Construtivismo e Aprendizagem
Diversas teorias sobre aprendizagem parecem concordar com a idéia de que a aprendizagem é um processo de construção de relações, em que o aprendiz, como ser ativo, na interação com o mundo, é o responsável pela direção e significado do aprendido. Nesta perspectiva, o ensino enquanto mera transmissão de conhecimento se esvazia de sentido, dando lugar à idéia de facilitação para a construção do saber. Rogers complementa, que mais do que repassar conhecimentos, a função de um professor que se propõe a ser facilitador seria:
“[…] liberar a curiosidade; permitir que os indivíduos arremetam em novas direções ditadas pelos seus próprios interesses; tirar o freio do sentido de indagação; abrir tudo ao questionamento e à exploração; reconhecer que tudo se acha em processo de mudança”[…]
Desta forma, apesar de ser perfeitamente possível a utilização de um “ambiente empirista” por um professor que não veja o aluno como “tabula rasa” para o desenvolvimento de um conhecimento, na forma como Piaget teorizou, existem alguns pressupostos básicos de sua teoria que devem ser levados em conta, se desejarmos criar um “ambiente construtivista” que permita, e até obrigue, uma interação muito grande do aprendiz com o objeto de estudo.
O quesito mais importante para a construção de um ambiente construtivista é que o professor realmente conscientize-se da importância da relação educador-educando, e que todos os processos de aprendizagem passem necessariamente por uma interação muito forte entre o sujeito da aprendizagem e o objeto, aqui simbolizando como objeto o todo envolvido no processo (Ferreira, 1998a).
A literatura compulsada revela grande número de autores de teorias que lidam diretamente com a aprendizagem. Apresenta-los a todos , no mesmo nível de detalhe fugiria do escopo deste texto. Assim sendo, receberam tratamento preferencial Piaget, Vygostky e os metacognitivistas. Já os restantes, foram classificados em quatro categorias mais abrangentes.
Utilizou-se como critério a identificação do aspecto mais pregnante na teoria. Assim foi possível incluí-los em quatro categorias: a) Pessoal; b) Raciocínio; c) Técnica e d) Contexto. No primeiro caso foram incluídas as teorias que enfatizavam os aspectos mais pessoais do aprendiz. No segundo, a preocupação era com as formas de raciocínio. Já na terceira o ponto de maior relevo era a técnica de ensino. Finalmente a última, incluindo teorias preocupadas primariamente com a influência na aprendizagem, do contexto onde ela ocorre.
Mas isto fica para agosto…
Você tem algo a dizer ? Quer ampliar o debate ?
Comentários são bem vindos.