Estou aqui tentando escrever algo interessante e bonito sobre o Dia dos Pais. Confesso que está difícil. Embotei. Sabe-se lá porquê! Talvez porque nestas datas comemorativas temos que ser politicamente corretos, demonstrando amor, afeto, compreensão, alegria, mesmo não estando, nesse dia em particular, muito afeitos a essas doações…
Mesmo não vivendo, nesse momento, sentimentos tão sublimes – e não quero dizer aqui que por falta de amor, mas por não ser o momento mais adequado, talvez –, temos que comemorar, homenagear, inventar o almoço de domingo, o almoço do “Dia dos Pais”.
Fico imaginando quantos filhos querem de fato viver esse momento assim, de forma convencional. Fico imaginando quantos pais desejam sair do seu “lar doce lar” num domingo em que o mundo parece pensar igual. Acho que exagerei um pouco. Mas só um pouco. Restaurantes cheios, restaurantes cheios, restaurantes cheios…
Não consigo ver as famílias pensando em algo criativo que realmente seja do gosto do pai.
Pois é. Definitivamente não estou nada inspirada para escrever algo “comum”, que fale de amor, das maravilhas e delícias de ser pai.
Estou inspirada sim, para dar uma sacudida em você papai, em vocês pais de todas as idades e de todos os tempos, estou inspirada a dar esse sacode para que vocês pensem no que verdadeiramente gostariam de receber como homenagem no seu domingo do dia dos pais. Permitam-se sentir, pensar, desejar e realizar a sua forma, sob medida, de se homenagear e de ser homenageado. Acho que a grande homenagem é se respeitar e viver aquilo que trará para sua vida um momento de prazer, de paz, de alegria e amor. Enfim, um momento essencial e deliciosamente sublime. Mesmo que seja no restaurante lotado…

Faço aqui a minha homenagem especial ao meu papai, que há 12 anos está em outra dimensão e tão presente no meu coração, sendo grata à vida que ele me proporcionou. E mais agradecida ainda por ter, muitas vezes, me liberado e nos liberado, dessas convenções.

Felicidade papais!
Felicidade no “Seu” Dia do Pai!!!!!