Do Ensino à Aprendizagem: O mundo romano
O homem realizado “locuples”, era o ideal do romano. Com o passar do tempo, a classe aristocrata cede espaço para outras classes e o Estado ocupa-se da educação, pela primeira vez na história (pelo menos no ocidente), com o objetivo de formar administradores. A educação era organizada pela disciplina e justiça, paz só com vitórias, educação para a pátria. A escola tinha três níveis: elementar; gramático – secundário e superior – espécie de Universidade. Alguns teóricos romanos destacam-se no cenário educacional, como Quintiliano, que centra o ensino no conteúdo do discurso em um espaço de alegria, a schola, oferecido pelo ludi-magister – mestre do brinquedo. Um explícito reconhecimento da necessidade do prazer no processo de aprendizagem. No entanto mesmo aqui, há que considerar-se o conceito de alegria no contexto romano. Aqui o ludi-magister tinha como responsabilidade ensinar a criança a leitura e a escrita, atividades consideradas amenas, se comparadas ao aprendizado rígido e disciplinador da família. O importante neste caso era a moral e os ideais da sociedade. Rapidamente a criança deveria crescer e participar da condução dos negócios paternos ou maternos, conforme o seu sexo.É nesta linha que encontramos Sêneca ao defender a educação para a vida e para a individualidade – non scholae, sed vitae est docendum, isto é, não se deve ensinar para a escola e sim para a vida. Plutarco diz que a educação deve ser feita com exemplos vivos de virtude e caráter baseada na biografia de grandes homens.Outro aspecto importante em Quintiliano, é sua preocupação com as características do aprendiz. Em sua obra Instituto Oratória, trata entre outros, sobre a necessidade de ensinar conforme a natureza humana. Reconhecia nas diferentes características do aluno, fatores indicadores do tipo de ensino a implementar e do futuro do aprendiz: “Trazido o menino para o perito na arte de ensinar, este logo perceberá sua inteligência e seu caráter[…]Não me dará esperança de boa índole uma criança que, em seu gosto pela imitação, não procurar fazer senão rir[…]Logo que tiver feito estas considerações, o mestre deverá perceber de que modo deverá ser tratado o espírito do aluno” (Rosa).
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Comentários são bem vindos.
Poderia falar sobre o trabalho escravo no tempo de roma,até porque tenho que fazer um trabalho sobre isso,e não encontro textos bons falando sobre isso!
obrigada!
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Resposta da Officina da Mente
Olá Mayra;
Agradeço a sua sua confiança na minha cultura geral, mas História não é minha especialidade profissional. Neste blog estou tratando da evolução da APRENDIZAGEM ao longo do tempo. Na Officina da Mente lidamos com Psicologia, Educação e Aprendizagem.
De qualquer maneira, abaixo te indico alguns endereços na web que podem ser de auxílio. Um é mais simples, um blog sobre a Roma Antiga. Já os outros dois são trabalhos acadêmicos do mesmo autor, que aprofundam mais o tema. Acho que estes podem ser o seu ponto de partida.
Boa pesquisa !
Prof. Mauricio
1 – http://roma-antiga.blogspot.com/2004_04_01_archive.html (post de 26/04/2008)
2- http://www.uesb.br/politeia/v3/artigo_02.pdf
3- http://www.revistafenix.pro.br/PDF10/DOSSIE7.Fabio.Duarte.Joly.pdf