A elegância, a seriedade o prazer e a suavidade.
A força, a elevação e o supremo; estão presentes em um trabalho de cuidadosa investigação sobre o ser humano.
Os detalhes de sua forma, do seu gesto, das suas palavras, dos seus sentimentos, são jóias preciosas e simples, diante de um mundo conhecido, mas ainda não reconhecido.
Olhar para dentro de si é uma tarefa grandiosa, de responsabilidade, ousada, que conduz o ser humano a uma viagem em mar aberto, terno, austero.
Olhar para dentro de si é um mergulho profundo e um contato íntimo com o ser individual e grupal.
Abaixe a cabeça; basta curvar o pescoço, e sinta a humildade no gesto e a grandeza no seu significado.
Eis aí o verdadeiro mergulho!
O papel do terapeuta
“…Toda a sabedoria do médico consiste em saber provocar o nascimento da amizade entre
os maiores inimigos recíprocos existentes no corpo do homem, e fazer estabelecer-se um
amor mútuo entre eles. Por maiores inimigos quero entender os maiores contrários que no corpo habitam.
…É absurdo manifesto pretender que a harmonia consista em coisas diferentes – Pois a harmonia
não provém do que ainda é contrário, não provém do que ainda é agudo e do que ainda é grave;
harmonia é concordância, é sinfonia, e a concordância uma certa uniformidade.
Esta não pode advir de elementos opostos que permaneçam opostos, pois coisas diferentes e contrárias
jamais concordam entre si; e a harmonia, por sua vez, resulta de elementos
opostos entre os quais se estabeleceu acordo…”
Platão – Banquete
(Discurso de Eriximaco)
Portanto, o papel do terapeuta não consiste em eliminar o que se julga mau, fraco ou imperfeito. Mas sim, em integrar o “positivo” e o “negativo” existente em todo ser humano, vez que ele não é bom ou mau, bonito ou feio, alegre ou triste. O ser humano é tudo isto, de forma harmoniosa.
E alcançando-se esta integração, chega-se a uma vida “Plena”.