Quais são os Estilos de Aprendizagem de alunos de Medicina?
Plovnick (1975) investigou a respeito do caminho pelo qual estudantes de medicina fazem suas escolhas por especialidades médicas. Este estudo mostra que esta decisão está associada com a interação entre as variáveis individuais de personalidade e a influência do meio ambiente no indivíduo. Usando o inventário de estilos de aprendizagem de Kolb, que mede estilos de aprendizagem, o autor descobriu que estudantes com diferentes estilos de aprendizagem são inicialmente inclinados para seguir diferentes especialidades, mas que influenciados por diferentes fatores na escola de medicina, ao fazerem suas escolhas de carreira, freqüentemente revertem estas inclinações iniciais. Em outras pesquisas, estilos de aprendizagem foram associados com escolha de carreira em outras profissões não médicas.
Os resultados do trabalho de Plovnick indicaram que tipos diferentes de carreiras médicas são associados a estilos de aprendizagem previsíveis: medicina familiar e de cuidados básicos são escolhidas mais por acomodadores, já nos divergentes recaem as especialidades cirúrgicas. Especialidades e sub – especialidades clínicas são escolhidas mais freqüentemente por convergentes, a medicina acadêmica e patologia são selecionadas mais por estudantes assimiladores.
Os resultados podem talvez, ser melhor compreendidos ao notar-se que estudantes abstratos (convergentes e assimiladores) encontraram carreiras mais orientadas intelectualmente, freqüentemente tendo um componente substancial de pesquisa. Correspondentemente, os estudantes concretos (acomodadores e divergentes) escolhem especialidades mais freqüentemente em campo caracterizado por menor ênfase na orientação intelectual, mais intuitiva, do tipo “aqui e agora”.
Dentre muitas conclusões já conhecidas da educação médica , singular é esta que aborda a interação entre estilos de aprendizagem e ambiente da escola médica. É a interação entre o estilo do estudante e o processo educacional médico que parece ter alguma das mais importante implicações em encorajar e desencorajar a seleção de carreiras particulares por estudantes.
Estilos de aprendizagem e abordagens selecionadas para aprendizagem influenciam o processo de aprendizagem estudantil. Paul, Bojanczyk & Lanphear (1994) investigaram as preferências de aprendizagem em alunos de anos diversos do curso de medicina, aplicando o Inventário de Preferências de Aprendizagem (LPI – Learning Preferences Inventory) de Rezler. Consideraran a média de pontos feitos nas categorias abstrato / concreto; centrado no professor / centrado no aluno e individual / interpessoal. As categorias preferidas foram concreta e centrado no professor. O resultado deste estudo mostrou que os estudantes preferiram experiências de aprendizagem centradas no professor, lidando com tarefas concretas e aplicadas e não com tarefas abstratas.
Existe uma grande variedade de inventários de estilos de aprendizagem e tipos de personalidade disponível para uso em ambiente médico. Thompson & Bing-You (1998) questionam que valor relativo teriam esses inventários para as perspectivas médicas, na visão dos médicos e educadores médicos. Concluem pela necessidade de solicitar maiores informações e treinamento em como usar os resultados destes inventários, Kolb Learning Style Inventory (LSI), Myers-Briggs Type Indicator (MBTI) e Hemispheric Mode Indicator (HMI) para futuras programações da educação médica continuada.
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