendo???
Eu tenho uma opinião. Não, uma opinião não. Menos. Uma suspeita. Quem sabe vocês concordam. Sigam o meu raciocínio:
Olhem para um bolo e olhem para uma torta. Quem é mais “bonito”? Bem, gosto não se discute, e alguém pode até achar a torta muito “perua”, cheia de ornamentos “mis”. Mas com certeza a torta promete mais. O bolo é só aquilo; um pedaço de massa. A torta não; ela vem cheia de penduricalhos, cores e formas. Ela se promete aos seus olhos. Diz o tempo todo: – Coma-me!
Já o bolo só tem aquele cheirinho delicioso, e isto apenas quando sai do forno ou está em cima da mesa. Mas, pobre coitado, nós só vemos hoje as coisas por detrás de muros de vidro, e dentro de balcões refrigerados. O nariz foi amputado e o olho agigantado.
Vivemos hoje, como diz Guy Debord, uma sociedade do espetáculo. As coisas estão mais para o que parecem do que para o que são. Julgamos cada vez mais as coisas pela aparência, pelo que os outros dizem delas. Em tempos de Big Brother as pessoas ficam famosas pelo que são vistas, não pelo que fizeram de bom. A realidade importa pouco, mais relevante é o que parece ser. E o que parece ser, é o que se diz muitas vezes e bem alto. Volume é mais importante que verdade.
Precisamos cada vez mais aprender muito e em pouco tempo. A ordem então é simplificar e superficializar. Apenas pílulas de “sabedoria”, Apostilas em vez de livros. Informação em vez de conhecimento. Repetição em vez de compreensão. Rapidez em vez de ponderação. Afirmativas em vez de perguntas. Receitas prontas em vez de reflexão. Importar protocolos em vez de produzir conhecimento. Depender da autoridade em vez de ser seu próprio autor (em qualquer) idade.
Pois é…
Sinto falta do meu bolo. O bolo clássico, cheiroso e fofo, desfrutado com paz e tranqüilidade, entre meus amigos e familiares. Mais que um alimento, um repouso para a alma. Um aforisma chinês diz o seguinte:
As coisas são e parecem ser, ou
não são e não parecem ser.
E também são mas não parecem ser, ou
ainda não são mas parecem ser.
É tarefa do homem sábio
separar umas das outras.
Ps: Gosto de tortas e as como. Sinto realmente falta desses bolos, mas aqui o bolo foi mais uma metáfora. Ok?
Mauricio A. P. Peixoto
Por nenhum momento se esqueça de que a vida pertence aos que investigam.
Ela não pertence ao estático.
Ela pertence ao que flui.
Nunca se torne um reservatório.
Sempre permaneça um rio.”
(Osho)
Ser amado significa inflamar-se.
Amar é: iluminar com óleo inesgotável.
Ser amado é se desvanecer;
amar é perdurar.
(Rainer Maria Rilke – “Os Cadernos de Malte Laurids Brigge”)
O exemplo das pessoas que obtem sucesso nos mostra que sua vida é menos determinada pelos acontecimentos que elas viveram do que pelos modos de encará-los e, portanto, de reagir a eles.
O contexto em que percebemos uma dada situação determina o sentido que lhe atribuimos.
(Françoise Kourilsky – Belliard)
Simples assim, sou eu. Simples?
Simplicidade que vem dos conflitos internos e dos embates que travamos ao longo da vida. Simplicidade que surge das dificuldades internas e tagarelices mentais, as quais nos tiram a razão e nos roubam de nós mesmas. Simplicidade que adquirimos após nos confrontarmos com o “complicado” dentro de nós. Simplicidade que brota das profundezas da nossa alma quando nos contorcemos visceralmente no caminho do auto-conhecimento.
Simples assim, sou eu. Complicado?
Complexidade que vem da não aceitação da vida como ela é. Complexidade que vem da não aceitação de “mim como eu sou”. Complexidade que nasce do “não posso”, “não consigo”, “não devo”, “não mereço”. Complexidade que surge dos medos, da auto-exigência, da culpa e da não verdade.
Simples assim, sou eu. Eu…Simples Assim!
Cara a cara com a minha cara. Cara a cara com o meu coração, Cara a cara com desejos, pensamentos e sensações. Cara a cara com a minha “casa” – casa cheia, vazia, grande, pequena, transbordante, minguada… Cara a cara comigo, com você, com o mundo e com o simples que pode estar presente em tudo que tornamos complicado.
Simples… Assim!
Temos um encontro marcado com o “simples”, seja ele complexo ou não. Temos um encontro marcado com “Eu…Simples Assim!”
Até lá!
Maria Teresa Guimarães Pinto Peixoto
“O que impede a mudança são principalmente nossas ideias preconcebidas a respeito do mundo, da vida e de nós mesmos, que um pretenso “bom senso” nos inculcou desde a infância.
Um mesmo problema pode ter diversas soluções.”
Françoise Kourilsky – Belliard
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