O CONHECIMENTO segundo WHITEHEAD
ALFRED NORTH WHITEHEAD:
Sua abordagem é geralmente chamada como um processo do pensamento ou de filosofia organicista. Sua primeira preocupação está em enfatizar a interdependência, como uma contínua interação entre os vários aspectos da realidade. O autor usa a metáfora da assimilação (digestão orgânica), para explicar a natureza do aprendizado, como um processo dinâmico em que ambos, o aprendiz e o que foi aprendido são transformados, como o conteúdo biológico e o potencial energético da comida se transformam em valores nutricionais e energia., assim como a informação e experiências são transformadas pela educação em significantes modelos de pensamento e atividades.
Desta forma Whitehead diz que o que se aprende é definido apenas como aquisição de informação e condicionamento de habilidades específicas. Na imagem de assimilação o processo de conhecimento é recíproco, uma estrada em duas mãos, onde o aprendiz e o aprendido são alterados. Caracteriza sua compreensão dinâmica da educação e do aprendizado em termos da noção de Hegel do processo dialético, envolvendo os três estágios progressivos: tese, antítese e síntese, aplicados no processo cognitivo como estágio de romance ou descoberta, estágio de precisão ou análise e conclui com o estágio de generalização ou correlação. Como o processo é rítmico, cíclico e contínuo, a conclusão de um ciclo automaticamente abre um novo ciclo.
Generalizando ele correlaciona o romance com a infância, a precisão com a adolescência e a generalização com a educação superior. No seu ponto de vista não há substituto para a aquisição de conhecimento e as habilidades necessárias para seu uso e que as coisas da experiência cognitiva são dinâmicas e cíclicas.
No modo de ver de Gill, há limites na abordagem de Whitehead. Em primeiro lugar falta-lhe qualquer indicação sobre a a dinâmica da interação entre o conhecedor e o conhecido. Em segundo lugar sua visão da natureza e estrutura da educação são mais tradicionais, assumindo a organização convencional entre a matéria e o estudante. Desta forma entende o aprendizado como a aquisição de fatos, teorias e habilidades. Assim denota claramente a comprensão do conhecer e aprender como quantitativo e essencialmente aquisitivo.
Referência:
Gill, Jerry H.: Learning to Learn:Toward a Plilosophy of Education (cap 1), – Ed.:Humanities Press International, Inc., Atlantic Highlands, New Jersey, pp. 15-20, 1993.
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