Ataques de Amor
Este tema surgiu num momento de amor súbito. Um súbito amor por meu filho.
É claro que amamos nossos filhos desde que os geramos. Mas parece que, em alguns momentos, e não são raros, temos um grande ataque de amor por eles.
E agora, neste momento de súbito amor, brinco com as palavras na minha mente: Amamos subitamente filho, mãe, pai, marido, esposa, namorado, namorada. Amamos subitamente avô e avó. Amamos subitamente amigos de ontem, de hoje,
de sempre.
Amamos subitamente nossa casa, nosso trabalho e nossa profissão. Amamos subitamente um dia de sol, um dia
de chuva. Amamos subitamente o calor
e o frio. Amamos subitamente ouvir
e contar histórias.
Amamos subitamente o “estar só”
e o “estar com”. Amamos subitamente
um momento, uma lembrança. Amamos subitamente nossos amores e nossos sonhos.
Somos atacados por um amor incondicional, ao final de um dia de trabalho em que saímos pleno pelo “prazer” cumprido. Somos atacados
por um amor incondicional, ao ouvirmos uma música que nos toca no fundo da alma. Somos atacados por um amor incondicional, ao lermos um livro
e sentirmos que ali tem um amigo
que nos fala e que nos ouve.
Amamos subitamente um papo, sem pé nem cabeça, de fim de festa. Amamos subitamente sorrir, dançar, brincar e,
por que não, chorar? Amamos
subitamente amar.
Amamos subitamente. Temos ataques
de amor. Amamos, incondicionalmente, dizer “Eu te Amo”.
Depois de tantos ataques amorosos,
não dá pra dizer que não amamos a vida
e que não nos amamos.
Subitamente; é claro…
Maria Teresa Guimarães Pinto Peixoto