Navego no horizonte
Bernardo Menezes(*)
25/10/2000
Viver é navegar, e eu navego.
Navego ao horizonte por mares incertos.
Mas em meu navio não há pessoas ou mercadorias.
Sou apenas eu e meu leme,
guiados pela bússola da esperança,
seguindo o mapa dos meus sonhos.
E os ventos são meus desejos.
Navego ao horizonte.
Não existe um meridiano, ou norte ou sul.
É apenas o infinito do mar.
Minhas coordenadas apontam
a terra prometida, o paraíso, a felicidade.
Navego ao horizonte.
E meu navio é feito de personalidade.
Ele é forte, decidido,
com o convés limpo como minha alma.
Não há tempestade que o derrube,
e nem mesmo onda que o afunde.
Navego ao horizonte.
Minha rota é em direção ao sol,
para que ele ilumine o meu caminho.
Para trás fica a noite com cada estrela
que indica aqueles que desistiram
ou talvez, não conseguiram.
São aqueles que não fortificaram seus navios,
perderam a fé em suas bússolas,
danificaram seus mapas,
não sobreviveram às tempestades
ou simplesmente não queriam ser felizes.
Navego ao horizonte.
Pois tenho força, fé
e certeza de que vou chegar.
Acredito que minhas terras estão lá.
Aguardo com paciência para ancorar.
E continuo.
Navego ao horizonte.
(*) Conhecemos Bernardo aos 16 anos como nosso aluno no grupo de adolescentes, anos após tornou-se nosso instrutor no curso ” Aprenda a Aprender”. Hoje, musico e quase pedagogo, avança com sucesso em sua vida profissional. Ficamos muito felizes. Prof. Mauricio Peixoto e Psicóloga Maria Teresa Guimarães (Officina da Mente)