A Vida Como Ela É. Aceitação ou Resignação?
Aceitamos ou nos resignamos diante dos fatos “naturais” da vida?
Aceitamos ou nos resignamos diante das “pressões” da vida?
Aceitamos ou nos resignamos diante das regras “impostas” pela vida?
Aceitamos ou nos resignamos diante das “limitações” que nos imputamos?
Aceitamos ou nos resignamos diante dos conflitos internos e da dúvida entre “ser”o que somos ou “ser” o que não somos?
Aceitamos ou nos resignamos diante do “psicologicamente” correto: respeitar o limite do outro sem nos desrespeitar ou nos respeitar sem desrespeitar o limite do outro? Parece a mesma coisa? Mas não é.
Parece confuso, não? E é confuso. É assim. Mas, será que precisa ser assim?
Regras de conduta. Regras de limites. Regras da “boa” alimentação, Regras da “boa” convivência. Regras da “melhor” escolha. Regras da “boa” saúde. Regras da longevidade. Regras da prosperidade… Regras, regras, regras…
Aceitamos ou nos resignamos diante de tantas regras?
Aceitamos ou engolimos goela abaixo limites ou opressões que vêm de fora?
Limite ou opressão? Está aí uma questão a ser pensada. É o limite do outro que temos que respeitar ou é o outro a nos calar e a nos paralisar pela opressão?
A responsabilidade é do outro que nos cala ou é nossa que aceitamos calar.
A responsabilidade é do outro que nos freia ou é nossa que aceitamos frear?
Se engolimos e sufocamos é em prol da liberdade e do limite imposto pelo outro? Ou se engolimos e sufocamos é em prol dos nossos medos de ultrapassarmos o limite do outro? Ou, quem sabe, ultrapassarmos o que acreditamos ser o nosso limite?
Mas que limite é esse? Que respeito é esse? Qual é a verdadeira liberdade?
Nos libertamos falando ou nos libertamos calando?
Nos libertamos “indo” ou nos libertamos “ficando”?
A verdadeira liberdade, a verdadeira aceitação, “ser verdadeiramente”, está no caminho do meio? Mas este meio é o quê? O meio é “verdadeiramente” equilíbrio?
Equilíbrio, equilibrar, igualar. “Meio a meio”, Mas,,,e as nossas diferenças? E a nossa individualidade? E a nossa essência? Dá pra equilibrar se cada um de nós tem uma natureza própria?
Respostas? Não tenho. Mas será que tem que ter respostas?
Quem sabe? O que é certo? O que é errado?
Acho que aqui sim está a verdadeira liberdade. Somos livres para pensar. Somos livres para questionar. Somos livres para responder. Somos livres para não responder. Somos livres para “ser”.
Ser assim: aceitando, resignando, experimentando. Somos livres para acertar e para errar.
Somos livres para Ressignificar.
Maria Teresa G. P. Peixoto
Psicoterapeuta – CRP: 05/47386