Autoridade x Omissão: A escola perdendo o rumo
Alunos desinteressados, alunos indisciplinados. Alunos interessados, alunos perdidos. Alunos que se expressam, alunos que se calam. Alunos incomodados, alunos que pedem socorro. Alunos angustiados, alunos impregnados…
Alunos impregnados de “vícios”. Vício do ócio, vício do não pensar, vício do desrespeito, vício da arrogância.
Alunos impregnados de “sentimentos”. Sentimento de dor, sentimento da falta, sentimento da raiva, sentimento de estar fora. Fora de foco, do seu próprio foco. Fora do foco daqueles que deveriam apontar o foco, mas, que por motivos ainda não descobertos, não podem focar-se e, muito menos, serem foco; muito menos serem guia para quem está, de certa forma, dando os primeiros passos no mundo dos “maiores”, dos que “sabem”, dos “fortes”…
Alunos que são, em maior ou menor grau, espelhos daqueles que perderam o foco. Daqueles que se tornaram impregnados.
Mas como aprender a andar, aqui e agora, com consciência, se não tem em quem se focar?
Onde está o” ponto”? Onde está o caminho? Onde está a “luz”?
Se o comandante não sabe para onde ir, o navio fica à deriva. E no navio estão passageiros e tripulantes. O comandante não sabe para onde levar o seu próprio navio. O comandante perdeu o seu próprio foco. Comandante, passageiros, tripulação. Todos carregando seus próprios ” vícios”, suas frustrações, seus desesperos.
O navio está à deriva. Está, na verdade, sob o comando das ondas e das marés. Para onde o comandante quer ir? Para onde o comandante quer levar o seu navio?
Enquanto não houver comandante que comande, não haverá comandado aprendendo a se comandar.
Para que passageiros e tripulantes construam os seus próprios navios, descubram os seus próprios caminhos, e encontrem o “foco”, é necessário que o comandante viva a grandiosidade do “foco”.
Comandante! Acorda!
Tripulação! Acorda!
Os passageiros clamam por comando. Clamam autoridade. Os passageiros querem ser ouvidos e respeitados. A autoridade que eles tanto clamam é o autor da sua segurança, é o autor da sua auto- estima, é o autor da sua identidade.
Escutem seus passageiros!
Comandante!
Tripulação!
Que navio querem comandar?