Alegre-se com sua família no belo território da vida!
A. Einstein
A família é um território. Reencontrá-la nos coloca em outro parâmetro de relações. Há uma verticalidade na família que não tem valor hierárquico, mas nos coloca em outra dimensão. Todas as outras relações pertencem ao mundo e às suas ordens e naturezas. A família pertence à vida. Ali estão as referências de origem e das origens. Gostemos ou não, é uma parte externa de nós mesmos. E assim como apreciamos partes de nós e odiamos outras, a família é uma extensão da identidade. Mesmo quando fugimos dela, ela nos define exatamente porque nos evadimos dela. Os cenários dessa terra podem trazer todo tipo de emoção, mas o seu chão é todo feito de afetos.
Nilton Bonder.
O Verão chegou! E com ele chega também o Natal! Nós, aqui, abaixo da linha do Equador, celebramos essa data no nosso período mais quente do ano. Que o calor se expresse nos abraços, nas confraternizações, nos desejos amorosos de paz, alegria e luz.
Natal e Verão combinam com a atmosfera de plenitude e de vida abundante. A energia do Natal, em união com o brilho do sol em seu ponto máximo, deixa nossos corações mais sensíveis, fazendo despertar, em cada um de nós, a força interior que nos permite colher os frutos das sementes anteriormente plantadas e semeadas com dedicação e cuidado.
Somos Natal, somos Verão, Somos Vida!
Que os abraços calorosos e amorosos cheguem a todos com o sincero desejo de Feliz Natal!
Maria Teresa Guimarães.
A Primavera se despede e nós, com gratidão, damos um “até à volta”. A beleza dos dias delicadamente iluminados já deixam saudade! Tempo de florir a vida e os nossos corações e de sentir o frescor do verde que compuseram os dias da nossa querida estação. Nossa alma fértil abriu, com alegria, a escuta para o canto persistente e forte dos pássaros, anunciando que era momento da criação e de gestar ainda mais vida. Nós, como parte desse universo belíssimo, nos deixamos envolver pelo ritmo que essa musicalidade, com alegria, nos fez despertar com mais vigor e doçura, nas nossas manhãs.
Primavera, até o nosso próximo encontro!
Obrigada!
Maria Teresa Guimarães.
Crescemos quando paramos de esperar coisas dos outros. “Ah, mas ele não me respondeu”. Ele respondeu sim … com o silêncio. Quanta dor seria evitada se você parasse de querer dirigir o filme da vida alheia com o seu roteiro… Dedique-se aos seus projetos. Algumas pessoas caminharão com você e outras não. Deixe partir quem, de fato, nunca esteve com você. Não é inteligente regar uma planta morta. Algumas pessoas valem a pena. São poucas. Os outros? Sorria, gentil, cumprimente e… siga. Sinta se o seu coração está precisando retirar tralhas acumuladas. Areje-se. 2025 está acabando. Chegou o momento da limpeza de final de ano.
Leandro Karnal.
Guarde o quase nada: o cheiro que escapou da panela no domingo, a voz do seu pai chamando você de um jeito que só ele sabe, a pergunta repetida da sua mãe só para confirmar que está tudo bem, o gesto quase invisível de alguém ajeitar o que você nem percebeu que precisava, um cuidado que não faz barulho, mas aquece.
Essas miudezas que ninguém fotografa, mas que partem a gente ao meio quando somem.
Porque o tempo não avisa que está levando tudo; ele só passa a mão por cima e, quando percebemos, o que era rotina vira lembrança e o que era lembrança vira silêncio.
Por isso, olhe direito, toque o ombro de quem você ama, deixe a luz cair no rosto deles, respire fundo como quem tenta guardar o instante inteiro. No fim, família é isso: um punhado de cenas comuns que, sem pedir licença, decidem ficar para sempre.
Ju Fuzetto, Um Vento na Ilha.
Quando o desejo está na mente, o coração vibra com mais emoção. Ele salta de alegria diante da ousadia do que penso, imagino e sinto. Caramba, é incrível essa sensação! Quando isso acontece, aqui na mente, tudo parece menos complicado. Porém, no trajeto entre mente, coração e concretização, encontro bloqueios, entraves, curvas fechadas. Trajeto, esse, comandado pelo medo diante do que poderá acontecer ao mudar a rota e diante das bifurcações que, com certeza, irão surgir, fazendo-me questionar escolhas e decisões que desafiam a ordem aparentemente natural da vida que me foi apresentada.
Quero ser mais eu comigo, com você, com o mundo, com a vida! Quero estar mais presente em mim mesma, no contato com quem me cerca e com a vida que vibro hoje, mais verdadeira e inteira, sendo leal à comunicação clara do meu coração.
Sou isso, sou aquilo, sou um ser saudável com vida, coragem, inseguranças, certezas e vacilos. Sou parte desse mundo que muda e que me cutuca para transformar os vícios das crenças limitantes em sentimento de plenitude diante da realidade como ela é: o bom, o ruim, o sagrado, o fora e a essência.
Mudanças ocorreram e continuam ocorrendo? Sim, claro! Sempre cuidando para ser presença, ser verdade e ser processo com consciência!
Maria Teresa Guimarães.
Nem sempre o que deixa de existir deixa de estar. Às vezes, deixar de existir é apenas outra forma de estar. É como a chuva. Ao parar de chover, a chuva deixa de existir como chuva, mas a sua água infiltrou-se nos campos e regou as flores e juntou-se ao leito dos rios como memória da chuva que um dia será novamente. Nem sempre o que deixa de existir deixa de estar. O corpo das coisas que habitam o mundo pode morrer e pode desaparecer da nossa vista, mas nunca morrerá aquilo que nos habita e o coração não precisa de ver para crer. Deixar de existir não é deixar de estar presente.
Há coisas e pessoas que foram e que nunca deixarão de ser. Mesmo que os seus passos deixem de se ouvir e que o seu olhar deixe de cair sobre o nosso como a chuva quando chega o tempo de parar de cair, já o som desses passos e a luz desse olhar se infiltraram em nós e somos nós esse leito de que o nosso amor é feito. Não faz mal que a chuva deixe de ser chuva quando permanece naquilo que regou.
Elisabete Bárbara, lado.a.lado.
“Bato palmas para você que trabalha tentando clarear nossas ações para nós mesmos e podermos decidir ser leais ou não conosco!”
Após essa declaração, recebi do meu coração agradecido a inspiração que aqui compartilho:
É essa a minha missão que, por acaso ou não, realizo com o meu trabalho. Parabenizo a todos os ex e atuais clientes que se dispuseram e que se dispõem a mergulhar em si mesmos, a estar cara a cara com suas dores e alegrias, a olhar fundo a sua alma e a lançar mão do potencial enorme para transformar a si e o mundo a sua volta.
Gratidão a você, que sente e reconhece o quanto a terapia, esse momento onde nossos corações, nosso espírito e nossas mentes se encontram, te leva e nos leva de volta para a nossa casa interna. É aqui que nos vemos, nos percebemos e fazemos um pacto de lealdade com a nossa essência. Juntos caminhamos nesse aprendizado maravilhoso de conscientização daquilo que realmente nos pertence e nos serve. Estamos assim, no caminho de aprimoramento a partir das mudanças internas e, consequentemente, na vida como um todo.
Amor, Paz, Consciência, Disposição e Coragem para seguir nesse caminho do bem maior é o que desejo a todos nós!
Grata!
Maria Teresa Guimarães.
Fala a preguiça
Eu gosto tanto, tanto, tanto
de estar quieta, muito parada,
de fazer nada, coisa nenhuma,
e de fazer isso, que é não fazer
e de não estar, não ir, também.
Eu cá faço nada e todos me dizem
que faço isso muito bem.
Faço arroz de nada, pudim de nada
(que não é nada, está-se mesmo a ver)
e é tudo muito bom, delicioso,
só por não ser preciso fazer.
Eu faço nada, sou um nadador,
mas não daqueles que nadam mesmo,
O que é cansativo, tão maçador;
é que nadar, cá para mim,
tem um defeito insuportável:
aquele erre que está no fim.
E não digam que não faço nada
porque eu faço isso o mais que posso
e se não faço mais é porque mesmo nada
fazê-lo muito é uma maçada.
Não quero ir. Ainda é cedo.
Que pressa é essa? Não pode ser!
Deixem-me estar porque eu hoje tenho
bastante nada para fazer.
Álvaro Magalhães, via Mala d’estórias.
Bruxa, eu? Bruxa, você? Bruxos, bruxas, todos somos. E quem não quer conhecer também esse lugar? É um lugar onde podemos alquimizar, juntar, experimentar, separar e tornar a misturar. Somos bruxas e bruxos das soluções mágicas, das poções transformadoras, das provocações que, deliciosamente infantis, assustam e fazem soltar o grito não gritado de tempos idos. Somos bruxos e bruxas das acrobacias nos vôos circulantes, rasantes, que nos levam para cima, para o alto, para ali e aqui, para onde quisermos ir.
Em nossas vassouras mágicas ousamos mergulhos, loops, manobras que nos colocam diante dos riscos escolhidos, consentidos, tudo regado pela diversão de tornar possível o impossível.
Bruxaria é conosco mesmo. Assumir esse dom é estar na vida a serviço da intuição, da inspiração, das gostosuras e travessuras, que contribuem para o saudável encontro com o insólito, com o que surpreende, com o jogo de cintura e com a liberdade de estarmos diante do não-controlável mundo do desconhecido.
Somos bruxas e bruxos, sim. E daí?
Feliz dia de sermos condutores e condutoras das nossas vassouras!
Maria Teresa Guimarães.