Dia 21 de Setembro: Dia da Árvore!
Amo aqueles que plantam árvores sabendo que não se assentarão à sua sombra. Plantam árvores para dar sombra e frutos àqueles que ainda não nasceram.
Rubem Alves (Ostra Feliz Não Faz Pérola)
Amo aqueles que plantam árvores sabendo que não se assentarão à sua sombra. Plantam árvores para dar sombra e frutos àqueles que ainda não nasceram.
Rubem Alves (Ostra Feliz Não Faz Pérola)
Poder ouvir, acolher, compreender, tudo no seu tempo certo, adequado, com calma e amorosidade, permite tornar o meu trabalho como psicoterapeuta, cada vez mais prazeroso e fortalecedor. Trabalhando de forma respeitosa nessa via de duas mãos, terapeuta e cliente, em mútua colaboração, encontram o ponto sob medida para a necessária e saudável transformação.
Gratidão aos deuses, aos mestres que me ensinaram o valor do tempo e da paciência para me aproximar com humildade, dessa experiência de troca e disponibilidade para me colocar no lugar daquele que está diante de mim a cada sessão, e a vocês clientes amigos, que por aqui passaram, que por aqui estão e os que, por ventura, poderão chegar, se assim desejarem, por permitirem a realização de um sonho que começou aos meus 13 anos de idade: Ser Psicóloga. Ser Psicoterapeuta.
O Terapeuta não é uma “pessoa de quem se supõe saber”, mas uma “pessoa de quem se supõe que saiba escutar”. Toda a sua formação consistirá portanto nesse difícil aprendizado da Escuta. Em primeiro lugar, escutar a natureza, decifrar a árvore, a nuvem, o movimento dos astros do céu, para melhor ouvir o Logos que informa todas as coisas e que está no princípio da criação..
Jean-Yves Leloup (Cuidar do Ser – Fílon e os Terapeutas de Alexandria)
Para o Terapeuta o mais importante, então, é “não ter medo de ter medo” e aprender a olhar cara a cara aquilo que se teme, a fim de aí reconhecer a parte de nossas projeções ou dos nossos desejos recalcados. Cabe ao Terapeuta poder escutar, sem angústia, a angústia do outro. Dessa escuta não contaminada podem nascer uma certa descontração e um certo repouso, pois o fóbico está fatigado, esgotado às vezes, de tanto lutar contra si mesmo.
Jean-Yves Leloup (Cuidar do Ser – Fílon e os Terapeutas de Alexandria)
Quem quer faz, se compromete, cria vínculos. Quem quer melhorar a si mesmo dá a cara à tapa, se encara, olha no olho. Quem quer, apesar da dor da verdade, se olha no espelho e se sacode.
E na Psicoterapia é assim. A pessoa que busca a terapia, busca a sua alma, se desnuda para si mesma, se revela ao seu próprio coração e assina embaixo.
Na Psicoterapia, como em toda relação de ajuda, existe um contrato, onde psicoterapeuta e paciente assinam embaixo. O compromisso é mútuo e também individual. Ambos escolhem aprender e transformar.
Na Psicoterapia, acreditar que o investimento é só financeiro, é um grande engano. Na psicoterapia investe-se o valor do auto respeito, do auto amor, da vontade de ser cada vez mais leal ao que se é verdadeiramente.
Na Psicoterapia como na vida, o tamanho do investimento depende do caminho que se escolhe percorrer para estar cada vez mais perto daquilo que se considera a fiel representação do “meu ser integral”.
Grata!
A Alma sabe viver. O ego talvez saiba… mas não por muito tempo. Em primeiríssimo lugar, reaprenda a confiar no ponto de vista da alma.
É a alma que nos leva a verbalizar o que precisa ser reformulado em nós mesmos, em nossa casa, em nossa família, em nossas amizades, em nossa política, em nossa espiritualidade, em nossos meios de sobrevivência, em nossa vida criativa, em nossas preocupações com corações e almas do mundo inteiro. É a alma que nos leva então a empreender, em cada um desses campos de ação ao nosso alcance, o que for necessário e não importa o que possa ser feito agora, para ajudar a “fazer a limpeza”. A limpeza de cada área da vida está focalizada na ideia de abrir espaço para o Divino encontrar abrigo conosco, com outros, em cada sala de trabalho, em cada reunião, em cada margem do rio, em cada mesa.
Clarissa Pinkola Estés (Libertem a Mulher Forte)
Para vocês papais de ontem, de hoje e de amanhã, eu dedico esta homenagem, celebrando com alegria a vida que lhes apontou e aponta o caminho do amor, da escuta, da acolhida, da superação e do encanto, nessa escola de aprendiz de Pai.
Tendo você aprendido ou não. Tendo você tentado ou não. Tendo você transformado ou não, eu digo “Parabéns pra Você” por ter concebido e gestado. Eu lhe dou Parabéns por você ter doado parte do seu ser e assim, possibilitado a chegada no nosso mundo terreno, de mais uma vida que seguirá na escola de aprendiz de “Ser”.
Quando vemos a nós mesmos como seres concebidos para expressar a total criatividade da nossa vida, podemos então compreender nossos hábitos, nossos devaneios, nossas fantasias, nossos valores e as dualidades da nossa personalidade, e usá-los a serviço dessa expressão. Não são apenas as nossas palavras, trabalhos e relacionamentos que nos descrevem enquanto seres individuais. O que importa é aquilo que somos. E talvez os aspectos controvertidos da nossa personalidade estejam adicionando um certo matiz, um certo tom ou o ímpeto necessário para energizar o nosso movimento em direção ao eu e à expressão vital e criativa do nosso próprio ser.
Marsha Sinetar em “Ao Encontro da Sombra” (Connie Zweig e Jeremiah Abrams – orgs.)
“Dentro de cada um de nós há um outro que não conhecemos. Ele fala conosco através dos sonhos”
(Jung)
Toda colaboração onírica é essencialmente subjetiva e o sonhador funciona, ao mesmo tempo, como cena, ator, ponto, contrarregra, autor, público e crítico. Esta interpretação, como diz o próprio termo, concebe todas as figuras do sonho como traços personificados da personalidade do sonhador.
Jung, 2000, p. 204, pt. 509
É descobrir que a vida está logo ali.
É descobrir que pessoas estão aqui.
É enxergar um palmo além do nariz
E perceber que ainda sentimos perfumes no ar.
E fecharmos os olhos e ainda assim sabermos que o sol continua a brilhar.
E abrindo os olhos encontrarmos a luz do luar.
Olhar no entorno
É suspeitar que além do entorno tem algum outro lugar.
E que esse lugar nos faz viajar
E que essa viagem nos permite voar.
E que esse voo nos faz ressuscitar.
Olhar no entorno
É vislumbrar as cores de um mundo que um dia você poderá visitar.
Receber você,
Olhar para Você,
Te ouvir,
Te escutar,
Oferecer a possibilidade do bem-estar,
Te acolher.
E, com a sua permissão, seguirmos o caminho para a transformação.
E tudo isso só é possível…
Quando me recebo,
Quando olho para mim,
Quando me ouço e me escuto
E ofereço a mim a possibilidade de ser…
E me acolho.
E me transformo.
E te agradeço.
“(…) o desenvolvimento da personalidade […] é uma questão de dizer sim a si mesmo, de se considerar como a mais importante das tarefas, de ser consciente de tudo o que se faz, mantendo-se constantemente diante dos olhos em todos os nossos dúbios aspectos.”
Jung, 2003, § 24, Vol. XIII
Inevitavelmente, esse comportamento gera situações perturbadoras, porque interrompe a corrente vital do intercâmbio direto, pessoa a pessoa, que proporciona calor e afetividade reais. Na comunicação virtual, a imaginação exorbita e o pensamento constrói valores distantes da realidade. As frustrações e ansiedades encarregam-se do imaginário que delira com significados que não têm existência legítima, elaborando vivências impossíveis de serem mantidas. O self necessita da convivência direta com outrem, do contato físico para externar os sentimentos, enquanto o ego afasta o ser humano da convivência saudável, provocando conflitos, especialmente desconfiança, irritabilidade, medo, insegurança em geral, de acordo com a própria estrutura emocional…
Joanna de Ângelis (Refletindo a Alma – Núcleo de Estudos Psicológicos Joanna de Ângelis)
No caminho de…
Vislumbrando a aproximação…
Sentindo no coração…
O sangue que pulsa na emoção…
O corpo que vibra na possibilidade…
De chegar…
De olhar…
De falar…
De ouvir…
E de tocar…
“Enamorando-se”
Chego perto de mim
“Enamorando-se”
Busco os meus prazeres
“Enamorando-se”
Me transformo,
Me admiro,
Me aceito,
Me abraço
“Enamorando-se” de mim
Me enamoro de você
Flores e Amores para mim, para você e
Para o Mundo…
Feliz Dia dos Namorados!
Eu não sou você
Você não é eu
Mas sei muito de mim
Vivendo com você.
E você, sabe muito de você vivendo comigo?
Eu não sou você
Você não é eu.
Mas encontrei comigo e me vi
Enquanto olhava pra você
Na sua, minha, insegurança
Na sua, minha, desconfiança
Na sua, minha, competição
Na sua, minha, birra birra infantil
Na sua, minha, omissão
Na sua, minha, firmeza
Na sua, minha, impaciência
Na sua, minha, prepotência
Na sua, minha, fragilidade doce
Na sua, minha, mudez aterrorizada
E você se encontrou e se viu, enquanto olhava pra mim?
Eu não sou você
Você não é eu.
Mas foi vivendo minha solidão que conversei
Com você, e você conversou comigo na sua solidão
Ou fugiu dela, de mim e de você?
Eu não sou você
Você não é eu
Mas sou mais eu, quando consigo
Lhe ver, porque você me reflete
No que eu ainda sou
No que já sou e
No que quero vir a ser…
Eu não sou você
Você não é eu
Mas somos um grupo, enquanto
Somos capazes de, diferenciadamente,
Eu ser eu, vivendo com você e
Você ser você, vivendo comigo.
Madalena Freire
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