Minha Alma Outonal!
Este texto, publicado em 23 de março de 2018, continua atual. Vale, portanto, a lembrança
Menos brilhante, mais alaranjada, menos fervilhante, mais sossegada. É assim que minha alma se apresenta neste outono, ainda com resquícios de verão, porém na serenidade de quem aguarda a promessa de vibrações mais acolhedoras e ativas, ainda que em compasso de espera. Minha alma sabe que o novo, após o recolhimento do inverno, está por vir.
Em tempo de semeadura para alimentar e fortificar, minha alma com sua sabedoria, se manifesta sacudindo a terra com a esperança da renovação tão necessária para a qualidade da nossa luz.
Nossa alma outonal sabe que sabe.
Só nos resta deixar que ela extrapole as fronteiras do obscurecimento, que tanto nos deixam cegos, surdos e mudos, embotando a nossa intuição.
Escutar a alma, sentir o coração, abrir os poros para que nossa essência nos seja apresentada, é o caminho que possibilita o contato com as energias desse outono que, chegando de mansinho, nos conquista e nos prepara para a reconstrução de uma nova existência.
Maria Teresa Guimarães