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Para Refletir

Toda semana um novo texto.
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Paiêêêêêêêêêê!!!!!!

06 ago 2021
Maria Teresa Guimarães

Pois é. Agora também é assim. Além de “manhêêêêêêêêê”! Já de algum tempo passamos a ouvir o “paiêêêêêêê”!

Tive o privilégio de ter tido um pai bastante presente. Nada a reclamar. Meu pai não veio com defeito. Alguns arranhõezinhos de fábrica, mas nada que impedisse a nossa boa convivência. Atenção, afeto, cuidado e muito amor, sempre presentes. Claro que também tinha os momentos das broncas, mas que eram esquecidos no instante seguinte. Sem mágoas, rancor, zangas que durassem mais de alguns minutos. Para ele, era perda de tempo fincar pé nas discussões.

E é isso que tenho observado ao longo dos últimos tempos. Cada vez mais a participação dos pais na vida de seus filhos. Reuniões da escola, idas a médicos, levando ou buscando no colégio, cuidando da alimentação, saídas para diversão, passeios, viagens. Pais cada vez mais presentes. Parabéns!

E que seja respeitado o jeito próprio de ser pai. Mamães, não atrapalhem, acreditando que só vocês sabem cuidar dos filhotes. Os papais também sabem. Confiem! Apenas o fazem de um outro jeito. Talvez mais displicentes, relaxados, liberais, menos atentos ao que, para nós, mamães, é de fundamental importância. Pais são mais leves, menos preocupados, confiam na capacidade do filho de se virar. Talvez tenham mais confiança na vida.

Algumas passagens da minha infância, que me faziam achar meu pai mais legal que minha mãe, sempre estavam ligadas a situações com menos regras, mais transgressoras, ousadas, que tornavam os momentos mais divertidos. E, o mais legal, os segredos dessas coisas inadmissíveis ao olhar de mamãe. Cumplicidade que era comunicada pelo olhar, pelo sorriso disfarçado, por uma piscadela de “ok, entendi”. Cúmplices até… Foi assim.

E nesse Dia dos Papais, os de ontem, de hoje e de amanhã, eu desejo mais e mais afeto, carinho, amor, respeito e leveza no convívio com os filhos, com as filhas, com a família. Nunca esquecendo de preservar tempo e espaço para acolher o que contribui para relações mais verdadeiras, leais e amorosas: o respeito por si próprio!

Os filhotes agradecem.

Obrigada pai!

Maria Teresa Guimarães

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Sobre renascer para a liberdade

30 jul 2021
Maria Teresa Guimarães

Voz ao verbo 160 – Ancestrais

Quantas gerações dormem dentro de um sonho?
Seus bisavós, avós, seus pais?
Às vezes são tantas, que nem você desperta mais
Mas um sonho não é um bastão de frustrações hereditárias
Por mais que hajam opiniões contrárias
Basta que uma pessoa seja a favor de fazê-lo acontecer:
Sim, você.

Pensa nessa vida como se fosse uma viagem
Nossos ancestrais nos deram a passagem
Mas ninguém pode viajar no lugar de alguém

Quem nunca escutou frases como:
Sempre foi assim na nossa família,
Isso não está no nosso sangue, não é pra gente
Nem tente, porque ser realizado não é nossa realidade
Tenha vontade, mas tenha mais limites.

Eu diria, respeite essas opiniões, mas não acredite

São escolhas, existe uma diferença
Entre quem diz que sabe o caminho e quem caminha
Repito, respeite: cada um fez o que pôde
Com as possibilidades que tinha

Por isso não existe culpa
O que nos deixa estagnados
É viver olhando pra trás procurando culpados
Aquele que é capaz de olhar o passado
E agradecer, já entendeu:
Por mais parecidos que sejam os caminhos
Cada um tem que fazer o seu

Os que vieram primeiro nos deram a chance
De aprender até como erros
Honrar as antigas gerações
É cortar o cordão umbilical das frustrações

Isso é dar à luz à própria vida
É renascer pra liberdade
Assumir a responsabilidade do seu sonho
É escolher sua realidade.

Allan Dias Castro.

 

 

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Contradança

23 jul 2021
Maria Teresa Guimarães

Bem antes de te conhecer, eu já possuía
expectativas e imagens essenciais;
sem fundamento em crenças, ideologias,
eu já sabia que o especial, na vida,
se o houvesse (e haveria!),
viria dali; encontro ou reencontro,
em uma curva deste tempo, em algum ponto
onde o impulso pueril das fantasias
não estava mais.

Não te buscava: buscava paz e sentido,
e era o que também buscavas, e algo mais.
Da infância como bailarina, eu te trazia,
e já sabia, com o faro de menina,
que há que achar o passo e o ritmo da vida,
e executá-lo com beleza e maestria.

Munida com minha intuição e tua certeza,
Desde este então, temos bailado e bailado,
honrando o pacto entre nós, nossa ousadia,
que, um dia, por alguém, nos foi atribuída,
de circular em espirais, quando houver vida,
dançando, ainda que a canção não toque mais.

Lúcia Helena Galvão.

 

 

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O gato e o escuro

16 jul 2021
Maria Teresa Guimarães

O escuro ainda chorava:
– Sou feio. Não há quem goste de mim.
– Mentira, você é lindo. Tanto como os outros.
– Então por que não figuro nem no arco-íris?
– Você figura no meu arco-íris.
– Os meninos têm medo de mim. Todos têm medo do escuro.
– Os meninos não sabem que o escuro só existe dentro de nós.
– Não entendo, Dona Gata.
– Dentro de cada um há o seu escuro. E nesse escuro só mora quem lá inventamos. Não é você que mete medo. Somos nós que enchemos o escuro com os nossos medos.

Mia Couto, O gato e o escuro

 

 

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Há tanto jeito de abraçar!

09 jul 2021
Maria Teresa Guimarães

O abraço que eu não posso
O abraço que eu não posso te dar.
Vai, enfim, na forma de oração;
De pensamento
Uma porção.
Assim, difícil de explicar.

Vai valente, pulsante,
Vai na corrente de ar.
Vai agora, neste instante,
Não dá pra segurar.

Há tanto jeito de abraçar:
O canto,
O verso,
O pão que eu faço,
Feliz em compartilhar.

O abraço que eu não posso te dar
Vai certeiro pelo ar.
Vai seguir teus passos
E ao teu lado sempre estar.

* * *

Sentimos falta do abraço.

É de nossa cultura a expressão afetuosa que envolve o toque, o contato físico. Sabe-se que o abraço carinhoso tem um poder sem igual, revitalizante e curador. Segundo alguns estudiosos, o abraço amplia nosso sentimento de autoaceitação, minimiza ansiedade e estresse, libera dopamina, o hormônio do humor e da motivação. Além disso, fortalece nossas conexões, possibilitando o exercício do perdão, apoio e amor. Em resumo, é essencial para nossas vidas.

Mas, o que fazer quando ele nos falta?

O que fazer quando, para preservar o outro, somos obrigados a nos manter afastados fisicamente? É aí que entra nossa criatividade e também o conhecimento da realidade do Espírito.
Há muitas outras formas de abraçar. A parte física do abraço é apenas uma pequena porção de uma expressão muito maior. Quem abraça não é o corpo. Abraçamos utilizando este corpo, que hoje existe e amanhã não existirá mais. Abraçamos com a alma, ou com o coração, utilizando dessa referência tão comum na esfera dos nossos sentimentos.

Quando oramos por alguém, com sinceridade, estamos abraçando. Quando telefonamos para saber como o outro está, oferecendo alguns minutos para ouvir, doando nosso sorriso, nosso ombro amigo, estamos abraçando. Quando fazemos uma gentileza, alguma produção própria com a qual presenteamos as pessoas, estamos igualmente abraçando. Quando, finalmente, abrimos nosso coração, proferindo doces palavras, destacando qualidades, expressando nossa admiração, nosso amor a alguém, estamos lhe dando um forte e poderoso abraço.

Assim, não nos preocupemos em demasia pela falta do contato físico temporal. Encontremos outras formas de nos relacionarmos. Continuemos doando o abraço, o carinho, o interesse, de diferentes formas. Alguns escrevem poemas expressando seu amor. Outros alimentam e cozinham algo de especial, pensando no próximo. Alguns enviam seu canto para consolar. Há aqueles que oram, enviando o abraço dos fluidos invisíveis que revigoram tanto aquele que oferece quanto aquele que recebe.

Lembremos que somos Espírito e temos um corpo. Quem abraça é o Espírito. Então, pensemos de que forma podemos abraçar à distância. Cada um encontrará o seu jeitinho, a sua maneira, dentro de suas possibilidades infinitas de Espírito, neste Universo onde tudo está conectado.

Estamos mais próximos uns dos outros do que imaginamos. A conexão entre a criatura e o Criador é de nossa essência. Também o laço existente entre todos os filhos do Grande Pai.

Redação do Momento Espírita, 19/11/2020.

 

 

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A minha Lua

02 jul 2021
Maria Teresa Guimarães

A lua me inspira, me acalma e torna a minha respiração mais fluida. Na sua presença o ar é mais puro, tudo parece acontecer com naturalidade num ritmo compassado.

A mente se aquieta, silencia e aguarda.

O coração toma o lugar da visão e nada mais é visto como ameaçador. A tensão é dissipada dando lugar à presença do sentimento de fé na vida.

Olho agora para a lua e a entrega acontece.

Bem-vinda!

Maria Teresa Guimarães

 

 

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Em tempos de ternura minguada

25 jun 2021
Maria Teresa Guimarães

Ser sensível nesse mundo requer muita coragem. Todo dia. Esse jeito de ouvir além dos olhos, de ver além dos ouvidos, de sentir a textura do sentimento alheio tão clara no próprio coração e tantas vezes até doer ou sorrir junto com toda sinceridade. Essa intensidade toda em tempo de ternura minguada. Esse amor tão vívido em terra em que a maioria parece se assustar mais com o afeto do que com a indelicadeza. Esse cuidado espontâneo com os outros. Essa vontade tão pura de que ninguém sofra por nada. Essa saudade, que às vezes faz a alma marejar, de um lugar que não se sabe onde é, mas que existe, é claro que existe. Essa vontade de espalhar buquês de sorrisos por aí, porque os sensíveis, por mais que chorem de vez em quando, não deixam adormecer a ideia de um mundo que possa acordar sorrindo. Pra toda gente. Pra todo ser. Pra toda vida.

Eu até já tentei ser diferente, por medo de doer, mas não tem jeito: só consigo ser igual a mim.

Ana Jácomo

 

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Apenas brincando…

18 jun 2021
Maria Teresa Guimarães

Quando me virem a montar blocos
A construir casas, prédios, cidades
Não digam que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender sobre o equilíbrio e as formas
Um dia, posso vir a ser engenheiro ou arquiteto.

Quando me virem a fantasiar
A fazer comidinha, a cuidar das bonecas
Não pensem que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a cuidar de mim e dos outros
Um dia, posso vir a ser mãe ou pai.

Quando me virem coberto de tinta
Ou a pintar, ou a esculpir e a moldar barro
Não digam que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a expressar-me e a criar
Um dia, posso vir a ser artista ou inventor.

Quando me virem sentado
A ler para uma plateia imaginária
Não riam e achem que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a comunicar e a interpretar
Um dia, posso vir a ser professor ou ator.

Quando me virem à procura de insetos no mato
Ou a encher os meus bolsos com bugigangas
Não achem que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a prestar atenção e a explorar
Um dia, posso vir a ser cientista.

Quando me virem mergulhado num puzzle
Ou nalgum jogo da escola
Não pensem que perco tempo a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a resolver problemas e a concentrar-me
Um dia posso vir a ser empresário.

Quando me virem a cozinhar e a provar comida
Não achem, porque estou a gostar, que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a seguir as instruções e a descobrir as diferenças
Um dia, posso vir a ser Chefe.

Quando me virem a pular, a saltar a correr e a movimentar-me
Não digam que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender como funciona o meu corpo
Um dia posso vir a ser médico, enfermeiro ou atleta.

Quando me perguntarem o que fiz hoje na escola
E eu disser que brinquei
Não me entendam mal
Porque a brincar, estou a aprender.
A aprender a trabalhar com prazer e eficiência
Estou a preparar-me para o futuro.
Hoje, sou criança e o meu trabalho é brincar.

Anita Wadley.

Ilustração: Vector Vectors by Vecteezy

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Namorar! Êta coisa boa!

11 jun 2021
Maria Teresa Guimarães

Namorar é querer estar junto.
Junto daquela pessoa que faz o friozinho na barriga chegar, que faz o coração palpitar, que traz colorido e gosto de quero mais. E do marasmo nos faz afastar.

Ahhhh, namorar é suspirar!
Namorar é trocar brilho no olhar, é se deixar levar sem saber pra onde. É passear nas nuvens. É calor em dias frios, é frio nos dias quentes. Namorar é destemperar.

Ahhhh, Namorar é respirar!
Namorar é chegar perto com doçura e tesão. Namorar tem fogo, tem paixão. Tem beijo, abraço e amasso. Tem afago no coração.

Ahhhh, Namorar é se emocionar!
Namorar é rir por nada, é chorar por tudo. É acalmar. É amar.

Namorar é bagunçar as regras.
Namorar é soltar.

Feliz mais um Dia de Namorar!

Maria Teresa Guimarães.

 

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Deus, natureza e o homem

04 jun 2021
Maria Teresa Guimarães

Lembro-me de uma maravilhosa palestra proferida por Daisetz Suzuki, em Ascona, Suíça… e lá estava aquele grupo de europeus na plateia e um japonês, um filósofo Zen – tinha cerca de noventa e um anos na época. Ele ficou em pé, conservando as mãos ao lado do corpo, e olhando para a plateia dizia:

“A natureza contra Deus. Deus contra a natureza. A natureza contra o homem. O homem contra a natureza. O homem contra Deus. Deus contra o homem. Religião muito engraçada!”.

Joseph Campbell em A Jornada do Herói.

 

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Laços

28 maio 2021
Maria Teresa Guimarães

Quando enlaço com o cipó as partes de bambus, para fixá-los na cerca, jamais consigo pensar. Apenas sinto intensa excitação, um certo gozo de harmonia grande, algo que às vezes me faz chorar de alegria: eu sou o laço. E o laço está certo, tão certo como flor… Ao juntar dois bambus maduros, o laço apenas os abraça com pouca pressão, pois eles não têm excessos de viço para se evaporar, e quase não diminuirá, com o tempo, a força da junção.

Se são secos os dois, o laço parece tênue e fraco; mas não é. Não são necessárias fortes pressões para mantê-los juntos, pois os dois não têm mais como se transformarem.

Com dois verdes, o laço os aperta um ao outro com paixão e envolvência; abraçados fortemente, gemem no gozo de união tensa e estalam, rangem de prazer sob o sol, o vento e a chuva. Eles querem… e o laço tem de ser forte. Se for frouxo eles logo se separam, caindo da cerca assim que o viço começar a desaparecer.

Floro Freitas de Andrade, O Fazedor de Cercas.

 

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Fique bem!

21 maio 2021
Maria Teresa Guimarães

…Sempre ouvi isso, mas para mim soava como se a pessoa que recomenda à outra que fique bem está se eximindo de qualquer responsabilidade por aquela dali para frente. Isso porque me sugeria que enquanto estivéssemos juntos eu estaria bem, mas depois de nos separarmos, eu poderia ficar algo próximo de “por sua conta e risco, por isso trate de ficar bem”.

Minha mãe nunca me disse “fica bem”. As palavras dela ao se despedir de mim sempre foram: “Deus te proteja” ou “Cuide-se por mim”.

Há uma diferença enorme nestas duas formas de despedida. Vindo da minha mãe, eu sentia como se ela quisesse estar ao meu lado a todo momento. Não sendo possível, ela pedia a Deus que me protegesse e também que eu me cuidasse, para voltar inteira para os braços dela.

Inevitáveis comparações me acompanharam durante bastante tempo.

Minha mãe tinha se doado muito a mim. E eu ainda nem tinha a dimensão do quanto efetivamente. Tudo ainda estava se desvendando…

Jerusa Nina, O Piano.

 

 

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Ressignificando a vida

14 maio 2021
Maria Teresa Guimarães

Há mais de um ano a realidade da morte está nos rondando como nunca. E se aproximando cada vez mais. Não são mais os “outros”. Somos todos nós. Do desconhecido ao familiar, passando pelos amigos próximos e distantes.

Diante de tantas perdas, nossos alicerces, antes mais confiáveis, hoje os colocamos em cheque. Como vínhamos construindo as nossas bases? Como estamos cuidando das nossas raízes? O que estamos fazendo para preservar a vida? Não só a minha ou a sua. Mas a vida em unicidade, ampliando a visão para o que percebemos, sentimos e fazemos na vida “com”, “para” e “por meio de”.

A morte sempre fez e continuará fazendo parte da vida. No entanto, hoje, a morte está fazendo parte da morte. Estamos morrendo pela morte da compaixão, da solidariedade, do respeito, do diálogo, das trocas e da simplicidade. Estamos morrendo por deixar matar o sentimento de querer o bem do próximo, por d01eixar matar a capacidade da escuta amorosa que permite refletir, avaliar, reavaliar e mudar. Estamos nos deixando morrer por excesso de “eus” e pela escassez do “nós” e de “vocês”. Matando o outro, nos matamos aos poucos.

Porém, para que todo esse estado de morte se transmute em vida e para que tenhamos consciência do cumprimento do dever de casa, perante a oportunidade de aprendizado durante todo esse tempo de pandemia, será necessário nos colocar diante de nós mesmos, cara a cara, olho no olho, e começarmos a nos questionar: O que está excessivo na nossa vida? O que estamos dispostos a perder em prol de um mundo mais justo? Durante esses quase um ano e meio de restrições, o que realmente nos fez falta e o que verdadeiramente nos preencheu? E, ainda mais importante, rever o nosso verdadeiro significado de liberdade.

E que deixemos a morte livre e íntegra, cumprindo o seu papel natural no seu lugar de origem: na vida.

Maria Teresa Guimarães.

 

 

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Olá, Mães!

07 maio 2021
Maria Teresa Guimarães

Mãe de Maio
Mãe do ano
Mãe do dia de ser e de não ser… mãe
Mãe de si, do filho, de você… de mim.

Mãe de sempre… desde lá…
Mãe de um tempo de ser
Mãe de acolher e de ser acolhida
Mãe que será… um dia.

Mãe da casa aberta pra vida
Mãe do céu, da terra, da natureza
Mãe que combina com cor
Mãe que se fecha na dor

Mãe que respira e inspira amor
Mãe que se recolhe no direito de não estar
Mãe no olhar adiante, distante…
Mãe na escuta gentil.

Mães dos abraços, das beijocas, dos cheiros, que protegem, que liberam, que cuidam e que deixam ir…

Feliz nossos dias!!!!!

Maria Teresa Guimarães.

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Eu nos outros

30 abr 2021
Maria Teresa Guimarães

Estava caminhando pela rua quando passei por uma mulher muito charmosa, e seu charme era consequência de diversas escolhas acertadas, a começar pelo cabelo. Um corte chanel repicado, rebelde, volumoso, e uma franja comprida e displicente que dava ao look um ar de acordei assim e saí pra rua, e deve ter acontecido mesmo, ela acordou e saiu pra rua sem nem se olhar no espelho antes, tinha um cabelo que não dava trabalho e a deixava com uma aparência moderna e jovial, mesmo com seus 40 e tantos. Pensei: adoro cabelo curto. Nas outras.

Como ela usava uma camiseta regata, vi que tinha uma grande tatuagem no braço. Era um desenho estilizado, parecia uma padronagem de tecido, não era uma frase, um bicho ou qualquer coisa distinguível – apenas um desenho abstrato que para ela, e só para ela, fazia todo o sentido e a personalizava num grau único. É provável que ela tivesse também tatoos mais delicadas atrás da nuca, no pulso ou no tornozelo, mas a do braço, imensa, era um ato de bravura. Era uma mulher tão colocada, tão escandalosamente ela mesma, que também me senti tudo isso pelo simples fato de apreciar nela o que não tenho a audácia de fazer em mim. Adoro tatuagens. Nos outros.

E ela carregava nas mãos uma jaqueta de couro vermelha. Eu nem precisava ver como ela ficaria vestida com a jaqueta, simplesmente todas as blogueiras de street style a perseguiriam com suas lentes se a vissem caminhando com aquela displicência de quem nasceu para desfilar com uma jaqueta de couro vermelha no meio da tarde de uma segunda-feira a caminho de um encontro com algum amante libanês (não parecia uma mulher que estava indo à missa). E lá se foi ela portando nas mãos aquela peça vermelha que eu achei incrível, eu que não tenho uma única peça vermelha no guarda-roupa, e indo ao encontro de um fantasioso amante libanês que tampouco faz parte do meu currículo.

O que me impede de tosar o cabelo, fazer uma tatuagem no braço e comprar uma jaqueta vermelha? Nada. Simplesmente acontece de a gente gostar muito de certas coisas, mesmo não tendo impulso suficiente para adotá-las como nossas. É um exercício elevado de apreciação: saúdo quem acorda às 5h da manhã para correr e também quem atravessa a noite dançando – não faço uma coisa nem outra.

Admiro quem tira um ano sabático para meditar num ashram e também quem vai a Nova York de três em três meses. Quem decide não ter filhos e quem tem e ainda adota alguns. Quem coleciona amantes e quem mantém um único e eterno casamento. Quisera eu poder contar com sete vidas para abraçar todos os jeitos de ser e de estar no mundo, mas tendo uma vidinha só, faço as escolhas que melhor me identificam, sem deixar de aplaudir as minhas renúncias. A todas as outras mulheres que não sou – ou que não sou ainda – meu sorriso e uma piscadinha cúmplice.

Marta Medeiros, Zero Hora – 27/04/2014.

 

 

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