Máscaras, pandemia e poder
As máscaras e seus simbolismos:
Ocultar, disfarçar, fazer de conta, fantasiar e revelar o que não conseguimos, de cara limpa, expressar.
Nessa pandemia, o uso da máscara, com a sua função de preservar a saúde física, saiu dos meios médicos e seguiu rumo à humanidade. Seu uso se ampliou para o mundo, como representante do cuidado e da proteção individual e coletiva.
No entanto, para muitos, ela revela nesse momento, fraqueza, submissão, discriminação, preconceito. E, num ato insano de retirar a máscara, ficam reveladas as atitudes de rebeldia, poder e dominação.
Em ambas situações, a máscara como mentira e, agora, a necessidade de retirá-la, mostra, claramente, a fraqueza, a insensatez e o retrocesso do ser humano. Com uma diferença: no primeiro caso, a máscara que esconde, adoece a própria pessoa que se oculta por detrás dela. No segundo caso, a pessoa que a retira como demonstração de poder, adoece a si e ao próximo, revelando assim, o aspecto mais egoista do ser humano.
Neste momento de pandemia quantas faces da ignorância e do desamor estão sendo reveladas.
Com ou sem máscara, o oculto se revela.
Maria Teresa Guimarães