Pacientes com esta síndrome costumam sofrer, de maneira inesperada, ataques de ansiedade generalizada e medo de que algo de ruim vá acontecer. Gugu Keller, escritor e portador deste transtorno a descreve como uma experiência traumatizante e até mesmo avassaladora. Como diz “quem nunca sentiu isto não faz idéia do que seja”. Os sintomas são como uma preparação do corpo para algo terrível. É um medo enorme, indefinido, uma sensação de morte iminente que a pessoa sabe ser irracional mas que não consegue controlar. Acompanham sintomas físicos tais como aceleração na frequência cardiaca, respiração ofegante, empalidecimento, sudorese, ondas de frio e calor, tremores entre outras. Tudo isto de maneira muito intensa. Outro aspecto importante é que algumas pessoas sentem necessidade de ser protegidas. Por isto solicitam ficar aos cuidados de alguém próximo, às vezes um amigo ou parente.
Geralmente o primeiro auxílio é solicitado a cardiologistas ou neurologistas. A busca pela psicoterapia é frequentemente posterior. O tratamento às vezes (mas nem sempre) necessita integrar o atendimento psiquiátrico com o psicoterápico.
Minha abordagem consiste inicialmente em trabalhar o componente respiratório associado à ansiedade. Ensino formas de utilizar a respiração para combater os primeiros sintomas do pânico. Em seguida, trabalho aspectos emocionais e da história de vida do paciente que contribuem para a gênese e manutenção do quadro. Costumo também associar a isto, técnicas oriundas da Hipnose Ericksoniana. Apesar da consideração que dou à história de vida, o trabalho é mais focado no presente, nos padrões de pensamento e comportamento que atualmente existem. Estes são, em última análise, os que estão causando e modulando o quadro imediato do paciente.
O atendimento varia conforme o caso. Em uma entrevista inicial é feita uma avaliação que visa fornecer uma indicação adequada com relação tanto à frequencia das sessões como também ao tipo de abordagem a ser utilizado. O tratamento é “dosado sob medida” para você.