Cognitivismo clássico – A visão da Gestalt
Max Wertheimer
Uma visão abrangente é a de Gardner (1995) que define a ciência cognitiva como:
[…] “um esforço contemporâneo, com fundamentação empírica, para responder questões epistemológicas de longa data, principalmente aquelas relativas à natureza do conhecimento, seus componentes, suas origens, seu desenvolvimento e o seu emprego”.
Na visão objetivista, já dito, o conhecimento é externo e o aprendizado é o seu mapeamento interno. Assim a cognição consiste em um sistema de regras de manipulação de símbolos, passível de descrição futura pela linguagem da matemática ou da lógica.
Pode-se dizer, o cognitivismo clássico inicia-se em 1959 com Max Wertheimer. Ao lado de Kohler e Koffka, este autor, foi um dos principais proponentes da Teoria de Gestalt, enfatizando o alto nível dos processos cognitivos em um período de hegemonia behaviorista.
Wertheimer estava especialmente preocupado com a solução de problemas e a Teoria de Gestalt se adequava perfeitamente a esse aspecto, sendo mesmo aplicável a todos os aspectos da aprendizagem humana.
Edward DeBono, em 1967 escreveu extensivamente sobre a teoria do processo de pensamento lateral, que significa a geração de soluções modernas para os problemas, entendendo que muitos problemas exigem soluções diferentes para alcançarem o sucesso. Embora DeBono não reconheça nenhum antecedente teórico para o processo de pensamento lateral, suas idéias aproximam-se bastante das de Wertheimer para a teoria de Gestalt.
A teoria de Aceleração da Informação de Gibson (1979) se contrapõe à maioria das teorias cognitivas que defendem as experiências passadas tendo um papel dominante na percepção. É baseada em Gestalt que enfatiza o significado das relações e organização dos estímulos, e é considerada uma teoria geral de percepção.
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